Apesar da recente disputa com a gigante do setor de café dos Estados Unidos, Starbucks, a Etiópia está confiante que pode ganhar marcas registradas de seus cafés nos EUA, uma medida que o país africano acredita que aumentará os rendimentos dos produtores, disse o presidente etíope, na terça-feira passada, 13/3, à agência Reuters.

Segundo a reportagem, publicada no site Flexnews, o presidente da Etiópia, Girma Woldegiorgis, esteve nos EUA e se reuniu com grupos de negócios e desenvolvimento, poucos meses após a disputa com a Starbucks referente ao desejo do país africano em obter marcas registradas nos EUA para seus cafés Sidamo e Harar.

"Mesmo se a Starbucks quiser resistir, eles não terão como fazer isso, porque é ilegal. Eu não acho que haverá nenhum problema".

A Organização Não Governamental britânica Oxfam desencadeou um turbilhão quando acusou a Starbucks de bloquear a proposta do governo etíope para registrar as marcas de seus cafés. A Starbucks reagiu, negando as afirmações da Oxfam e dizendo que já paga preços Premium pelo café. No entanto, a empresa norte-americana sugere que um acordo de registro de marcas faria pouco para ajudar os produtores etíopes.

A disputa parece estar esfriando, agora, após a Starbucks ter reconhecido o direito da Etiópia de buscar marcas registradas e prometeu dobrar as compras de café da região e gastar mais em programas de desenvolvimento. No entanto, a companhia continua defendendo um programa para certificar a origem dos produtos, ao invés do registro das marcas.

A Oxfam está ainda pedindo à companhia, e a outras torrefadoras, que aprovem o requerimento da Etiópia para assinar um acordo voluntário de licença.