Para a edição deste ano do Concurso Nacional de Qualidade do Café, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) anuncia novidades. O 12º Concurso Nacional de Qualidade do Café seleciona os melhores cafés produzidos nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia e Espírito Santo, escolhidos nos torneios estaduais dessas regiões.
Novidades
As mudanças propostas pela Associação são principalmente relacionadas à avaliação dos cafés recebidos. Para avaliar os lotes finalistas, um grupo de consumidores será convidado entre o público que gosta e consome café. Os consumidores poderão degustar as diferentes bebidas dos cafés participantes, dando a sua nota para a qualidade na xícara.
A participação dos consumidores na avaliação final dos cafés finalistas tem por objetivo difundir as características de qualidade do café, educar para o consumo e contribuir para a sua ampliação, com a melhoria contínua da qualidade do café. “Serve, também, para demonstrar que o café é uma bebida de preferência nacional e que a boa qualidade está ao alcance de todos os públicos. Além disso, é um reconhecimento e uma homenagem da Abic aos consumidores brasileiros, que consomem 40% da safra anual do grão, fazendo-o presente em 98% dos lares do pais e representado um consumo médio de 81 litros por habitante/ano”, afirmou Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic.
Ao lado do novo grupo, a Abic mantém um Júri Técnico de provadores e especialistas, como já ocorria nas edições anteriores. Estes utilizam a metodologia de análise sensorial do PQC – Programa de Qualidade do Café da Abic. As notas do Júri Técnico e do Grupo de Consumidores para os 10 cafés finalistas, terão pesos distintos, mas esta será a primeira vez que o gosto dos consumidores será levado em consideração na avaliação dos lotes de café de um concurso. “Os brasileiros gostam do café e estão acompanhando a melhora continua da qualidade da bebida, com uma oferta de cafés diferenciados, desde os cafés Tradicionais, para o dia-a-dia, até os cafés Superiores e Gourmet, de alta qualidade”, destaca o presidente da Abic, Ricardo Silveira.
Outra novidade será quanto a avaliação das práticas sustentáveis aplicadas nas propriedades dos campeões. “Os cafés finalistas serão avaliados também quanto a sustentabilidade de sua produção no campo”, informa o vice-presidente de Qualidade e de Marketing da Abic, Pavel Cardoso, lembrando que a entidade também gerencia o PCS – Programa de Cafés Sustentáveis, que oferece certificação do campo até a xícara.
E a nota de sustentabilidade também terá um peso específico, servindo para compor a Nota de Qualidade Global final, que definira os campeões do 12º Concurso Nacional Abic.
Leilão
O Concurso se encerra com um leilão dos 10 lotes finalistas, que são adquiridos por indústrias, cafeterias, exportadores e empresas que desejam ter acesso a lotes raros, exclusivos e excepcionais de cafés das várias regiões produtoras representadas. O 12º Concurso Nacional Abic e a escolha dos lotes finalistas, com avaliações do Júri Técnico, Grupo de Consumidores e Sustentabilidade, vai acontecer em novembro de 2015.
Na edição de 2014, o café do produtor Antônio Rigno de Oliveira, de Piatã (BA) alcançou a nota de 8,72 pontos com a qual venceu o concurso. O lote de café arábica da variedade catuaí concorreu na categoria Café Cereja Descascado/Despolpado e conquistou, além do 1º lugar da categoria, também o título de campeão geral da competição. (Veja mais, aqui).