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Cafeicultura sofre com ações especulativas |
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MARIO JOSÉ MONNERAT VIANNANITERÓI - RIO DE JANEIRO - TRADER EM 01/04/2008
Aproveitando a carta do Samuel, pergunto quem são os especuladores? Os fundos de investimentos, ou os produtores que não aproveitaram a alta para venderem por um preço muito melhor do que tiveram o ano passado inteiro, na esperança (especulando) de que os preços subissem mais um pouquinho?
Não é uma lei que vai produzir um número realista ou forçar que se confie em um determinado número. É a consistência de um trabalho bem feito ano após ano. Tenho certeza que a CONAB e o IBGE se esforçam ao máximo para isso, e dou a eles a minha credibilidade. |
RENATO H. FERNANDESTEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B) EM 01/04/2008
Concordo em número e grau com Samuel Henrique Fornari. Especuladores, muitas vezes, distorcem a expressão dos fundamentos de mercado. Mas o fazem, tanto para cima, como para baixo.
Ao invés de reclamar, cabe a nós produtores buscar caminhos para que tenhamos condições de jogar o jogo, que está aberto a todos e traz ótimas oportunidades, como a de ter casado um preço futuro para setembro, no auge da alta do mês passado, com um contrato futuro vendido de dólar, para o mesmo mês, negociado num desses dias de stress nos mercados financeiros internacionais. Disseminar conhecimento é mais difícil do que reclamar sempre, e pode até resolver boa parte dos problemas. Quem sabe? Por outro lado, não posso deixar de concordar que, enquanto posicionamento político, o documento do CNC está bem colocado. Saudações, Renato Fernandes |
SAMUEL HENRIQUE FORNARISÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ) EM 28/03/2008
Me desculpem, mas vou discordar dessa reclamação com os especuladores.
Eles exercem papel fundamental na regulação de mercado. Até 20 dias atrás quando os fundos estavam comprados em mais de 50 mil lotes, ninguém estava reclamando dos especuladores (hoje vale lembrar que eles ainda possuem 32 mil contratos na compra em NY). Já imaginaram o mercado sem eles? Oito ou dez grandes grupos comerciais super organizados contra milhares de pequenos produtores? Seria um massacre em relação a preços! Senhores, volto a insistir, está na hora de sermos realistas. Meu pai, produtor de café, já reclamava disso. Precisamos de credibilidade para aí sim pararmos com essa palhaçada de que a safra é x, y ou z! De nada adianta legislação para defendermos uma instituição cujos dados são totalmente incoerentes. O primeiro passo para arrumar isso é assumir que os números são falhos, falhas essas como já coloquei, "grotescas". Defender isso com leis seria mais uma piada mundial. Lá nos EUA existe somente um único órgão mesmo, só que o levantamento deles é bem feito e eles utilizam a matemática simples para provar isso em relação a seus produtos (produção + estoque inicial - consumo interno - exportação = estoque final). Até mesmo em relação aos nossos produtos, como é caso do café, se os senhores pegarem os levantamentos do USDA em relação a café, os números se mostram muitos mais coerentes. Volto a dizer, não defendo a safra de 54 milhões, acho ela um exagero. Mas, enquanto não entendermos isso e exigirmos providências do CNC, Conab, entre outros, vamos continuar nessa choradeira que escuto desde criança e que no final de contas quem paga o preço é o produtor. Credibilidade senhores. Não adianta ficar jogando a sujeira para debaixo do tapete. |
MARCELL GODOI CHIOVATOARAGUARI - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE CAFÉ EM 27/03/2008
Como já havia comentado em outro artigo, publicado pelo CaféPoint, com dizeres do presidente da Conab que as chuvas de janeiro fariam com que aumentasse a produção de café: "são especuladores que não pensam nos produtores que ficam aqui na base da produção de café e dependendo das condições climáticas para terem boas colheitas". Mais uma vez afirmo que são pessoas que conhecem o café apenas na xícara do café da manhã e são os ditos profissionais de escritório.
Os atuais preços do café mal estão dando para pagar as dívidas e por isso os especuladores poderiam parar com toda esse jogo de palavras, principalmente, em ano de safra alta para que os produtores de café possam pelo menos honrar com suas dívidas e continuarem no setor de uma das principais commodities do Brasil. |
SAMUEL HENRIQUE FORNARISÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ) EM 27/03/2008
Já passou da hora de percebermos que o que precisamos é credibilidade em nossos dados. Eles alegam que nossa safra é maior do que falamos que é, não por causa de chuvas, mas sim, pelo fato de os números oficiais do Brasil não fecharem. É fácil, basta ver os estoques inicias + (produção - consumo interno)- exportações = estoque final.
Aplicando essa regra mais elementar da matemática, verificamos que os números da Conab não fecham e muitas vezes dão diferença equivalente à produção do segundo maior produtor de arábica do mundo (Colômbia). Longe de mim querer defender que a safra é de 54 milhões de sacas como se tem dito por aí, ainda mais sendo de família de produtores e um torcedor nato por bons preços, mas penso que o que nos falta é credibilidade e neste sentido o CNC teria um papel muito mais eficiente se cobrasse de nossos órgãos números mais coerentes e confiáveis, a começar pelo emprego da matemática mais simples tão desprezada pela Conab. Peço ao CNC que lute não pelo tamanho da safra, mas para que nossos órgãos se aproximem da realidade, o que não se tem notado nos últimos anos, fato este, que enche de munição as Tradings e Especuladores contra a cafeicultura brasileira. Atenciosamente, Samuel Henrique Fornari |
SILVIO MARCOS ALTRAO NISIZAKICOROMANDEL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 27/03/2008
Bom dia, completando a matéria do Sr. Gilson Ximenes, acredito que passou da hora de nosso governo e de nossos representantes na cafeicultura brasileira criarem normas ou leis como nos EUA, onde existe um único órgão do governo responsável pela previsão de safra, e qualquer especulação fora destes números é penalizado.
Proponho a criação de leis que protejam as nossas previsões feitas pela CONAB e IBGE, evitando que estes especuladores façam de nossas vidas um inferno. O trabalhador que deixa o seu sangue e suor na labuta diária não pode sofrer com a ganância destas pragas que dominam o mercado. Temos remédios para todas as pragas que afetam naturalmente as lavouras de café, vamos criar um remédio para nos defender destas novas pragas conhecidas como especuladores. |
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