Em Nova York, o mercado cafeeiro encerrou a sexta-feira praticamente inalterado. A posição julho marcou +5 pontos no final da sessão, fechando a 135,85 cents/lb ou R$ 292,46/sc, na conversão do dólar do dia. Para setembro, alta de outros 5 pontos fez com que a posição fechasse a 138,25 cents/lb ou R$ 297,62/sc. No acumulado da semana, são +1,46%. Segundo dados do Banco Central, o dólar (compra) encerrou o dia a R$ 1,627, também com valorização pouco significante.

Segundo a Mellão Martini, os fundos e pequenos especuladores reduziram o saldo líquido comprado no mercado de café na Ice Futures, de acordo com relatório de traders divulgado pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC). Os fundos passaram de um saldo líquido comprado de 24.129 para 22.850 lotes. Fundos e especuladores reduziram saldo comprado de 26.197 para 22.104 lotes.

Os EUA divulgaram nesta manhã que a taxa de desemprego no país subiu de 5% em abril para 5,5% em maio, a maior alta já registrada em um único mês desde fevereiro de 1986. O dado fez os investidores voltarem a questionar qual a magnitude da crise econômica americana, e com isso a aversão ao risco se espalhou pelos mercados financeiros. O dólar continuou a perder valor em relação ao euro: a moeda européia subia 1,23% nesta tarde, para US$ 1,577, e acumulava alta de quase 17% este ano. A fraqueza da moeda americana, combinada com fatores geopolíticos, levou o petróleo a disparar 8,41% em Nova York e fechar a US$ 138,54 por barril, quebrando novo recorde de preços. As informações são da Mellão Martini.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


Dólar

Segundo o InfoMoney, o dólar comercial encerrou em leve alta nesta sexta-feira após operar sem rumo definido. Com a divulgação da taxa de desemprego norte-americana em maio, que foi a maior em vinte anos, e o avanço recorde nos preços do petróleo, as principais bolsas dos EUA registram perdas expressivas. Mesmo assim, o dólar apresentou reação modesta diante da intensa realização de lucros no mercado interno, apoiada pelo forte pessimismo no plano externo.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café


Mercado do robusta

Em Londres a sexta-feira registrou baixa de 42 pontos para a posição Julho/08, que encerrou o dia a US$ 2.226/t ou R$ 217,36/sc. Setembro, com -45 pts, terminou a sessão a US$ 2.221/t ou R$ 216,87/sc.

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo também fechou o dia em baixa. A posição Julho/08 registrou - US$ 0,35 no encerramento da sessão e recuou aos US$ 163,20/sc. Setembro, com - US$ 0,60, cedeu aos US$ 165,80/sc.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar


Mercado físico

Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 254,00. O indicador Cepea/Esalq, em baixa, recuou R$ 1,10, cotado a R$ 255,62/sc.

O café despolpado de Vitória da Conquista seguiu a R$ 245,00/sc. Para as praças de Caratinga e Patrocínio/MG, a safra nova esteve cotada a R$ 250,00/sc, enquanto que em Araguari/MG e Franca/SP, a R$ 255,00, com preços estáveis em relação ao dia anterior.

Em São Gabriel da Palha/ES, o conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril. O indicador Cepea/Esalq, estável, foi cotado a R$ 210,33/sc.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


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Julio Frare, equipe CaféPoint