ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Safra 2015 deverá ter redução maior do que apontam números oficiais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 16/01/2015

6 MIN DE LEITURA

6
0
As primeiras semanas de janeiro foram marcadas, no setor cafeeiro, por estimativas da produção no ano de 2015. Os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no entanto, não refletem a realidade produtora para a safra 2015/2016 do café, conforme se pronunciou o Conselho Nacional do Café (CNC).

Em seu Balanço desta semana (12 a 16 de janeiro), o CNC avalia que os volumes projetados foram apurados com trabalhos de campo em dezembro, não considerando, portanto, esse novo veranico que vem se estabelecendo sobre o cinturão cafeeiro do Brasil. A instituição explica, ainda, que para contribuir com as informações sobre a safra atual, contratou a Fundação Procafé para realizar trabalhos de campo durante o mês de janeiro e apurar quais as perdas iniciais que o novo veranico poderá trazer. “Por ser realizado neste mês, o levantamento deverá trazer informações mais atualizadas e já condizentes com a realidade da falta de água e das altas temperaturas, sinalizando, de fato e até o momento, qual deverá ser a quebra ocasionada por essa nova anomalia climática”, informa o presidente do Conselho, Silas Brasileiro.

Foto ilustrativa: Érico Hiller/ Café Editora
Foto ilustrativa: Érico Hiller/ Café Editora

Confira, abaixo, o informativo completo:

Balanço Semanal - 12 a 16/01/2015
— Safra 2015 deverá apresentar redução em relação aos números oficiais. Pesquisa foi realizada em dezembro, antes dos efeitos do veranico deste mês.

SAFRA 2015
Na segunda-feira, dia 12, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou seu primeiro levantamento para a safra 2015 de café, no qual apontou a produção total de 44,11 milhões a 46,61 milhões de sacas de 60 kg. Os volumes apresentados no intervalo representam uma redução de 2,7% em relação a 2014, caso seja atingida a menor estimativa, ou uma alta de 2,8%, se alcançar o montante superior, e são condizentes com o volume anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana antecedente, de 45,5 milhões de sacas.

Ao tempo em que o Conselho Nacional do Café congratula ambas as estatais pela aproximação dos números referentes à mesma safra, a entidade também salienta que os volumes projetados foram apurados com trabalhos de campo em dezembro, não considerando, portanto, esse novo veranico que vem se estabelecendo sobre o cinturão cafeeiro do Brasil.

Dessa forma, destacamos que a safra 2015 de café do País poderá se situar em patamares inferiores aos anunciados, haja vista que janeiro e fevereiro são meses fundamentais para o desenvolvimento dos grãos e, semelhante ao ocorrido em 2014, temos vivenciado temperaturas muito elevadas, escassez de chuvas e déficits hídricos no solo, condições que, certamente, trarão novo prejuízo para a produção.

O CNC reitera, ainda, que, com o intuito de contribuir com o Governo Federal na apuração do tamanho da colheita cafeeira, contratou a conceituada Fundação Procafé para realizar trabalhos de campo, agora em janeiro, para apurar as perdas iniciais que o novo veranico trará à safra deste ano.

Por ser realizado neste mês, o levantamento deverá trazer informações mais atualizadas e já condizentes com a realidade da falta de água e das altas temperaturas, sinalizando, de fato e até o momento, qual deverá ser a quebra ocasionada por essa nova anomalia climática.

MERCADO
As condições meteorológicas atípicas para o mês de janeiro no Brasil, com elevadas temperaturas e precipitações aquém das médias históricas, voltam a gerar preocupações quanto à oferta de café na safra 2015/16, aumentando a volatilidade do mercado. No acumulado da semana, as cotações do arábica acumularam perdas, principalmente devido às realizações de lucros que predominaram no final da sessão de ontem em Nova York.

