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Segundo dados divulgados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, as exportações do agronegócio mineiro somaram US$ 3 bilhões nos sete primeiros meses de 2008, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para as vendas de café, principal produto da pauta de exportações, com 8%. A comercialização do grão movimentou US$ 1,5 bilhão nos primeiros sete meses do ano, sendo Alemanha, Estados Unidos e Itália os principais compradores.
As exportações de café da Colômbia, México, Peru, América Central e República Dominicana aumentaram 1,6% em julho deste ano, de 2,684 milhões (julho/07) para 2,727 milhões de sacas, de acordo com a Associação Nacional de Café da Guatemala (Anacafe). As exportações nos dez meses decorridos da safra 2007/08 até julho foram de 24,54 milhões de sacas, aumento de 4% sobre as 23,605 embarcadas no mesmo período da safra anterior.
De acordo com o jornal Valor Econômico, os contratos futuros de café negociados em Nova York subiram ontem pelo terceiro pregão consecutivo, com especulações de que os brasileiros estão retardando as vendas à espera de preços melhores. Segundo o Conselho dos Produtores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações do grão caíram 15% nos primeiros 19 dias de agosto, para 747.393 sacas.
Em entrevista à Bloomberg, Marcio Bernardo, da Newedge USA LLC, disse que os produtores brasileiros aguardam o Pepro do governo. "Ninguém quer vender hoje para descobrir depois que poderia ter recebido mais".
Em Nova York, os contratos de café da Bolsa de mercados futuros com vencimento previsto para setembro/08 subiram 110 pontos, alcançando 137,30 cents/lb (R$ 294,22/sc), mesma cotação de trinta dias atrás. Dezembro/08, também com +110 pts, chegou a 141,20 cents/lb ou R$ 302,57/sc, alta de 1,25% na semana. De acordo com o Banco Central, nesta segunda-feira o dólar comercial foi cotado a R$ 1,620.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o InfoMoney, o dólar comercial estendeu o movimento de desvalorização face ao real verificado na véspera e voltou a fechar em queda nesta quarta-feira (20) com o estímulo para o ingresso de fluxos externos ao país advindo da Bolsa, por sua forte performance na sessão.
"Em dia de calendário econômico escasso na esfera internacional e dados de inflação doméstica confirmando a recente percepção de recuo na alta dos preços, a apreciação das commodities foi o principal fator responsável pelo bom desempenho da Bovespa neste pregão, uma vez que suas principais blue chips são ligadas ao setor de matérias-primas", publicou o site.
O Banco Central divulgou os dados parciais de fluxo cambial em agosto, que apresentaram reversão de tendência frente ao fechamento de julho, quando o saldo registrado ficou negativo em US$ 2,494 bilhões. Com expressivo recuo no déficit das operações financeiras e incremento no saldo comercial, o fluxo cambial nos 11 primeiros dias úteis deste mês estava positivo em US$ 3,749 bilhões.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
A bolsa de mercados futuros de Londres encerrou o dia em baixa. A posição setembro caiu 4 pontos, cotada a US$ 2.248/t ou R$ 218,49/sc, ao passo que contratos para novembro recuaram 10 pts, encerrando a sessão a US$ 2.280/t ou R$ 221,60/sc. Nos últimos trinta dias, a desvalorização é de 4,22% para os contratos com vencimento em setembro. (Veja a Tabela 1)
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A exemplo de NY, a Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo registrou alta de US$ 1,10 para a posição setembro, encerrando a sessão a US$ 169,10/sc ou R$ 273,93/sc. Para dezembro, os contratos subiram US$ 1,60, para US$ 169,80, ou R$ 275,06/sc. O acumulado em uma semana chega a 1,38% para contratos com vencimento em setembro e 1,07% para dezembro.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 261,00, R$ 1,00 a mais que no dia anterior. O indicador Cepea/Esalq valorizou R$ 0,79, terminando o dia a R$ 248,41/sc, alta de 1,68% na semana. Em Franca, São Paulo, o preço da saca foi de R$ 257,00.
Nas praças de Patrocínio, Araguari e Caratinga, em Minas, a safra nova foi negociada a R$ 248, R$ 245 e R$ 240, respectivamente, sem alteração quando comparadas ao dia anterior. O café despolpado de Vitória da Conquista/BA foi comercializado a R$ 245,00/sc, estável em relação ao dia anterior.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. O indicador diário à vista do Cepea/Esalq caiu 0,47%, cotado a R$ 212,75. Nos últimos trinta dias, o índice recuou 2%.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Julio Frare, Equipe CaféPoint
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
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