Depois de andar de lado, nos dois dias anteriores, os futuros de café arábica voltaram a ter boa valorização, nesta sexta-feira. Tanto a NYBOT como a BM&F tiveram altas na faixa de 2,5%, na posição Março/07 (mais líquida), com o pique da valorização ocorrendo na fase final dos pregões. Já os contratos de robusta, negociados na LIFFE, posição Janeiro/07, fecharam praticamente estáveis, mesmo porque seu pregão já estava encerrado quando a NYBOT subiu fortemente.

No balanço da semana, a NYBOT acumulou 6,20% de alta, a BM&F 6,02% e a própria LIFFE, que teve quedas mais fortes no seu decorrer, terminou por acumular 1,05% de ganho.

O relatório da Commodity Futures Trading Commission (CFTC) com o posicionamento dos traders, em 28/11, nas bolsas de commodities americanas, trouxe os fundos (non-commercial) aumentando, ainda mais, o saldo líquido comprado, para 21.308 contratos, os hedgers de indústrias e origens (commercial) aumentando o saldo vendido para 26.423 contratos e os especuladores (nonreportable) com saldo comprado de 5.115 contratos.

No mercado físico, as cotações voltaram a ser majoradas e a procura continua firme, mas os negócios seguem restritos, pois os produtores, preocupados com a possibilidade de colher muito pouco em 2007, capitalizados pela liberação de recursos governamentais e esperançosos de que um ciclo de forte de alta nos preços esteja por começar, continuam a dosar suas vendas.

O leilão de CPR-Física do BB também não refletiu a alta das bolsas, que ocorreu após sua realização, que se dá no início da tarde. Com isso, a liquidez foi restrita e apenas cinco dos quarenta e um lotes ofertados (dois de conilon) foram arrematados. Café padrão BM&F, para entrega no Cerrado Mineiro e na Mogiana, entre agosto e setembro de 2007, foi arrematado com preços entre 307,00 e 309,60 reais por saca. Para entrega em dezembro, os preços variaram de R$ 310,00 a R$ 312,00.