Nos últimos 30 dias, a disponibilidade de água no solo em Minas Gerais esteve cerca de 70% abaixo da média, conforme dados disponibilizados pelo MDA Weather Services. Já o Reuters Weather Dashboard informou que um bloqueio atmosférico continua impedindo o avanço de frentes frias sobre a região Sudeste do Brasil, que deverá receber, até 27 de janeiro, metade do volume normal de chuvas para esta época do ano. A restrição de umidade é crítica nessa fase de granação do café que será colhido nos próximos meses.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizou um levantamento para avaliar a percepção dos agentes de mercado sobre o desenvolvimento regional da safra brasileira 2015/16, cujos resultados encontram-se resumidos no quadro abaixo. A instituição reforçou que ainda é precoce qualquer estimativa dos danos causados pelo clima recente, porém há indicativos que a produção poderá ser menor que a estimada pela Conab, caso a seca e o calor persistam.

Fonte: Cepea

O cenário climático no Brasil preocupa bastante, principalmente porque a oferta global do grão já sofreu retração na temporada 2014/15, conforme estimativas iniciais da Organização Internacional do Café (OIC). Segundo a entidade, a produção mundial em 2014/15 aproximou-se de 141,4 milhões de sacas, com queda de 3,6% ante as 146,8 milhões de sacas registradas em 2013/14. Houve queda tanto nos volumes colhidos de arábica, em 3,7%, como de robusta (3,6%), resultantes das condições climáticas adversas no Brasil e na Indonésia, além do surto de ferrugem na América Central, embora seus efeitos tenham sido menores em relação ao ciclo 2013. Apenas os suaves colombianos apresentaram recuperação, dadas as perspectivas de crescimento da produção de café naquele país.

A queda dos volumes produzidos vem acompanhada de significativa retração de estoques nos países produtores, principalmente no Brasil, devido ao aumento dos fluxos de exportação. De acordo com o último informe estatístico do Ministério da Agricultura, as exportações brasileiras totais de café (verde e industrializado) atingiram 36,74 milhões de sacas em 2014, volume 14,8% superior ao de 2013. A receita cambial também apresentou expressivo crescimento, de 26,3%, resultando em US$ 6,66 bilhões no ano. Com isso, o café consolidou-se como o quinto principal produto da pauta de exportações do agronegócio do Brasil, sendo responsável por aproximadamente 7% das divisas geradas por esse setor.

No tocante ao câmbio brasileiro, não houve variação significativa no acumulado da semana. Até a quarta-feira predominava a tendência de valorização do real, mas ontem o dólar fechou em alta, praticamente zerando as perdas, a R$ 2,6422.

O vencimento março do Contrato C, negociado na bolsa de Nova York, foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,7665 por libra-peso, acumulando queda de 340 pontos em relação ao final da semana passada. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/2015 dos futuros do café robusta encerrou a sessão de ontem a US$ 1.998 por tonelada, com ganhos de US$ 35 desde a última sexta-feira.

As perspectivas de menor produção de robusta no Vietnã nesta temporada e a tendência de seus cafeicultores retraírem as vendas, auxiliados pela oferta de crédito mais barato para a estocagem, têm sustentado as cotações da bolsa londrina. Segundo a Agência Safras, a colheita da temporada 2014/15 está quase finalizada no país asiático e os produtores venderam apenas 15% da safra até o final de dezembro, em comparação a 22% no ano anterior.

Quanto ao mercado físico brasileiro, os negócios apresentaram baixa liquidez, já que os produtores seguraram as vendas aguardando novas valorizações nos preços do café. Ressaltamos que, dadas a elevada volatilidade e a incerteza resultante do mercado climático, é importante que os produtores acompanhem seus custos e tenham em mente as margens de comercialização almejadas para garantirem boas vendas. Ontem, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 490,22/saca e a R$ 287,13/saca, respectivamente, com variação de -0,7% e 1%.

