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OIC: preço composto em set/07 sobe 4,8%

CELSO VEGRO

EM 17/10/2007

7 MIN DE LEITURA

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O evento mais significativo de setembro foi a aprovação de um novo Acordo Internacional do Café. O pacto recém-aprovado contém importantes inovações para fortalecer ainda mais a cooperação internacional em café. Destaca-se, em particular, a criação de um Comitê de Promoção e Desenvolvimento de Mercado; de um Comitê de Projetos, que se encarregará do preparo de projetos e da obtenção de fundos para financiá-los; e de um Fórum Consultivo sobre Financiamento do Setor Cafeeiro. Esses órgãos assessorarão o Conselho em suas deliberações, pois a Junta Executiva será abolida pelo novo pacto. O Conselho também decidiu prorrogar o Convênio Internacional do Café de 2001 por um ano a partir de 1º de outubro de 2007, para haver tempo suficiente para o cumprimento, pelos países, das formalidades necessárias para a entrada em vigor do novo Acordo. Outra característica deste último será sua vigência de dez anos, com a possibilidade de prorrogação por mais oito. No final desta Carta faço um resumo das principais características do Acordo Internacional do Café de 2007.

Com respeito ao comportamento do mercado cafeeiro em setembro, os preços voltaram a subir e a volatilidade foi bastante maior que nos meses anteriores. A prolongada ausência de chuvas no Brasil continuou a afetar o mercado, estando na raiz de intensos movimentos especulativos. Também contribuíram para o aumento da volatilidade as más condições meteorológicas em outros países exportadores, em especial as ligadas a um terremoto na Indonésia, além de enchentes em muitos países da África, América Central e do Norte e Ásia.

O preço indicativo da OIC subiu de 106,77 centavos de dólar dos EUA por libra-preso no início de setembro para 115,90 no final do mês, após atingir um pico de 118,46 centavos, seu nível mais alto de quase uma década. O acumulado das exportações dos onze primeiros meses do ano cafeeiro de 2006/07 (outubro - agosto) foi de 89,47 milhões de sacas, representando um aumento de 10,71% em relação ao acumulado do mesmo período de 2005/06, de 80,82 milhões. O volume exportado em agosto de 2007, porém, esteve 12,56% abaixo do exportado em agosto de 2006, registrando 8,73 milhões de sacas contra 7,64 milhões, em conseqüência de uma queda das exportações do Brasil e do Vietnã nesse mês.

Evolução dos preços

Em setembro os preços continuaram a subir, e a média mensal do preço indicativo composto da OIC foi de 113,20 centavos de dólar dos EUA por libra-peso, contra 107,98 em agosto e 106,20 em julho. A média de setembro foi a mais alta que se registrava desde maio de 1998. No dia 20 o preço indicativo composto da OIC atingiu 118,46 centavos. O gráfico 1 mostra a evolução do preço indicativo composto diário da OIC a partir de 1º de setembro de 2006. Em 10 de outubro o nível foi de 117,99 centavos de dólar dos EUA por libra-peso. Os gráficos 2 a 5 mostram a evolução dos preços indicativos diários dos quatro grupos de café a partir de 2 de julho de 2007.

Gráfico 1: Preço indicativo composto diário 1o de set. de 2006 a 10 de outubro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 2: Preços indicativos diários dos Suaves Colombianos 2 de julho a 30 de setembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 3: Preços indicativos diários dos Outros Suaves 2 de julho a 30 de setembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 4: Preços indicativos diários dos Naturais Brasileiros 2 de julho a 30 de setembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Gráfico 5: Preços indicativos diários dos Robustas 2 de julho a 30 de setembro de 2007


Clique no gráfico para ampliá-lo.

Fatores fundamentais do mercado

A safra de 2007/08 quase terminou na maior parte das áreas produtivas do Brasil. Seu volume, segundo as últimas estimativas oficiais, deve alcançar 32,62 milhões de sacas. Em outros países a safra apenas começou. Estou mantendo inalterada minha estimativa de um volume de 114 milhões de sacas para a produção mundial do ano-safra de 2007/08.

A safra de 2006/07 terminou em todos os países exportadores. As últimas cifras fornecidas pelos Membros confirmam uma produção mundial de 121,19 milhões de sacas. Estimativas da safra brasileira de 2008/09 só estarão disponíveis no início de dezembro de 2007.

As exportações de agosto de 2007 somaram 7,64 milhões de sacas. Esse volume representa uma queda de 5,6% em relação ao de julho, que foi de 8,09 milhões. Cumulativamente, as exportações dos onze primeiros meses do ano cafeeiro de 2006/07 (outubro de 2006 - agosto de 2007) totalizaram 89,47 milhões de sacas, ou seja, 10,71% acima do acumulado de 80,82 milhões do mesmo período de 2005/06.

