No norte do Espírito Santo, segundo o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel), Antonio Joaquim de Souza Neto, a expectativa é que os grãos de café percam peso, porque não receberam umidade suficiente. Com o clima irregular, a Cooabriel prevê que a colheita de conillon deve diminuir cerca de 30% no estado em relação à primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que sugere produção entre 6,9 milhões e 7,5 milhões de sacas de 60 kg.

Mesmo a Conab, já no início do mês, alertava para o risco de frustração da safra, por causa do tempo seco, no período de abril a novembro de 2007. "As lavouras, mesmo em quantidade expressivas renovadas e revigoradas, com grande vigor e bem enfolhadas, sofreram muito a desfolha, pela deficiência de chuvas e de irrigação", informavam os técnicos da estatal.

Essa situação provocou problemas no florescimento, fertilização e enchimento de grãos, principalmente nas lavouras localizadas nas regiões sul e noroeste do estado (áreas que têm menor número de lavouras irrigadas), trazendo reflexos negativos na produção. O presidente da Cooabriel ressalta que, onde choveu, as lavouras de café foram atacadas pela cochonilha, praga de difícil controle.

Apesar dos preços relativamente bons para o café conillon, que levaram os cafeicultores a investir no trato dos cafezais, Souza Neto estima que poucos serão beneficiados. Vão se dar bem os produtores mais capitalizados, que realizam manejo adequado, que consigam obter produtividade média superior a 50 sacas por hectare.

As informações são da Agência Estado.