ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Brasileiro toma posse no OIC após forte campanha

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/10/2011

3 MIN DE LEITURA

0
0
A posse do economista Robério Oliveira Silva na Direção-Executiva da Organização Internacional do Café (OIC), no dia 1º de novembro, em Londres, marca a segunda vitória da presidente Dilma Roussef na estratégia de ocupação de cargos em foruns econômicos internacionais, em contraste com as derrotas sofridas pelo Brasil nos dois mandatos do ex-presidente Lula. A primeira foi a eleição de José Graziano da Silva para a direção geral do braço das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A eleição de Robério foi resultado de uma intensa operação diplomática comandada pela cúpula do Itamaraty e que teve ativa participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e de Graziano.

A campanha brasileira para eleger Robério Silva começou no início deste ano, sem alarde, pela Colômbia, terceiro maior produtor mundial de café e país natal do ex-diretor-executivo, Néstor Osório, que renunciou ao cargo há um ano para assumir o posto de embaixador na ONU.

Em seu périplo, Robério Silva encontrou-se com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que havia sido seu colega no conselho da Associação dos Países Produtores de Café (APPC), em Londres. Com o apoio decisivo dos colombianos, o subsecretário de Assuntos Econômicos do Itamaraty, embaixador Valdemar Carneiro Leão, principal organizador da campanha brasileira, ajudou Robério a consolidar o apoio do segundo maior país cafeeiro, o Vietnã. Assim, estavam garantidos os votos dos principais produtores mundiais.

No passo seguinte da campanha, a estratégia brasileira foi visitar os maiores consumidores de café, entre eles, França, Alemanha, Itália e Estados Unidos. Os franceses deram seu apoio. Os italianos, apesar do contencioso diplomático provocado pela não extradição do terrorista Cesare Battisti, também sustentaram o candidato brasileiro. Estados Unidos e Alemanha não optaram por Robério.

Embora fosse a favorita desde o início, a candidatura brasileira enfrentou a resistência dos americanos, que fecharam com o candidato do México, Rodolfo Trampe Taubert. O embaixador Carneiro Leão chegou a levar uma carta do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, à secretária de Estado dos EUA, Hilary Clinton, para tentar mudar a posição americana.

O movimento do Itamaraty não mudou o voto do governo Barack Obama, mas ajudou a constranger a campanha dos EUA em favor do mexicano. Países que antes planejavam seguir a orientação americana, como Honduras, acabaram optando pelo candidato brasileiro. Na semana da eleição, o ministro Guido Mantega telefonou ao colega francês François Baroin para pedir votos em favor de Robério. O ministro Antônio Patriota entrou na disputa ao tentar conquistar a simpatia de seu contraparte alemão, Guido Westerwelle.

Entre os grandes países consumidores, a Itália foi quem primeiro abraçou a candidatura de Robério Silva, graças a vínculos antigos do economista com industriais locais, como o legendário Ernesto Illy, morto em 2008, e a multinacional Lavazza. Cada vez mais próxima do Brasil, principalmente em razão da possibilidade da venda de caças supersônicos, a França também fez força na Europa para auxiliar Robério. Embora seja grande consumidora e tenha alguma proximidade com produtores brasileiros, a Alemanha apoiou o mexicano.

Graças a um minucioso trabalho de bastidor conduzido por José Graziano, e das antigas conexões de Robério no continente, os países africanos apoiaram em peso o Brasil. Essa costura diplomática foi crucial para que, na véspera da votação, o candidato mexicano se retirasse da disputa. Antes, já haviam desistido os candidatos da Índia e do Gabão. Assim, Robério Silva foi eleito por aclamação dos 77 países da OIC.

Atual diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva tem estreita ligação com o tema. Foi secretário-geral da Câmara de Comércio Exterior (Camex) e secretário de Produtos de Base do Ministério do Desenvolvimento, ambos no governo Fernando Henrique Cardoso, além de secretário-geral da Associação dos Países Produtores de Café (APPC) entre 1994 e 2002.

As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures