Mensalmente, a Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), publica o cenário da receita bruta total estimada para os Cafés do Brasil.
Com base em pesquisa realizada tendo como referência os preços médios recebidos pelos produtores em janeiro deste ano corrente, a receita foi estimada em R$ 71,3 bilhões. Caso se confirme tal previsão, esse valor deverá representar um aumento de 64% em relação ao faturamento de 2021, que foi de R$ 43,5 bilhões.
Da receita bruta estimada para este ano, R$ 57,1 bilhões estão previstos para os cafés da espécie arábica, o que corresponde a 80% do total calculado, e R$ 14,2 bilhões para os cafés canéforas, cifra que equivale a 20% do Valor Bruto da Produção (VPB) do café.
Neste contexto, o café se destaca na quarta posição em termos de geração de receita das lavouras, tendo em vista que o faturamento das dezessete culturas utilizadas no cálculo do Valor Bruto da Produção totaliza R$ 867,8 bilhões. Em primeiro lugar vem a soja, com R$ 360,1 bilhões, cifra que corresponde a aproximadamente 42% da receita total. Na sequência está o milho, com R$ 156,6 bilhões, montante que equivale a 18% desse mesmo total.
Na terceira posição encontra-se a cana-de-açúcar, com R$ 117,5 bilhões (14%). O café está em quarto, com R$ 71,3 bilhões, equivalente a 8% do faturamento total das lavouras. E, em quinto, o algodão, com R$ 38 bilhões (4%). As demais 12 lavouras, cujo faturamento soma R$ 124,3 bilhões, correspondem a 14% da receita total estimada.
É possível verificar que o faturamento do café arábica, para este ano de 2022, estimado em R$ 57,1 bilhões, deverá apresentar acréscimo de 74% em relação ao faturamento bruto dessa espécie em 2021, que foi de R$ 32,8 bilhões. Em relação ao canéfora, o VBP estimado para 2022, de R$ 14,2 bilhões, representa um incremento de 33% em relação ao faturamento de 2021, que foi de R$ 10,7 bilhões.
O VBP tem como base de referência os dados estatísticos da safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os preços médios dos cafés arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e cafés robusta tipo 6, peneira 13 acima, recebidos pelos produtores, divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP).
Para acessar o relatório completo clique aqui.
As informações são da Embrapa Café.