ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Agronegócio encurralado: discussões sobre produtividade

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 03/09/2009

2 MIN DE LEITURA

1
0
Os produtores rurais brasileiros vivem dias de grande apreensão. Diferentemente dos países de economia mais desenvolvida, como Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra, em que a atividade agropecuária é estimulada e até exageradamente protegida - a ponto de gerar conflitos e inviabilizar acordos em nível mundial -, o Brasil tem criado dificuldades que só fazem aumentar a já natural incerteza do negócio, que depende do clima e dos mercados.

Não bastasse a derrocada das cotações internacionais das commodities agrícolas, imposta pela crise mundial do crédito, e que só aos poucos vai sendo superada - fator externo que forçou uma queda na produção para evitar prejuízo maior -, o produtor é, agora, sobressaltado por duas avalanches. Ambas produzidas pelo Estado, ambas carregadas de visão preconceituosa contra o agronegócio.

A primeira onda o transforma no vilão da ecologia e quer punir os netos de hoje pela falta de regulação que permitiu a seus avós, por exemplo, plantar em encostas. Debate que se arrasta cada vez mais para longe da lógica e do bom senso, essa é uma questão colocada pela fase de atualização dos códigos florestal e ambiental. Ambos absolutamente necessários ao futuro sustentável do país e que, por isso mesmo, deveriam demandar a busca civilizada, inteligente e democrática do consenso. Mas a aproximação do calendário eleitoral, que vem contaminando quase tudo que depende do governo e dos políticos, acabou impondo a improdutiva transformação do debate em palanque, oportunidade para a performance midiática de certas autoridades que mais parecem preocupadas em garantir sua vaga no próximo pleito.

A outra não é menos grave, mas é mais urgente. Num arroubo autoritário claramente patrocinado pelo Palácio do Planalto, o Ministério do Desenvolvimento Agrário quer que entre em vigor, ainda esta semana, uma portaria que simplesmente dobra os atuais índices de produtividade das propriedades rurais. Não importa se não há mercado, se não há para quem vender, se os preços não estão cobrindo o custo e se o crédito está escasso e caro.

Com ou sem prejuízo, o produtor que se vire e dobre imediatamente sua produção, sob pena de ter sua terra desapropriada para fins de reforma agrária. É tratamento que em nada lembra a isenção do IPI para garantir a produção e venda de automóveis, com a exata compreensão da fase que enfrentava essa indústria. A tal portaria - deveria ser assunto para o Congresso Nacional, tal a sua importância -atropela a realidade, assim como fizeram as falidas economias planejadas do século passado, em que o governo arbitrava tudo. Ela depende ainda do Ministério da Agricultura, mas, a julgar pela sanha autoritária dos que invadem a propriedade alheia para impor o desejo de uma minoria, o produtor rural terá de escolher: na temporada de baixa do mercado, ou toma prejuízo ou sua terra vira assentamento, do qual nada será exigido, muito menos a produtividade.

Do Editorial do jornal Estado de Minas, adaptado pelo CaféPoint.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

JOSÉ S RAMOS

NOVA PETRÓPOLIS - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 04/09/2009

Nada mais improdutivo que discutir sobre produtividade. Quem não quer produzir mais com alta produtividade? Se isto não for alcançado, não tenhamos dúvidas que as razões estão nas ciclicas oscilações dos preços dos produtos agrícolas, do crédito escasso e caro, das oscilações climáticas, da desproteção ao agricultor, da falta de armazenagem, da falta de uma clara politica agrícola e tantas outras situações que desestimulam o investimento produtivo. E agora querem dobrar o índice de produtividade, cerceando o direito de decisão do cidadão que trata a terra, de produzir mais ou menos.

Que bom seria se tivessemos sempre excesso de produção de produtos agrícolas, pois o enorme contingente de brasileiros que passa fome poderia ter no mínimo uma refeição diária, mas não penalizando exclusivamente o produtor rural pelas naturais leis do mercado: preços baixos (excesso de oferta), estrutura de armazenagem deficiente, estrutura viária, estrutura portuária (sem comentários)...

Toda essa conta é paga pelo infeliz agricultor, seja ele pequeno ou grande.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures