Os contratos para maio/08 fecharam em 163,05 cents/lb (R$ 360,68/sc), recuo de 450 pontos (-2,69%). Set/08, cotado a 167,50 cents/lb (R$ 370,52/sc), registrou queda de 435 pontos (-2,53%).
Para Marcus Magalhães, da Maros Corretora, "investidores resolveram expurgar o excesso de gordura especulativa impressa nas cotações. Essa postura estimulou fortes movimentos de correções. Vale ressaltar que esse comportamento defensivo teve cunho meramente técnico, com possíveis novas correções no curto prazo".
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Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O dólar (compra) foi cotado em R$ 1,672, desvalorizado 0,51% em relação ao dia anterior.
Já o dólar comercial, de acordo com o InfoMoney, acompanhou o mau humor predominante nos mercados internacionais e fechou esta terça-feira (4) com forte alta, revertendo o movimento verificado na abertura da sessão.
Em sessão de agenda vazia tanto no âmbito externo quanto no doméstico, o principal destaque foi o discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke. Ao contrário do esperado, o chairman silenciou sobre a política monetária dos EUA, pedindo somente mais esforços com relação ao crédito imobiliário.
Com isso, os investidores mantêm a expectativa pela manutenção do foco das ações no combate a uma possível recessão, mas seguem temerosos quanto à evolução da economia norte-americana.
Internamente, o mercado acompanhou a reunião do Copom, que decidirá sobre os próximos passos da política monetária brasileira, com expectativa de manutenção do juro básico no Brasil na próxima quarta-feira.
O Banco Central (BC) realizou nesta sessão um leilão de compra de dólares no mercado à vista, ajudando a impulsionar a moeda norte-americana. A autoridade monetária definiu taxa de corte em R$ 1,6690, com três propostas sendo aceitas.
Gráfico 2. Cotação do dólar compra (R$)
Mercado do robusta
As cotações do robusta em Londres não registraram grandes variações. Os vencimentos mar/08, maio/08 e nov/08 fecharam com leve alta e os demais, jul/08 e set/08, registraram queda. Maio/08 foi cotado em US$ 2.752/ton (R$ 276,11/sc), variando +2 pontos (+0,07%). Set/08, cotado em US$ 2.764/ton (R$ 277,32/sc), teve queda de 10 pontos (-0,36%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A terça-feira foi de volatilidade alta na BM&F. O vencimento maio/08 registrou 1,83% e set/08, 1,73%. Os preços fecharam em US$ 189,50/sc (R$ 316,88/sc), para maio/08, variação negativa de US$ 3,10/sc (R$ 5,18/sc), com 65 contratos negociados e 2.966 em aberto. Set/08 fechou em US$ 196,20/sc (R$ 328,09/sc), queda de US$ 3,20/sc (R$ 5,35/sc), com 2.281 contratos negociados e 29.485 em aberto.
Não houve contratos de opções negociados no dia.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
A maioria das praças levantadas pelo CaféPoint apresentou recuo nos preços, nesta terça-feira.
No mercado interno, em Vitória/ES, segundo Marcus Magalhães, o dia foi bem calmo, principalmente no caso do arábica. "Os preços estão estabilizados e os mercados operam sem convicção já que as liquidações externas continuam reféns de boas notícias e as demandas, no spot, estão mais ou menos equalizadas".
O indicador Esalq-arábica foi cotado em R$ 287,13/sc, queda de R$ 4,66/sc.
No caso do conilon, afirmou Magalhães, a tônica mercadológica é diferente. "Os preços estão firmes e com demandas aquecidas pois existem necessidades imediatas que devem ser atendidas, no curto e médio prazos e que envolvem volume razoável de vendas já contratadas na exportação, fato que dá suporte para manter os preços externos sob pressão".
O preço do conilon, pelo indicador Esalq, fechou em R$ 241,09/sc, alta de R$ 1,86/sc.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint