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Cecafé: evento discute consumo de café no mundo

POR JULIO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/06/2009

4 MIN DE LEITURA

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EUA - Segundo Paul Fisher, da Eight O´Clock Coffee, a cafeicultura é bastante complexa, ao passo que envolve pequenas propriedades, mas grandes corporações. "Trata-se de uma cadeia cheia de desafios", ponderou. Fischer, que participou do 3º Fórum e Coffee Dinner, evento promovido pelo Cecafé em São Paulo, abordou o consumo de café nos EUA. "A boa noticia é que o consumo norte-americano não vai cair por conta da crise. O consumo está estável, talvez mudando de fora pra dentro de casa, mas estável", afirmou.

De acordo com Fisher, os preços do café são baixos, e a demanda, inelástica. "Talvez seja alterada a relação que nós conhecemos, de 25% do consumo fora de casa, e 75% em casa, com compras nos supermercados". De acordo com Fisher, a Starbucks educou clientes com café arábica, e ele acha muito difícil um possível crescimento descontrolado de robusta nos blends, como se prevê.

"Por outro lado, a má notícia está no fato de serem os EUA um mercado maduro, no qual o consumo cresce a taxas muito baixas, pois o café é a segunda bebida mais consumida por lá", afirmou. De posse de uma pesquisa recente sobre os hábitos de consumo de café dos norte-americanos, Paul esclareceu que 56% das compras de café são feitas nos supermercados e 13%, nos hipermercados, notadamente no Walmart, e que este percentual tente a crescer.

Ainda segundo o levantamento, para os americanos, a produção de café está mais associada à Colômbia, Brasil e Costa Rica - nesta ordem - sendo que o Vietnã, segundo maior produtor mundial, sequer é citado. O market share mundial é liderado pela Nestlé, seguida da Kraft e Sara Lee. Enquanto na Europa as mesmas empresas aparecem em ordem diferente de preferência (Kraft, Nestle e Sara Lee, respectivamente), nos EUA outras marcas disputam a liderança, com destaque para a primeira colocada "Folgers", seguida da Kraft e Starbucks, em terceiro.

Consumo nos países produtores - Segundo Carlos Brando, diretor da P&A Consulting, Marketing and Trading Agribusiness, o café solúvel é mais barato e mais prático de se preparar, sendo portanto o preferido na hora de se escolher o melhor tipo de café para estimular o consumo de determinado país, consumidor não tradicional da bebida.

Para Brando, responsável por programas que visam aumentar o consumo de café em países produtores, como México, El Salvador, India, Colômbia, Costa Rica e Vietnã, os países emergentes estão sentindo mais os efeitos da crise, que trouxe maior pressão ao varejo, com a concorrência favorecendo preços mais baratos. "Também notamos uma maior tendência de se utilizar mais robusta no blend, em detrimento do volume utilizado com arábica", declarou.

De acordo com o especialista, na Índia o café enfrenta grande concorrência com o chá, que é um produto muito mais barato e relacionado aos costumes e tradições locais. No México, por exemplo, o público consumidor está consolidado, mas o atual consumo é baixo, de 1,2 kg per capita. "São duas situações distintas. Enquanto na Índia é preciso conquistar novos consumidores, no México é preciso aumentar o consumo de café de consumidores já estabelecidos", explicou.

Para Brando, é possível que em cinco anos, o consumo de café no México praticamente dobre, passando das atuais 2,2 milhões de sacas por ano para 4 milhões. Na Colômbia, onde o consumo é de 1,7 kg per capita, incremento semelhante deve acontecer, com possível aumento das 1,2 milhão de sacas consumidas anualmente - com um detalhe interessante: "Na Colômbia, a xícara de café tem a metade do pó em comparação com a brasileira", disse.

Segundo a Abic, o consumo de café no Brasil é de 4,5 kg per capita/ano. A taxa anual de crescimento mundial do consumo de café entre 2000 e 2008 foi de aproximadamente 2%.

Rússia e China - "Na Rússia, há espaço para aumento do consumo, uma vez que os jovens preferem o café, enquanto apenas os mais velhos tomam chá. O país apresentou uma taxa de crescimento de aproximadamente 10% nos últimos cinco anos, e o consumo atual é de 1,3 kg per capita", ponderou.

"Hoje a China é mais consumidora que produtora de café. Em 2008, o gigante asiático consumiu 500 mil sacas do grão", declarou Brando. Segundo ele, no entanto, não se deve olhar para o mercado chinês contando com um bilhão de pessoas, pois "apenas" 300 milhões de chineses (o equivalente ao mercado consumidor americano) têm poder aquisitivo para entrar no mercado.

De acordo com levantamento feito pela empresa japonesa de importação e exportação de commodities Marubeni Corp, o consumo de café na China cresceu 20% em 2008. "A China deve passar a importar café nos próximos anos", concluiu Brando.

Em suma, Brando transmite uma visão otimista em relação ao aumento do consumo de café no mundo. "Mesmo que por conta da crise não se tenha certeza de qual será o percentual de incremento, o consumo de café seguirá crescendo. Por um lado, nos países onde o café não é bebida tradicional, o estilo de vida ocidental estimula o consumo. E no mais, o café nunca esteve tão na moda - o consumo de café deve aumentar pelo menos de 10 a 20 milhões de sacas nos próximos 10 anos: não há razão para pessimismo", concluiu.

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