Segundo notícia do Valor Econômico, o resultado reverteu as quedas do início do dia, motivadas pela valorização do dólar, e configurou a quarta alta em cinco pregões. De acordo com Julio Sera, da Hencorp Futures, em Miami, os preços estão oscilando entre US$ 1,35 e US$ 1,40 devido à falta de notícias sobre oferta e demanda. Operadores da bolsa ouvidos pela Reuters disseram que o mercado opera com sinais mistos, como a expectativa de geada no Brasil, que pode afetar a maior produção mundial do grão.
Em Nova York, as cotações para maio e setembro seguem em alta de 4,73% e 3,02%, respectivamente, quando comparadas à mesma data do mês de abril. Londres, apesar da queda de ontem, está no mínimo 5,5% mais valorizada que a semana anterior para as posições acima citadas. Confira a tabela 1.
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O dólar comercial fechou em avanço nesta quarta-feira, dia 14, a R$ 1,6633, e interrompeu uma série de três quedas seguidas, reagindo ao anúncio da criação do fundo soberano do Brasil. Resultados positivos de empresas também ajudaram a sustentar um ambiente de negociações mais ameno, interna e externamente.
No final da tarde de terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou o plano para a criação do fundo soberano nacional, que terá como uma das formas de captação, a absorção de dólares do fluxo interno. Outra forma de arrecadar recursos para o fundo seria a apropriação do excedente do superávit primário que ajudaria no combate da inflação. Segundo ele, gastando menos aqui dentro, o governo reduz o aquecimento da demanda interna. A notícia gerou receios de que a captação possa se tornar um instrumento de política cambial.
"No câmbio, a expectativa de que o Tesouro Nacional compre o excedente de dólares e os direcione para o fundo soberano deve compensar, em parte, o aumento dos ingressos financeiros por conta do alto diferencial dos juros, em meio ao baixo risco do país", avalia Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.
"No médio prazo, esta combinação pode sinalizar um intervalo de equilíbrio que deverá situar-se entre os R$ 1,62 e os R$ 1,65, se não houver nenhuma turbulência externa de grande magnitude", projeta a economista. As informações são do Infomoney e Banco Central.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
Em Londres, a quarta-feira terminou em baixa de 19 pontos para os contratos de café previstos para maio/08, fechando a US$ 2226/t ou R$ 222,15/sc. Julho também caiu 17 pts, e fechou a US$ 2248/t, ou R$ 224,35/sc.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo fechou em alta de US$ 3,60 para a posição maio/08, cotada a US$ 160,50/sc. Para julho, os contratos ganharam +US$ 1,65, e terminaram o dia em US$ 165,40/sc.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
A saca do Arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - permaneceu estável em todas as principais praças do país. Em Guaxupé/MG e Vitória da Conquista/BA, foi negociada a R$ 255,00 e R$ 245,00, respectivamente. Em Araguari/MG e Franca/SP, R$ 260,00. Na Zona da Mata, Caratinga, e Patrocínio/MG, a safra nova foi comercializada a R$ 250,00. O indicador Cepea/Esalq registrou alta de 1,31%, e encerrou a quarta a R$ 259,70/sc.
O Conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - foi negociado em São Gabriel da Palha/ES a R$ 203,00/sc, preço estável desde o dia 30 de abril. O índice Cepea/Esalq teve alta de 1,05% e fechou a R$ 210,63/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Julio Frare, equipe CaféPoint