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Frio no Brasil causa forte alta de bolsas internacionais

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 23/06/2008

4 MIN DE LEITURA

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Segundo levantamento semanal da Safras & Mercado, até o dia 17 de junho a colheita de arábica estava em 28% do total, bastante atrasada em relação a igual período do ano passado, quando 40% da safra 2007/08 estava colhida nesta época. O analista Gil Barabach destaca que houve melhor evolução da colheita na última semana: "Além do clima favorável, aumentou também o percentual de grãos maturados", afirma. No Espírito Santo, maior produtor de robusta do país, os trabalhos estão quase no fim.

Ainda segundo a Safras, os estoques finais de café no Brasil na temporada 2008/09 (julho/junho) deverão ficar em 5,35 milhões de sacas de 60 quilos, apresentando um incremento de 245% em relação a 2007/08 (os estoques finais de 2007/08 eram de apenas 1,55 milhão de sacas: 82,5% menos que os estoques finais de 2006/07, de 8,85 milhões). O consumo interno de café no Brasil está estimado em 18,1 milhões de sacas, e as exportações totais, em 28,5 milhões de sacas.

De acordo com o jornal Valor Econômico, os preços futuros do café fecharam a sexta-feira em forte alta nas bolsas internacionais, impulsionados por notícias de que o clima frio no Brasil, com o início do inverno, poderá afetar os cafezais. Segundo a Mellão Martini, além da especulações em torno de clima, a alta do petróleo e outras commodities também colaboraram para a valorização das cotações do café. Apesar do temor do mercado em relação ao frio, há poucos riscos de geadas para os próximos dias no Brasil, segundo a agência de meteorologia Somar.

Na Bolsa de Nova York, Julho/08 registrou +700 pontos, fechando a 143,95 cents/lb ou R$ 305,32/sc - mais de 5% de valorização. Os contratos com vencimento para setembro registraram +705 pontos e terminaram a sessão a 146,70 cents/lb (R$ 311,16/sc), alta também na casa dos 5%. Entretanto, a moeda americana continua bastante desvalorizada face ao real, em seus piores níveis desde 1999. Nesta sexta-feira, o dólar comercial manteve-se muito próximo aos R$ 1,60 registrados no dia anterior. No mês, NY acumula +7,5% contra -1,5% do dólar.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


Dólar

Segundo o InfoMoney, o dólar comercial foi pressionado por ajuste após descer a patamares de nove anos atrás e pelo mau humor dos mercados. Esta foi a única sessão na semana em que dólar não registrou queda face ao real. Nos mercados internacionais, investidores demonstraram aversão ao risco diante de mais notícias ruins provenientes do setor financeiro e de novo rali no preço do petróleo. O salto na cotação da commodity também se refletiu nas negociações da moeda norte-americana ao redor do mundo, que, ao contrário do ocorrido no plano interno, perdeu valor diante de muitas divisas, inclusive do euro.

"Durante a semana, um fator a contribuir para o enfraquecimento do dólar em âmbito mundial foi a crescente especulação no mercado de que o Federal Reserve deve demorar a elevar a taxa de juro nos Estados Unidos - o que continua favorecendo as moedas de economias com juros básicos superiores", publicou o site.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café


Mercado do robusta

A Bolsa de Londres também fechou dia com saldo positivo para o mercado de café. A posição Julho/08 subiu 98 pontos, encerrando o dia a US$ 2365/t, ou R$ 227,52/sc. Setembro, com +102 pts, terminou a sessão a US$ 2.360/t ou R$ 227,04/sc. No mercado londrino, as posições citadas registraram quase 7% de valorização acumulada na semana.

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, acompanhando a Bolsa de NY, também terminou o dia em forte alta. +US$ 8,00 para a Julho/08 devolveu toda a perda acumulada desde o dia 14 de março, quando a posição estava em US$178,40, e o dólar era de R$ 1,694. Naquela época, o preço da saca brasileira era de R$ 302,21. Hoje, com a posição cotada a US$ 173,10/sc (ou R$ 277,55/sc), registramos uma perda real de 8,16% - 5,3% em função da desvalorização do dólar, 3 meses depois.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar


Mercado físico

Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 269,00, R$10,00 a mais que no dia anterior. O indicador Cepea/Esalq registrou alta de R$ 8,34, cotado a R$ 260,43/sc - 3,3% de valorização. Em Franca, São Paulo, os negócios foram realizados a R$ 265,00/sc.

O café despolpado de Vitória da Conquista somou mais R$ 5,00, negociado a R$ 250,00/sc. Na praças de Araguari e Caratinga (MG), a safra nova permaneceu a R$ 255,00 e R$ 250,00/sc, respectivamente, enquanto que em Patrocínio, foi vendida a R$ 255,00/sc. (+R$ 2,00)

Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. O indicador Cepea/Esalq, com valorização de 1%, encerrou o dia cotado a R$ 212,16/sc.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F



Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui

Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo para cartas.

Julio Frare, Equipe CaféPoint

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HENRIQUE PENIDO ROSA

CAPITÓLIO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 24/06/2008

O café tem que parar de subir apenas em razão de especulações. A situação de preços está tão crítica que vemos produtores rezando pra vir uma geada para que o preço suba.

Teremos essa situação até quando?

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