Segundo notícias do Valor Econômico, poucas novidades sobre os fundamentos do mercado de café e uma pane elétrica na central de dados da Bolsa em Chicago reduziu o volume de negócios e puxou a baixa do preço da commodity na quinta-feira, de acordo com analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires.

Em Nova York, os contratos de arábica com vencimento em julho recuaram 90 pontos, para US$ 1,3680/lb ou R$ 300,27/sc. Em Londres, os contratos de robusta também para julho recuaram US$ 3, para US$ 2.245/t ou R$ 223,51/sc. No mercado doméstico, o preço da saca encerrou a quinta-feira em baixa de 0,47%, a R$ 258,47, de acordo com o índice Cepea/Esalq. No mês de maio, em contrapartida, o preço da saca acumula alta de 1,26%.

De acordo com a Mellão Martini, o dia teve mais um dado elevado de inflação e um outro forte de vendas do varejo em março. A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,52% em maio ante 0,45% em abril, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IGP-10 deste mês foi a maior taxa registrada nesse tipo de indicador desde dezembro do ano passado e o mais alto para o mês desde 1995. Já as vendas no varejo em março cresceram 1,8% em relação a fevereiro e 11,4% comparativamente a março de 2007.

Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café


Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


Dólar

O dólar comercial terminou em baixa de 0,24% nesta quinta-feira, dia 15, cotado a R$ 1,6593, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

"O Dólar retomou o comportamento de baixa em relação ao Real hoje, com o mercado de câmbio identificando entradas financeiras pontuais, enquanto rumores de que o País receberia mais um selo de grau de investimento por parte de uma outra agência de classificação de risco, a Fitch, foram fisgados novamente como pretexto para as vendas da moeda", informou a Mellão Martini.

Segundo o InfoMoney, se por um lado o bom-humor nos mercados e o fluxo positivo de entrada de recursos no plano doméstico ajudaram na depreciação da moeda norte-americana, por outro, investidores se mantiveram cautelosos diante da possibilidade da atuação do Tesouro com o objetivo de compor o fundo soberano nacional.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Mercado do robusta

Em Londres, a quinta-feira terminou novamente em baixa, de US$ 3 por tonelada para os contratos de café previstos para setembro/08, fechando a US$ 2234/t ou R$ 222,41/sc. Para maio, -US$ 1 por tonelada definiu a sessão a US$ 2225/t, ou R$ 221,52/sc.

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, ao contrário de ontem, fechou em baixa de US$ 0,30 na posição julho/08, cotada a US$ 165,10/sc. Para setembro, os contratos perderam US$ 0,40, e terminaram o dia em US$ 167,00/sc.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar


Mercado físico

A saca do Arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - segue negociado a preço estável em todas as principais praças do país, com exceção de Guaxupé/MG, onde houve desvalorização de R$2,00/cs, inclusive para os tipos 6 bebida dura, riada e rio. Na ordem, temos os seguintes valores em Reais, por saca: 253, 248, 238 e 234.

Em Vitória da Conquista/BA, o café tipo 6 - bebida dura para melhor - foi negociado a R$ 245,00/sc. Em Araguari/MG e Franca/SP, R$ 260,00/sc. Na Zona da Mata, Caratinga, e Patrocínio/MG, a safra nova foi comercializada a R$ 250,00/sc.

O Conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - foi negociado em São Gabriel da Palha/ES a R$ 203,00/sc, preço estável desde o dia 30 de abril. O índice Cepea/Esalq permaneceu praticamente inalterado, a R$ 210,66/sc.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

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Julio Frare, equipe CaféPoint