Com notícias do InfoMoney: o contrato do petróleo em Nova York chegou a ultrapassar os US$ 135 o barril nas negociações desta quinta-feira. Membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) sugerem um futuro de US$ 200 para o barril, que acumula 19% de valorização só neste mês.
Segundo informações da Mellão Martini, o produtor de café deve pensar duas vezes antes de comprar os fertilizantes para adubar a lavoura, a partir de setembro. Isso porque a relação de troca entre o insumo e a saca de 60 kg de café é desfavorável ao produtor. Historicamente, 3 sacas de café compram 1 tonelada de fertilizantes. Hoje, a relação é de cerca de 5 sacas do grão para 1 tonelada de adubo.
"A tendência é o cafeicultor usar menos adubo", informa o presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa. Conforme o dirigente, o cafeicultor inicia as compras de adubo em setembro. Em média, a aplicação do produto nas lavouras ocorre entre outubro e março e seu efeito vai se verificar na safra de 2010. Embora seja esperada uma grande produção, a redução no uso de fertilizantes pode comprometer o volume que vai ser colhido em 2010.
A alta do petróleo e a demanda de países emergentes elevaram os preços dos insumos agrícolas no mercado internacional. No caso específico do café, as cotações do produto não têm acompanhado o aumento dos insumos, que representam cerca de 30% do valor da saca. Os cooperados da Cooxupé devem colher este ano cerca de 4,9 milhões de sacas. No ano passado, a produção foi de 2,6 milhões de sacas. Em 2006, os produtores da Cooxupé colheram 4,6 milhões de sacas, de acordo com Paulino da Costa.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O dólar comercial encerrou em baixa nesta quarta-feira, dia 21, cotado a R$ 1,6484, segundo informações do Banco Central.
De acordo com o InfoMoney, o dólar havia operado muito próxima da estabilidade durante quase toda a sessão. Investidores avaliaram a notícia de que o fluxo cambial no Brasil ficou superavitário em US$ 1,563 bilhão nas três primeiras semanas deste mês, levando o acumulado no ano para o patamar dos US$ 17,226 bilhões.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
Em Londres, a quinta-feira também terminou em baixa, com -82 pontos para a posição Julho, cotada a US$ 2229/t ou R$ 220,46/sc. Setembro/08 também ficou no vermelho, com -81 pts, e fechou a sessão a US$ 2220/t, ou R$ 219,57/sc.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
Ontem, a Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo permaneceu fechada por conta do feriado nacional e não houve movimentações de mercado futuro do café na bolsa brasileira, portanto.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
No mercado físico, a quarta-feira foi de alta nos preços, novamente. O índice Cepea/Esalq subiu 2% ou R$ 5,24 e finalizou o dia a R$ 262,64/sc. Em Guaxupé, sul de Minas, a saca do Arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - subiu mais R$ 6,00 e acabou negociada a R$ 261,00. Em Vitória da Conquista/BA, houve incremento de R$ 5,00 à saca do café despolpado e a mesma foi negociada a R$ 250,00.
Nas demais praças do país, os preços permaneceram inalterados. Em Araguari e Patrocínio, ambas em Minas Gerais, mantiveram-se R$ 255,00/sc (safra nova); Caratinga, Zona da Mata, negociou sua safra nova a R$ 250,00/sc. Na praça de Franca/SP, nova alta, de R$ 10,00 desta vez, com preço final batendo os R$ 267,00/sc.
O Conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - foi negociado em São Gabriel da Palha/ES a R$ 203,00/sc, preço estável desde o dia 30 de abril. O indicador Cepea/Esalq perdeu R$ 0,47, e terminou o dia valendo R$ 211,54/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
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Julio Frare, equipe CaféPoint