Nesta semana, o Mapa também divulgou o fechamento do Valor Bruto da Produção do café de 2014. Segundo as estatísticas divulgadas, o VBP da atividade apresentou aumento de 17%, para R$ 16,96 bilhões ante os R$ 14,5 bilhões alcançados em 2013. Como esse é um indicador da geração de renda de uma atividade, concluímos que a alta dos preços no ano passado não foi suficiente para a recuperação das condições financeiras dos produtores, já que, em 2011 e 2012, o VBP do café superou os R$ 20 bilhões. Esse fato, aliado ao aumento dos custos, reforça a necessidade do planejamento e da implementação de uma política cafeeira de longo prazo, que garanta renda à produção e a posição do Brasil como o principal fornecedor do produto no mundo.


O Balanço é assinado por Silas Brasileiro, presidente Executivo do CNC

6

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

GINO MARGOTTO MARIANELLI

LINHARES - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/01/2015

Posso estar enganado, mas mais uma vez o grande prejudicado será o produtor e o consumidor brasileiro. Vou tentar mostrar a minha visão do quem tem acontecido nos ultimos meses:

         1- Agencias nacionais e do exterior têm avaliado erroneamente as safras (13/14, 14/15 e 15/16) com o intuito de queda de preços no mercado de comodites;

         2- O governo atrasa a liberação de recursos do plano safra em cima da colheita forçando a venda de café dos produtores que normalmente estão descapitalizados nesse período;

         3- Exportamos mais café (pelo menos o conilon, me corrijam se estiver errado, por favor) que nos anos anteriores; praças desabastecidas anteriormente (EUA e Europa) já estão regularizando seus estoques, pois estes sim sabem que vai faltar café.

       Ou seja, mais uma vez, iremos pagar o pato, ou o café.... A falta de competência do governo,( ou será que aí tambem tem gente ganhando um por fora? não duvido...) poderá estar quebrando um dos setores que tem dado sustentabilidade ao país.

       Para constar, aqui no norte do ES e sul da BA, sofremos com ventos fortes nos meses de agosto, setembro e outubro, até aí contávamos com uma queda de 10% (otimista)... agora já são quase dois meses sem chuvas significativas e temperaturas muito alta, o grão está "chochando", as reservas d'água estão baixíssimas e não temos previsão de chuvas até março, isso somado poderemos ter quedas de até 30% (também otimista).

   Concordo com o João Carlos e também acho que vai faltar água para coar o nosso cafezinho... alias, se bobear até o cafezinho vai faltar...
FRANK SCANAVACHI

GUAPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 18/01/2015

Tem gente que fala que produzir café é muito fácil. Primeiramente antes de começar a plantar temos que estar em dia com as leis ambientais, sociais e tributárias que não são poucas. Contratar mão-de-obra é caro e mesmo se tentarmos levar tudo certinho no final ainda tomamos ferro. Tem que lutar de sol a sol o ano todo. Na colheita o trabalho é de domingo a domingo. Vai ai algumas pragas tradicionais que se não ficar atento bota tudo a perder ( Bicho mineiro, Cigarras , lagartas , formigas, cochonilhas, ácaro vermelho, ácaro da leprose, broca, nematóides, caramujos, pulgões etc... Vai ai também algumas doenças que se não combatidas destroem a planta ( ferrugem , cercosporiose, Phoma, Ascochita , Antracnose, bactérias entre outras. O controle de ervas daninhas é essencial. Roçadas, capinas, controle químico é um batidão só! Pulverizações periódicas e adubações para suprir as necessidades nutricionais das plantas. Eis aí uma série de elementos que na falta ou em excesso limita toda a produção. E não é tarefa fácil corrigir e nem barato ( Nitrogênio -Fósforo-Potássio-Cálcio-Magnésio- Manganês, Boro - Zinco -enxofre- cobre- ferro- Molibdênio -Cobalto-Níquel-Silício-entre outros) O Solo deve estar devidamente corrigido com calcário para tudo funcionar. Desbrotar anualmente também é essencial mas é caro e a mão de obra está escassa. Depende do clima o ano todo para produzir.  Se faltar chuva na florada o pegamento é comprometido, se faltar no enchimento do grão o café fica chocho e não dá rendimento. E se chover muito na época da colheita o fruto não dá bebida. Se fazer frio ao extremo a planta se queima ou morre. Se fazer calor demasiado dá escaldadura , compromete o fruto e a produção do ano seguinte. Para fazer tudo isso girar, gasta muita mão-de-obra. Ferramentas, tratores , implementos , peças e serviços , Combustível , encargos trabalhista é seca e verde. Não tem por onde escapar. Bancos e agiotas são parceiros inseparáveis dos cafeicultores. Sempre levam parte da nossa receita. O pouco que sobra de capital`` quando sobra´´ volta tudinho pra lavoura outra vez num círculo vicioso que não tem fim. Sem contar com os lobos especuladores que dilaceram com a dignidade do produtor. De dentro de escritórios confortáveis com ar condicionado e devidamente engravatados manipulam o tempo todo os preços de acordo com seus interesses.  E o coitado do produtor que é o que mais sofre é o mais ignorado! Agora me digam. É tão fácil produzir café assim?
JOÃO CARLOS LOPES

