De acordo com o Infomoney, o presidente Lula, alinhado ao discurso de Guido Mantega, descartou nesta terça-feira (17) a adoção de "medidas intempestivas" para conter a queda do dólar. A cotação da moeda norte-americana, portanto, se comportará exclusivamente de acordo com a interação das forças de mercado.
A expectativa aponta para a continuidade da trajetória de queda do dólar caso sejam mantidas as condições de elevada liquidez internacional, commodities caras e ambiente macroeconômico doméstico favorável.
Com isso, os produtos brasileiros ficam mais caros lá fora, desencadeando dificuldade em exportar. E as empresas domésticas enfrentam uma maior concorrência dos produtos importados, que passam a chegar mais baratos.
Dentro deste cenário, diversos economistas vêm cobrar a adoção de medidas que estanquem o processo de valorização do real. Ainda que estas causem algumas distorções, seu saldo agregado para a economia acabaria sendo positivo, de acordo com esta vertente.
Para a NGO corretora, com poucas alternativas para conter o fluxo positivo além da possibilidade de acionar normas técnicas para aumentar a restrição de exposição de risco em variação cambial, restaria ao Banco Central acelerar o ritmo de cortes na taxa Selic.
Desta forma, o diferencial de juros externos e internos seria menor, reduzindo a entrada de dólares via financeira. Além disso, o custo financeiro do Banco Central também diminuiria pois o cupom cambial - custo de oportunidade de se manter dólares em reserva - seria menor.
Já a Tendências Consultoria atribui a trajetória de apreciação cambial ao lado comercial e, então, este deveria ser o foco das políticas para conter a queda do dólar. Assim sendo, o Brasil precisa aumentar o grau de abertura econômica.
Os economistas da Tendências afirmam que o país importa cerca de 9% do PIB (Produto Interno Bruto), enquanto a média emergente está próxima a 30%. O fluxo de comércio brasileiro beira os 21,9% do PIB, frente a um fluxo médio dos países emergentes da ordem de 50%.
O aumento das importações levaria a uma maior demanda por dólares internamente, ajudando a conter a trajetória de queda da divisa. Para concluir sua avaliação, a Tendências cobra urgência na adoção de uma política cambial moderna, apoiada na abertura comercial e na reforma da legislação, segundo informações do Infomoney.
Tabela 1. Contratos café, NY - 17/07/2007
Gráfico 1. Contrato café, NYBOT - julho de 2007
Gráfico referente ao último mercado
Fonte: Enfoque
Londres cotou o robusta a R$ 204,59 para set/07, alta de 0,38%. Para mar/08 a valorização foi de 0,90% fechando a saca em R$ 201,02.
Tabela 2. Contratos café, Londres - 17/07/2007
Gráfico 2. Contrato café, LIFFE - julho de 2007
Gráfico referente ao último mercado
Fonte: Enfoque
Na BM&F, 668 contratos foram negociados para set/07 cotados a US$ 136,55. A variação positiva ficou em US$ 0,75 por saca.
Tabela 3. Contratos café, BM&F - 17/07/2007
No mercado interno pouca movimentação. Guaxupé cotou o arábica tipo 6 bebida dura para melhor em R$ 237,00, queda de 2,47%. O indicador Esalq para arábica fechou em R$ 237,71 com queda de 0,13%. O conilon foi cotado em R$ 200,18 alta de 0,57% pelo indicador Esalq.
Tabela 4. Cotações do café no mercado físico 17/07/2007
Há algum fato relevante que esteja acontecendo em sua região e que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo para cartas.
Rodrigo Cascalles, Equipe CaféPoint.