No final de março de 2007, o volume total dos estoques de café verde dos países importadores, entre os quais os mantidos nos portos francos, era de 20,35 milhões de sacas. O consumo mundial foi de 120,11 milhões de sacas em 2006, representando um aumento de 2% em relação a um consumo de 117,72 milhões de sacas em 2005. O consumo interno dos países Membros exportadores foi de 31,04 milhões de sacas. Nos países importadores como um todo, o consumo girou em torno de 89,07 milhões de sacas no ano civil de 2006.

Em vista da atual dinâmica do consumo, minha estimativa do consumo mundial em 2007 é de cerca de 122 milhões de sacas. As cifras relativas aos preços de varejo em março de 2007 indicam um aumento em todos os países importadores.

Em conclusão, desejo frisar que em setembro, não obstante o aumento da volatilidade, o mercado cafeeiro se manteve muito firme, devido a movimentos especulativos desencadeados por condições meteorológicas adversas em muitos países exportadores. Durante o mês os preços alcançaram níveis comparáveis aos de 1998. Gostaria de novamente me congratular com os Membros por terem concluído um novo Acordo Internacional do Café cujas principais disposições fortalecerão o papel da Organização, em especial com respeito à melhoria da economia cafeeira e à promoção do desenvolvimento sustentável.

Acordo Internacional do Café de 2007

O Conselho Internacional do Café finalizou com sucesso a negociação de um novo pacto do café em sua sessão de setembro (ver Resolução 431). O Acordo Internacional do Café de 2007 entrará em vigor quando os Governos signatários tiverem feito o depósito de seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovação ou sua notificação de aplicação provisória. O novo pacto inclui mudanças significativas, que colocam a Organização Internacional do Café em sintonia com as exigências de uma economia de mercado globalizada.

O principal objetivo do Acordo é fortalecer o setor cafeeiro global e promover sua expansão sustentável num ambiente de mercado, em benefício de todos os participantes do setor. No funcionamento da Organização, a mudança institucional mais importante será a abolição da Junta Executiva e o conseqüente fortalecimento do Conselho como supremo órgão decisório da OIC. Três novos comitês e um fórum consultivo serão criados: um Comitê de Projetos, que assessorará o Conselho no tocante a projetos e à obtenção de fundos para financiá-los; um Comitê de Promoção e Desenvolvimento de Mercado, que será incumbido da supervisão de atividades tais como campanhas de informação, pesquisa, construção de capacidade e estudos relacionados com a produção e o consumo de café; e um Comitê de Finanças e Administração, que responderá inter alia pela supervisão do preparo do Orçamento Administrativo a ser apresentado ao Conselho. Os três comitês terão um papel de assessoria ao Conselho.

De particular importância será a criação de Fórum Consultivo sobre Financiamento do Setor Cafeeiro, em resposta à necessidade de maior acesso a informações sobre questões relacionadas com finanças e gestão de risco no setor cafeeiro, dando especial ênfase às necessidades dos pequenos e médios produtores. Esse fórum será integrado por representantes de muitas áreas, incluindo Membros, organizações intergovernamentais, instituições financeiras, setor privado, ONGs e outras entidades com perícia relevante. A Junta Consultiva do Setor Privado continuará a assessorar o Conselho, e a Conferência Mundial do Café a aconselhá-lo.

Também serão aprimoradas as atividades estatísticas, uma vez que, em seu artigo 32, o novo pacto dispõe sobre a cobertura estatística de um grande número de áreas, que com o tempo se estenderão aos cafés diferenciados. Em seu artigo 34, ele também dispõe sobre o aprimoramento dos estudos, pesquisas e relatórios, alargando o campo de ação da OIC, que se estenderá a aspectos de sustentabilidade do setor cafeeiro, elos entre o café e a saúde e a análise da cadeia de valor do café, entre outros temas.

O Acordo de 2007 dá grande ênfase à consecução de sustentabilidade no setor cafeeiro, levando em conta os princípios e objetivos do desenvolvimento sustentável, e insiste em pôr em relevo a erradicação da pobreza. Membros e observadores vêem com satisfação o êxito da negociação do Acordo de 2007, que sem dúvidas fortalecerá o papel da OIC como fórum para a realização de consultas intergovernamentais, facilitará o comércio internacional através de maior transparência e maior acesso a informações relevantes, e promoverá maior sustentabilidade da economia cafeeira, em benefício de todos os seus participantes, os pequenos agricultores dos países produtores de café em especial.

Fonte: OIC.

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