Com o volume de minicontratos futuros na Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, em setembro, 50 vezes maior que no mesmo mês do ano passado, a expectativa de corretoras como a Interfloat HZ é de que o número de total contratos dobre em 2007. O volume financeiro, até agosto de 2006, já ultrapassa os R$ 13,4 bilhões, informou reportagem do Diário do Comércio e Indústria/SP.

O avanço é resultado do aperfeiçoamento da plataforma de negociação e implantação dos formadores de mercado (market makers), em outubro de 2005. Desde então os volumes de minicontratos futuros estão numa crescente constante.

"O pequeno investidor, que aplica basicamente em ações, tem ampliado seus investimentos também para o mercado futuro", constatou o sócio-diretor da Flow Corretora de Mercadorias, Antonio Domiciano. Segundo ele, a empresa ampliou em cerca de 20 vezes sua base de clientes em um ano.

Na última sexta, 22/9, a BM&F iniciou a negociação do minicontrato de café. Com a nova modalidade, sobem para quatro os formatos desta modalidade de contratos futuros. São eles: Dólar (tamanho de US$ 5 mil); Ibovespa (cotado em pontos, cada ponto valendo R$ 0,20); Boi Gordo (tamanho de 33 arrobas); e Café (10 sacas de 60 quilos líquidos).

De acordo com Félix Schouchana, diretor de mercados agrícolas da BM&F, o objetivo da bolsa com o mini de café é aumentar o volume negociado. "A idéia é atrair o pequeno e médio produtor, investidor e torrefador para a modalidade",

Na opinião do diretor da corretora Interfloat HZ, Roberto Lombardi, outro fator que tem chamado a atenção dos investidores é o spread (taxa de administração cobrado pela corretora) praticado pelas corretoras. O valor mínimo do spread de uma operação de Ibovespa, por exemplo, é de 50 pontos.