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Ferramentas utilizadas para se proteger e garantir boa rentabilidade do seu negócio

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/10/2011

5 MIN DE LEITURA

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Em enquete realizada no CaféPoint, foi lançada a seguinte pergunta aos leitores: "Como você avalia o melhor momento para negociar seu café? Que ferramentas você tem utilizado para se proteger contra a oscilação dos preços do mercado e garantir um preço satisfatório para boa rentabilidade da sua atividade?

Diante do cenário de mudanças constantes, leitores e especialistas no setor deixaram seus comentários sobre as medidas que consideram mais importantes para se proteger e garantir a rentabilidade do seu negócio. Confira abaixo os principais comentários:

De acordo com Carlos Eduardo de Andrade, o primeiro passo para o cafeicultor ser eficiente economicamente é ter o conhecimento completo do seu custo de produção. Cada produtor deve avaliar suas necessidades de acordo com o conhecimento do seu custo de produção, deve cumprir seus compromissos assumidos, avaliar suas necessidades de despesas e diante dessas informações comercializar primeiramente o necessário para esses custos imediatos. "O melhor que o produtor deve fazer é comercializar sua safra parceladamente, de forma a deixar uma parte a ser comercializada nos meses de janeiro, fevereiro e março."

Luis Giovani Basso, corretor de café de Franca compartilha da mesma opinião, "Na minha opinião, o produtor deve comercializar sua produção conforme a necessidade de recursos, evitando, se possível, endividamento."

Luiz Gustavo Reis Chaves, produtor de café de Três Pontas/MG, é favorável a proteger parte da sua produção através de contratos, "Devem ser firmados contratos de compra e venda a termo, onde o produtor faz uma previsão do seu custo, e assim consegue garantir a manutenção das suas atividades com parte da renda que já estará garantida."

Artur Queiroz, diretor de empresa Agropecuária de Varginha/MG, enfatiza que para fazer um head é necessário conhecer bem seu custo de produção e vender na bolsa aos poucos. Outro aspecto que Artur comenta é que a formação do preço do café é influenciado pela pressão dos preços dos insumos e da mão-de-obra, desde os corretivos de solo, exagerados custos de frete e elevados preços de fertilizantes que dispararam no início desse ano, "O mecanismo de preço dos agroquímicos que as multinacionais, cada vez mais globalizadas, impuseram de forma punitiva ao comércio, não permite descontos na precificação dos seus produtos, tornando-os mais caros", finaliza.

Sandra Moraes, agente de negócios de Patrocínio/MG, comentou que o preço de R$ 500,00 alcançado neste ano seria o momento certo para comercializar pelo menos parte da produção, pois no momento foi o preço "jamais imaginável". "Quanto ao custo de produção, segundo os três grupos do programa Educampo que acompanho em Patrocínio, ainda permanece em torno de R$300,00 para propriedades localizadas na região do cerrado mineiro. Não obstante, creio que o preço de R$500,00 satisfaz o bolso do produtor em aproximadamente 70% de margem de lucro".

Artur Queiroz faz um novo comentário complementando a análise de Sandra sobre os custos de produção, "Tenho que concordar que o preço de R$500,00 até algum tempo era inimaginável, contudo já não satisfaz como no início do ano, pois os custos estão muito perto deste valor, sobretudo para quem está em ano de safra baixa e preocupado com a falta de chuvas no momento em que a florada já compromete a nova safra."

Fernando de Souza Barros Jr., corretor de café de São Paulo/SP, aprofunda ainda mais seu ponto de vista em relação aos custos de produção e faz uma análise em tópicos:

" 1.Quando se fala em R$500,00 a saca, não pode-se generalizar, pois a média da venda este ano está abaixo de R$400,00 (incluindo as trocas, CPRs, etc). E também, esse preço é para os cafés de bebida dura para melhor, com 15% a 20% de catação. Como fica as varreções e o café riado que possui o mesmo custo e um preço mais barato? Portanto, cada região, cada produtor, tem uma determinada situação, então creio que a margem de lucro de 70%, apontada acima, deve ser revista.

2. Ao nosso amigo Artur devo dizer que a curva gráfica dos insumos infelizmente acompanha a da mercadoria, ou seja, como a margem é boa os argumentos de venda também são, e ora é a moeda, ora é a maior demanda, enfim, argumentos que acompanham as vendas, mas quando você diz que o preço de R$ 500,00/sc já não satisfaz, você tem razão, pelos argumentos e pelo risco do negócio que não está embutido no preço.

3. Se eu perguntar a vocês o que querem para formar e cultivar uma lavoura de café o que vocês irão me pedir? Financiamento por 5 anos a juros de 6,76%? Financiamento de estrutura? Maquinário? Eu direi sim, eu dou à vocês essas condições. Mas o mais importante eu não disse, o preço que eu pagarei pelo seu produto a longo prazo. Depois da lavoura implantada eu posso comprar o seu café a preços que os tragam sempre dependentes na parte financeira. Portanto, todo cuidado é pouco, então, muita atenção nas informações, pois nem sempre elas retratam a realidade, como por exemplo, dizer que a safra de 2012 será em torno de 57 a 58 milhões de sacas. Leiam as notícias com cuidado."

O produtor de café de Londrina/PR, Ginoazzolini Neto, diz que os comentários acima do sr. Fernando de Souza são bem realistas, mas que ainda existem fatores que o cafeicultor não tem como controlar, "Quem lida no setor agrícola tem que conviver com um risco que ninguém e nenhuma instituição financeira podem resolver: o clima."


Comentário Final

Saber o momento ideal de comercializar a safra é um desafio, pois são muitos fatores que influenciam na oscilação dos preços no mercado.

O mercado está sujeito a grandes variações, os aspectos econômicos vividos no mundo, direta ou indiretamente afetam na formação dos preços das commodities. Os fatores climáticos indicam, esse ano, que nossa safra pode ser comprometida e consequentemente terá influencia no aumento do preço do café.

O risco do negócio é alto, clima, preços, falta de gestão interna, falta de incentivos políticos são fatores que precisam ser acompanhados e analisados com cautela.

Entre todos os comentários deixados, conhecer o custo de produção da própria atividade é a primeira e principal estratégia apontada que o produtor deve adotar para se preparar para uma tomada de decisão de forma rápida e eficaz.

Equipe CaféPoint.

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LILIA MARIA COELHO VASSOLER

ICONHA - ESPÍRITO SANTO - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 05/12/2011

Há uma grande dúvida em quando vender a safra, no mês de agosto o mercado indicava estabilidade nos preços até final do ano de 2011, no entanto, o valor da saca sobe a cada dia, quem vendeu a R$110 a saca por poucos dias deixou de ganhar 80% comparando o valor de hoje que chegou a R$280 a saca, acho que deveria ter mais divulgação para o produtor sobre mercado futuro, pois é o produtor quem fica sempre com o menor lucro e mais trabalho.
GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 02/11/2011

De fato, poucos cafeicultores controlam os custos da lavoura. Nãosão apenas insumos, mas combustível, manutenção de maquinário, melhorias da infraestrutura, terreirões, por exemplo, peneiras, sacaria, enfim há uma série de despesas que não podem ficar de fora do caderninho. Tudo no papel para saber exatamente se lucrou ou não.

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