Segundo a Mellão Martini, discussões em torno da criação do fundo soberano; o temor de que o governo crie impedimentos para a entrada de recursos estrangeiros de curto prazo visto como especulativo; a expectativa com a divulgação da nova política industrial na próxima segunda-feira, dia 12, e a escalada da inflação no Brasil compõem a lista de preocupações do cenário interno. O ambiente internacional, negativo, só reforça a trajetória de alta do dólar.

Em Nova York, os índices do mercado cafeeiro apresentaram baixa para a posição maio/08, que perdeu 270 pontos e foi cotada a US$ 130,15 cents/lb ou R$ 288,09/sc. Houve queda também para julho, de 250 pontos, registrando US$ 131,10 cents/lb, R$ 290,19/sc. Set/08 fechou em baixa de 245 pontos, a US$ 133,55 cents/lb ou R$ 295,61/sc.

Compare as cotações desta quarta-feira àquelas do dia anterior, da semana passada e com as de um mês atrás. Note que os preços atuais para a posição maio/08 em relação ao dia 07 de abril deste mesmo ano acumulam variação negativa de 2,58%. Confira a tabela abaixo:

Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café


Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.

Dólar

O dólar comercial terminou a jornada desta quarta-feira, dia 07, em alta face ao real, acompanhando a tensão dos mercados internacionais, publicou o Infomoney.

"A moeda norte-americana reagiu, ao mesmo tempo, a especulações de que o governo brasileiro possa anunciar medidas que interfiram no câmbio e ao resultado da emissão de títulos do Tesouro ocorrida nesta sessão. Além disso, a criação de um fundo soberano que pode ser de US$ 20 bilhões, conforme estima o ministro da Fazenda, também influenciou a apreciação da divisa", afirmam analistas do site.

Nesta quarta, a moeda americana registrou alta de 0,76% e fechou a R$ 1,6733 de acordo com o Banco Central.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Mercado do robusta

Em Londres, a quarta-feira terminou em baixa de 13 pontos para a posição maio/08, a US$ 2097/t, ou seja, R$ 210,53/sc. Para julho, a saca fechou com baixa de 22 pontos, a R$ 212,64. Depois de cair 24 pts, set/08 estabilizou-se em US$ 2143/t ou R$ 212,74/sc, na moeda nacional.

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo fechou em queda. Maio/08 desvalorizou US$ 2,35 e caiu a US$ 154,50/sc. Julho com -US$ 2,50 foi a US$ 156,70/sc. Setembro fechou a US$ 159,80/sc depois de cair US$ 2,60 e dez/08 terminou com menos US$ 2,90, a US$ 163,50/sc.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar


Mercado físico

A saca do Arábica tipo 6 bebida dura para melhor foi negociada a R$251,00 em Guaxupé, R$ 250,00 a safra nova em Araguari (Triângulo Mineiro) e Patrocínio (Alto Paranaíba), permanecendo estáveis em relação ao dia anterior. Todas as principais praças também mantiveram o preço da saca inalterados. Franca manteve seus R$ 260,00/sc. Em Caratinga, na Zona da Mata, a safra nova foi negociada a R$ 245,00 novamente. A saca de café despolpado em Vitória da Conquista/BA ficou em R$ 245,00, como no dia anterior. O indicador Cepea/Esalq registrou baixa de 1,19%, e encerrou o dia a R$ 250,67/sc.

As sacas do Arábica, tipo 6, bebida dura; Arábica, tipo 6, bebida riada; e Arábica, tipo 6, bebida rio também permaneceram com preço estável em Guaxupé, negociadas a R$246, R$236 e R$ 232/sc, respectivamente.

O Conilon tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13, negociado em São Gabriel da Palha/ES, continuou a R$ 203,00. O índice Cepea/Esalq subiu R$ 0,30, fechando a R$ 211,13/sc.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

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Julio Frare, Equipe CaféPoint