Após consecutivos dias de altas, as cotações do café arábica encerraram a terça-feira (08) em baixa tanto nos mercados futuros como no físico.

Na bolsa de Nova York o vencimento março/11 teve desvalorização de 215 pontos, fechando a 247,60 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos para maio/11 terminaram o pregão a 249,60 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 210 pontos.

O café acompanhou o movimento de queda de todas as commodities, depois de notícias da China de que o Banco Central vai elevar as taxas de juros de depósito e empréstimo. Outro fator para queda são as realizações de lucro como forma de correção dos preços depois das fortes valorizações consecutivas.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.



A BM&FBovespa acompanhou o mercado internacional e fechou em queda. O vencimento março/11 fechou cotado a US$ 329,70, com desvalorização de US$ 2,10, com 4.242 contratos em aberto. O contrato setembro/11 fechou a US$ 308,60/saca, com queda de US$ 2,40/saca, com 6.403 contratos em aberto.

A BM&FBovespa está trabalhando com cotações superiores a bolsa de Nova York. Segundo Theo Amaral, da Corretora Terra Futuros, isso é um fato pouco usual, visto que não é observado há muitos anos. Isso mostra a escasses de cafés de qualidade entregues em bolsa.

Na bolsa de Londres o preço do robusta para entrega em março/11 caiu 0,90%, fechando a US$ 2.195/ton. O vencimento maio/11 registrou desvalorização de 0,80%, sendo cotado a US$ 2.225/tonelada.

Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café



Dólar

O dólar (PTAX) fechou em baixa de 0,39%, cotado à R$ 1,6703 nesta terça-feira (08).

Mercado interno

No mercado interno a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 477,67, com desvalorização de R$ 1,87, segundo o indicador Cepea/Esalq. No mês, a variação acumula alta de R$ 16,76/saca.

O mercado continua firme, porém poucos negócios estão sendo realizados visto que os produtores já comercializaram a maioria de sua produção. O volume estocado ans cooperativas também está bem reduzido.

Os negócios estão bem aquecidos na cooperativa dos cafeicultores de Varginha, no sul de Minas Gerais, onde estão estocados 290 mil sacas de café, um número 25% menor do que no mesmo período do ano passado. Mas houve um aumento de 25% no volume de comercialização em relação à última safra.

Na cooperativa já foram vendidos 75% do que entrou. Os 25% restantes estão sendo comercializados à medida que o produtor acha que esse preço realmente é interessante", explicou Osvaldo Henrique de Paiva Ribeiro, presidente da cooperativa de Varginha.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado de café, informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Gráfico 2. Indicador Cepea/Esalq - arábica posto SP



Tabela 2. Principais Indicadores e cotação do Dólar



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