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 17/01/2015

Não tem choro, e nem vela!  A safra 2015/2016, esta totalmente prejudicada pela fortissima estiagem. Principalmente no Sul de Minas e Alta Mogiana. Berço produtor dos tradicionais, legitimos e famosos cafés arábica do Brasil. Que o mundo aprecia a muitos anos. A falta d'agua, não enche o grão e não cresce a vara. Comprometendo a safra 2016/2017 tambem!. Portanto, os tradicionais importadores de Cafés Arábica do Brasil, não tenham duvidas, a situação é gravissima!  Em 44 anos, trabalhando e respirando café arábica todo dia. Nunca vi nada igual! Acho, que vai faltar água, até para coar nosso cafézinho do dia a dia! Até: jcl54................................






MARCO TEMPESTA

VARGINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/01/2015

Hoje estive avaliando minha lavoura, e os catuais já apresentam grande queda de chumbinhos, os grão menores provenientes da última florada estão ficando pretos e caindo, o pé de café já esta buscando agua e já esta descartando 20% dos chumbinhos. A safra já será baixa, mas agora eu notando um perda de 20% em cima da previsão com esta queda.
AYLTON PIONA COUTINHO JUNIOR

JOÃO NEIVA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 16/01/2015

Acredito que a safra de conillon no norte do ES, deverá sofrer retração.

Estamos com uma forte estiagem na região e mesmo lavouras irrigadas estão sofrendo com a forte ensolação.

A folhas e os frutos estão queimando nos pés, as pragas estão atacando com força total: ácaro vermelho provocando danos nas folhas , cochonilha da roseta derrubando os grãos ao solo, ferrugem atacando( temperatura alta + irrigação), etc.

Está sendo necessário o uso de defensivos intensivamente para o controle destas pragas e muitas vezes sem o sucesso desejado.

Até a adubação via fertirrigação, muitos estão buscando realizar no amanhecer ou entardecer tamanha a temperatura / ensolação.

Por enquanto, os mananciais / represas estão suportando...mas até quando? Na minha região já são cerca de 29 dias sem chuva significativa e temperaturas altas ( 35 -37ºC).

E aquelas propriedades que não possuem estes recursos...aí, só Deus em sua infinita misericórdia....
SILVIO GIOVANNI DE ALMEIDA

PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 16/01/2015

As lavouras nem recuperaram da estiagem 2014 , imagina agora em janeiro um sol desse, é o fim . Se continuar essa seca só daqui 2 anos se chover.Vai ser um caos pra cafeicultura, o cafeicultor que pense em outra atividade.

        

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures