Os contratos para mar/08 fecharam a 136,55 cents/lb (R$ 321,42/sc), alta de 285 pontos (+2,13%). O vencimento set/08 ficou em 144,00 cents/lb (R$ 338,96/sc), valorização de 280 pontos (+1,98%).
"Muitos acreditam em um novo reposicionamento de fundos em detrimento da possível queda nos juros norte-americanos. A ação de compra foi geral em softs commodities, que comparadas aos grãos e às demais commodities ainda são uma boa aposta", comentou Martignon.
Marcus Magalhães, da Maros Corretora, disse que as bolsas conseguiram concluir seus trabalhos acima de interessantes resistências, o que numa visão técnica deu ao mercado uma condição muito boa para manter o atual espaço de trabalho.
Segundo ele "para amanhã (31) é previsto, a continuidade deste movimento, porém não se pode descartar leves realizações de lucros nos patamares".
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
O dólar compra fechou a R$ 1,779, alta de 0,23% em relação ao dia anterior.
Segundo o InfoMoney, o resultado da prévia do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano aumentou as perspectivas de mais uma ação do Federal Reserve. De acordo com dados da prévia, o PIB do país no quarto trimestre cresceu apenas 0,6%, frente ao avanço de 1,2% esperado pelos analistas. O indicador preocupou, mostrando a amplitude da crise nos EUA, e aumentou as apostas em mais um corte na Fed Funds Rate.
No Brasil, a concretização de um novo corte na Fed Funds Rate aumentaria ainda mais o diferencial de juros internos e externos e tornaria os ativos brasileiros mais atrativos. O Banco Central esteve presente nesta seção, não só realizando leilão de compra de dólares no mercado à vista com taxa de corte definida em R$ 1,7780, mas também realizou leilão de swap cambial reverso. A operação vendeu 39.000 dos 41.100 contratos ofertados, o que equivale a US$ 1,884 bilhão.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Em Londres a alta foi menor, mas os contratos ainda se valorizaram em detrimento da menor exportação do Vietnã, disse Leandro Martignon. O vencimento mar/08 fechou a US$ 2.100/ton (R$ 224,20/sc), valorizado 29 pontos (+1,40%). Com igual variação positiva, maio/08 ficou em US$ 2.126/ton (R$ 226,98/sc).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
Na BM&F, a volatilidade ao longo do dia foi menor que no dia anterior, 1,37% e 1,47%, para mar/08 e set/08, respectivamente. A cotação ficou em US$ 166,00 (R$ 295,38/sc) para mar/08, alta de US$ 2,00/sc (R$ 3,56/sc), com 1.997 contratos negociados e 5.693 em aberto. Set/08 fechou a US$ 172,35/sc (R$ 306,68/sc), valorizado US$ 2,85/sc (R$ 5,07/sc), com 2.082 contratos negociados e 20.313 em aberto.
Foram negociados 300 contratos de opções.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
No mercado físico houve alta na maioria das praças. O indicador Esalq-arábica fechou valorizado R$ 3,14/sc, cotado a R$ 271,65/sc. O indicador para conilon ficou em R$ 211,03/sc, alta de R$ 0,58/sc.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo para cartas.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint