O vice-presidente da Newedge Group, Rodrigo Costa, informa que os índices de commodities trabalharam em alta, liderados pelos produtos softs (café, açúcar, algodão e suco de laranja e com exceção do cacau), energia e grãos. Conforme análise técnica da Newedge, os contratos devem se sustentar acima de 112 cents, base março, para tentar a resistência a 117,50 cents, 120 cents e 123,35 cents. Um fechamento abaixo de 112 cents pode levar os preços de volta ao nível de 110 cents.
O broker Theo Amaral, da SLW Corretora, comenta que o câmbio deu boa sustentação aos ganhos no mercado de café, com o real fortalecido ante o dólar dando impulso aos preços. Em contrapartida, porém, a moeda norte-americana segue firme em relação ao euro.
O mercado físico de café voltou a evoluir depois de ficar travado no começo da semana, por conta da queda dos contratos futuros de arábica na Bolsa de Nova York, aliada ao fortalecimento do real em relação ao dólar. "Havia pessimismo, mas o sentimento inverteu, diz um corretor de Santos (SP).
Em Nova York, os contratos de café da bolsa de mercados futuros com vencimento previsto para março/09 fecharam em baixa de 75 pontos, cotados a 113,45 cents/lb (R$ 340,30/sc). A posição Maio, com desvalorização de 80 pts, fechou a sessão a 115,55 cents/lb ou R$ 346,60/sc. Conforme dados do Banco Central (BC), o dólar comercial foi cotado a R$ 2,26 nesta quinta-feira.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o InfoMoney, as incertezas quanto ao futuro da economia global voltaram a pairar sobre os investidores nesta quinta-feira, e o dólar comercial fechou em alta frente ao real pela segunda sessão consecutiva. Mesmo com a escalada da divisa norte-americana, o Banco Central não anunciou novas intervenções no mercado de câmbio para conter o avanço da moeda.
"Com a piora das perspectivas referentes ao futuro da economia real ao redor do mundo, o preço das commodities cai forte, pressionado pela expectativa de queda de demanda por causa da desaceleração global. A baixa aumenta as preocupações acerca dos números da balança comercial brasileira", publicou o site.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
A bolsa de futuros de Londres permaneceu estável no último fechamento para os contratos com vencimento em janeiro, encerrando a sessão a US$ 1.952/t, equivalentes a R$ 265,57/sc. Nos últimos sete dias, porém, a alta acumulada é de 13,49%.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
Na BM&F, Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, os contratos de café também finalizaram a sessão em queda. A posição março recuou US$ 0,80, fechando a US$ 126,00/sc (R$ 285,71). Contratos previstos para maio de 2009 fecharam a US$ 129,70 (R$ 294,09/sc), também com baixa de US$ 0,80. Para os contratos com vencimento em março, a valorização acumulada nos últimos trinta dias é de 6,33%.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 268,00, R$ 8,00 a mais que no dia anterior. O indicador Cepea/Esalq valorizou 1,37%, registrando R$ 260,06/sc. Em Franca, São Paulo, o preço da saca foi de R$ 260,00.
Nas praças de Patrocínio, Caratinga e Araguari, em Minas Gerais, o preço da saca manteve-se estável em relação àquele praticado no final do ano, de R$ 260,00/sc. O café despolpado de Vitória da Conquista, na Bahia, foi comercializado a R$ 235,00/sc, R$ 5,00 a mais que no dia anterior.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - foi negociado a R$ 208,00/sc. O indicador diário à vista do Cepea/Esalq foi de R$ 222,61/sc, permanecendo praticamente estável em relação ao último fechamento. Nos últimos 30 dias, entretanto, o acumulado é de -2,79%.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
Julio Frare, Equipe CaféPoint
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