O leitor do CaféPoint, Akira Pedro Sumi, cafeólogo de São Paulo, enviou um comentário ao artigo "O café... ou a café?", de autoria do Prof. Dr. Darcy R. Lima. Leia abaixo o comentário do leitor:

"Prezado prof. Dr. Darcy R. Lima,

Tenho acompanhado seus trabalhos sobre o café, principalmente na pesquisa sobre a influência na saúde. Gostaria de parabenizá-lo pela sua valiosa contribuição para incentivar o consumo da bebida mais apreciada no mundo, agora uma das mais saudáveis, contradizendo sobre os malefícios que toda a nossa geração acreditava que o café proporcionava.

Sou engenheiro químico e tive a felicidade de trabalhar numa empresa japonesa reconhecida mundialmente pela qualidade. Na ocasião, tive a grande oportunidade de fazer um curso no antigo IBC para ser classificador e degustador de café e, graças a essa felicidade, posso hoje apreciar e encantar cada vez mais com as propriedades e os encantos que ela proporciona nas nossas vidas, como o senhor comenta muito bem nos seus artigos.

O negócio de café é sempre um mistério, se não vejamos...

Não sabemos a exata razão e o porquê do mundo inteiro tomar café das mais variadas formas, maneiras, razões. A cada 3 pessoas, 2 tomam café no mundo; no norte da Europa, 94% tomam café. O café é a segunda commodity mais comercializada após os derivados de petróleo: 1,4 bilhões de xícaras de café são consumidas no mundo todos os dias. É o maior recurso agrícola, US$ 15 bilhões ao ano.

O café é agradável, estimulante ao intelecto, energético, relaxante, revigorante, saudável, quebra gelo, desculpa para uma pausa... um coffee break para satisfação de um sonho de estar tomando café numa natureza exuberante, num rio, numa montanha...

Mas o mais belo e romântico é um casal, após um jantar magnífico, pedir como ápice, um cafezinho bem tirado. Em minha opinião, essa a razão que mais dará sustentabilidade à humanidade e ao nosso negócio. A razão de tomar café por amor.

Cientificamente, o café ainda não é conhecido. Química, física e biologicamente. Existem mais de 1.000 componentes químicos voláteis conhecidos, apenas no aroma do café. No vinho, menos que 200; perfume Channel 5, menos que 100 e a rosa (flor), menos que 50.

Por isso, como químico, engenheiro, fabricante, processador, vendedor e empreendedor, o café me fascina... Me empolga, me envolve, me apaixona estudá-lo cada vez mais. E o que mais me motiva é a interação com os apreciadores finais de um bom cafezinho.

Depois de 35 anos de Grupo Iguaçu, tive a oportunidade na Automatos em visita diária aos clientes, a interagir com os usuários finais. Estes me orientam sem intermediários, das reais necessidades de tomar um cafezinho copinho por copinho e ajustar na hora para a necessidade e satisfação do cliente. A nossa máquina permite ajustar, customizar a necessidade e atender às mais variadas e complexas exigências de cada usuário.

Mas finalmente, como uma conclusão, após um relato de um pouquinho que conheço do café, sempre mencionei às pessoas e aos clientes que me questionavam porque eu estou no negócio de café. Quais as razões? Argumentava a eles que estou no negócio, devido às razões acima... sempre foram um mistério para mim. Quimicamente desconhecido ainda, não sabemos exatamente por que se toma tanto café por todo o mundo... cada usuário tem a sua própria razão. E é única.

Para mim, ainda é um grande mistério a ser desvendado e quando descobrirem todas essas questões, o café perderia um pouco do seu encanto e magia. Mas nunca se perderá o romantismo de apreciar um bom café com a pessoa amada.

Por final, eu respondia aos que me perguntavam "por que o café?": porque como um "ROMANTIC BUSINESS", o amor e o café são eternos".

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Equipe CaféPoint.