O aquecimento do mercado do café está gerando bons negócios para o setor de máquinas e serviços. Além de novos lançamentos, a indústria pequena e média, que busca qualidade e diferenciais para entrar na concorrência com as grandes são o novo foco. De olho nesse potencial mercado, a Inmac investiu R$ 1,2 milhão na instalação de uma unidade em Araraquara (SP) a fim de atender rapidamente os clientes, que hoje somam 800 torrefações.

"Para a empresa, 2007 foi excelente. Este mercado vive um momento muito bom, aceitando inovações e com potencial para crescer de 15% a 20% ao ano", comemorou o proprietário, Carlos Eduardo Brunetti.

Com 120 anos de história, a italiana Goglio, há oito anos no Brasil, quer conquistar as pequenas e médias indústrias investindo em máquinas de embalagem que possam agregar valor a baixo custo. A empresa acaba de lançar uma envasadora automática exclusivamente para o mercado brasileiro. "Com esse sistema as indústrias poderão estruturar uma embalagem que transforme um produto artesanal em um produto profissional", disse o gerente de Exportação, Guglielmo Zizzi.

O mercado da Goglio no Brasil abrange cerca de 90% das torrefações e resultou em um faturamento de cerca de 2 milhões de euros no país no ano passado. A expectativa é de crescimento superior a 30% em 2008. "No quadro geral o faturamento no Brasil representa pouco, ainda é um mercado jovem, mas que está redescobrindo o café de qualidade com aberturas de cafeterias especializadas e torrefadoras que passaram a trabalhar com as variedades especiais", avaliou Zizzi.

A Companhia Lilla de Máquinas, sediada em Guarulhos (SP), é uma das empresas que também têm investido em equipamentos para pequenas capacidades. Para o gerente de Vendas, Lucas da Costa, o segmento é um nicho a ser explorado. "Desde o ano passado tem aumentado a procura", disse em reportagem de Priscila Machado, do Diário do Comércio e Indústria/SP.