Uma máquina que trabalhe o ano todo. Esse é o objetivo da nova colhedora da Jacto, que teve seu pré-lançamento realizado nesta terça-feira (14/4) na sede da empresa, em Pompeia (SP). A principal inovação do equipamento é a possibilidade de acoplar individualmente os sistemas de colheita, pulverização e poda.
Ao encerrar-se o ciclo de colheita, o cafeicultor poderá trocar o sistema de colheita pelo sistema de pulverização, por exemplo. Desde 2009 sendo desenvolvido, o projeto visa um equipamento que trabalhe o ano todo nas culturas cafeeiras tradicionais e adensadas. Para 2015, no entanto, a K 3500 ainda conta apenas com a função de colhedora. Segundo o diretor comercial da Jacto, Valdir Martins, para este ano foram vendidas 10 unidades do novo modelo. “Essa é uma fase quase que de testes ainda. Apesar do momento vivido pelo mercado, é preciso pensar a longo prazo e ver quais as necessidades do produtor para, a partir daí, desenvolver novos projetos, como este”, pontuou.
Para chegar ao modelo, a empresa ouviu produtores para identificar onde era preciso evoluir. “Os primeiros testes, em 2012, foram feitos na região de Garça (SP). Depois, conforme o protótipo foi se estabilizando, levamos também para fazendas do Sul de Minas, do Cerrado Mineiro, expondo em situações que exigem mais do equipamento”, informou o diretor de produto da Jacto, Walmi Gomes Martin.
Possibilidades da colhedora
Segundo Martin, dentro das possibilidades da nova colhedora, é recomendável utilização em lavouras com até 4 metros de altura. A K 3500 foi desenvolvida, ainda, para trabalhar em plantios tradicionais e nos adensados com até 2,5 metros entre linhas. O modelo tem cabine fechada, com possibilidade de ar condicionado quente e frio e maior proteção para o operador.
Entre as novidades da colhedora, está um novo sistema de derriça desenvolvido para que equipamento tenha o máximo de desempenho e baixos índices de danos às plantas. “Nesta nova versão, dentro da mesma frequência, conforme o ajuste que você faz é possível ter amplitudes diferentes. Assim, o cafeicultor consegue ajustar o derriçador de forma mais precisa para cada tipo e café”, explica Martin.
O sistema de ajuste simples de abertura que, além de facilitar a limpeza, possibilita a rápida adequação do equipamento aos diversos portes de plantas, garantindo aumento de até 10% na capacidade de derriça. Durante a colheita, o café é armazenado em dois reservatórios de 1.500 litros cada, que podem ser descarregados sem a interrupção da atividade, ou seja, a máquina não para de colher para descarregar o café colhido.
Pulverização e poda
Os sistemas de pulverização e poda estão em fase final de desenvolvimento na Jacto. De acordo com a empresa, o sistema de pulverização trará possibilidade de se realizar as aplicações em duas linhas simultaneamente. Essa característica permitirá a redução de até 50% no volume de calda por hectare, impactando diretamente em aumento do rendimento operacional do equipamento e preservação do meio ambiente. Já o sistema de poda permitirá que em uma única passada ocorra o corte das duas laterais e do topo da planta, o que deve tornar o trabalho mais rápido e preciso.