Para Marcus Magalhães, da Maros Corretora - Vitória/ES - "tudo indica que as curtas oscilações irão predominar nos próximos pregões, pois ninguém está disposto a assumir postura agressiva, no lado comprador ou vendedor, devido a proximidade da virada do ano fiscal".
Os contratos para mar/08 ficaram em 133,70 cents/lb (R$ 318,78/sc), queda de 0,59%. Maio/08 também teve recuo de 80 pontos (-0,58%), fechando a 136,30 cents/lb (R$ 324,98/sc).
Nesta quinta-feira 96.692 sacas de café arábica foram exportadas, segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
O dólar (compra) fechou valorizado 0,07% em relação ao dia anterior. Foi cotado a R$ 1,802. Na semana, apresenta 1,61% de alta.
A moeda norte americana confirmou o movimento visto na abertura da sessão, após instabilidade ao longo do dia, de acordo com o InfoMoney. O relativo otimismo durante parte da sessão foi reflexo da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) trimestral dos EUA, que veio de acordo com as expectativas do mercado. Outra notícia que exerceu certa pressão foi o anúncio do segundo leilão de recursos promovido pela autoridade monetária norte-americana. Contudo, a parte ruim do noticiário externo foi mais influente, com o banco Bear Stearns divulgando prejuízo líquido e os números de pedidos de auxílio-desemprego saindo acima do esperado. As notícias impulsionaram a cotação e renovaram temores quanto ao rumo da economia no próximo ano. Por enquanto, há muita incerteza e a cautela ainda predomina entre os investidores.
No cenário interno, os dados referentes à inflação do IPCA-15 e do IGP-M vieram acima do esperado e corroboraram o aumento da aversão ao risco. Ademais, o Banco Central realizou compra de dólares à vista, via leilão, fixando a taxa de corte da moeda em R$ 1,802. O número de propostas aceitas não foi divulgado.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
O preço do robusta teve queda no primeiro vencimento, em Londres. Nos demais, registrou alta. Jan/08 ficou em US$ 1.848/ton (R$ 199,85/sc), desvalorizado 2 pontos (-0,11%). Mar/08 fechou a US$ 1.886/ton (R$ 203,96/sc), com 2 pontos de valorização (+0,11%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
Mercado pouco volátil na BM&F. Os preços para o vencimento mar/08 apresentaram 0,43% de volatilidade. Maio/08 teve 0,37%. O primeiro vencimento teve 609 contratos negociados e 7.760 em aberto. Fechou a US$ 165,85/sc (R$ 298,93/sc), recuo de US$ 0,35/sc (-R$ 0,63/sc). Maio/08 apresentou menor queda, US$ 0,25/sc (-R$ 0,45/sc). Com 5 contratos negociados e 910 em aberto, fechou a US$ 168,75/sc (R$ 304,16/sc).
O vencimento que apresentou o maior número de contratos em aberto foi set/08, 18.008. No entanto, as negociações ainda são menores que mar/08, 418 contratos a US$ 168,85/sc (R$ 304,34/sc).
Nesta quinta-feira, 28 contratos de opções foram negociados na bolsa de São Paulo.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
O mercado físico apresentou queda na maioria das praças levantadas. Em Guaxupé/MG, o arábica tipo 6 (bebida dura-melhor) fechou em R$ 264,00, queda de R$ 2,00/sc. Em Vitória/ES e Londrina/PR também houve queda nas cotações. Franca/SP permaneceu estável. Já em Vitória da Conquista/BA alguns tipos de café apresentaram alta nos preços. O indicador Esalq-arábica fechou a R$ 267,85/sc, recuo de R$ 1,10/sc.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
O conilon permaneceu praticamente estável pelo indicador Esalq. Cotado a R$ 207,47/sc, teve leve acréscimo de R$ 0,02/sc. Em Vitória/ES, no entanto, registrou queda de R$ 1,00, cotado a R$ 201,00/sc.
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Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint