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Café e os 148 anos do Ministério da Agricultura

POR INEZ DE PODESTÀ

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/08/2008

4 MIN DE LEITURA

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A trajetória do café na economia brasileira vem de longe, entretanto, a gestão política do setor chegou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Departamento do Café, da Secretaria de Produção e Agroenergia, em meados de 1999. Antes disso, tem-se notícia do acordo assinado por governantes dos três estados maiores produtores do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, em defesa do café.

Conhecido como Convênio de Taubaté, de 1906, o acordo determinava que o governo federal garantisse a compra do café excedente, por preço mínimo pré-estabelecido. Devido à importância do café nas exportações brasileiras, foi criado, em 1931, o Conselho Nacional do Café (CNC), substituído, em 1933, pelo Departamento Nacional do Café (DNC), no Ministério da Fazenda. Já em 1952, o Instituto Brasileiro do Café (IBC), do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, integrado principalmente por cafeicultores, definiu a política cafeeira até 1989.

A gestão e a guarda dos estoques governamentais de café, no País e no exterior, o acervo documental do IBC, em processo de extinção, foram transferidos para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) foi criado em 1986 pelo Ministério da Indústria e do Comércio, com auxílio do Conselho Nacional de Política Cafeeira, para financiar e incentivar a produtividade da cafeicultura, a indústria e exportação do café e o desenvolvimento de pesquisas entre outras atividades.

Após a extinção do IBC, em 1989, o agronegócio café mobilizou-se para organizar novo mecanismo de gestão. Em 1996, o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) foi instituído para formular políticas públicas para a produção, comercialização, exportação e marketing do grão e estabelecer um programa de pesquisa agronômica e mercadológica para o desenvolvimento da cadeia agroindustrial do café. Integravam o colegiado representantes do governo, entidades privadas, produtores, industriais e exportadores de café.

O café no Brasil

O café chegou ao Brasil na cidade de Belém, em 1727, trazido pelo sargento-mor Francisco de Mello Palheta, a pedido do governador do Maranhão e Grão-Pará. Já naquela época, o café possuía grande valor comercial, pelo que Palheta conseguiu, em Caiena, (Guiana Francesa), uma pequena muda de café Arábica, que incluiu clandestinamente na bagagem. O cultivo do café se espalhou rapidamente e a produção era para o mercado doméstico. O café migrou do Maranhão, para a Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Em pouco tempo, tornou-se produto-base da economia brasileira.

Economia mundial

Por volta de 1732, foi instalada em Nova York, a primeira bolsa de café e o produto passou a ser comercializado no mercado mundial como uma commodity. Os primeiros embarques de café brasileiro para o exterior aconteceram em 1779, foram 79 arrobas. As exportações atingiram, em 1806, volume mais significativo: 80 mil arrobas.

Em 1830, o café ultrapassou o algodão e o açúcar no ranking das exportações e, em 1845, o Brasil foi responsável por 45% das exportações mundiais do grão. Hoje, responde por 30% das exportações, com 28 milhões de sacas. O valor bruto da produção de café soma R$ 9 bilhões.

A queda da bolsa de Nova York, em outubro de 1929, foi um golpe para a estabilidade da economia cafeeira. Recuperada a posição nas exportações brasileiras, o País ainda se manteve como maior produtor de café no mundo, com 45,5 milhões de sacas esperadas para a safra 2008, em uma área de 2,1 milhões de hectares. Quando comparada com a safra do ano passado, verifica-se um crescimento de 35% (33,7 milhões de sacas) em produção e 1,6% (2 milhões ha) em área. A produção mundial é de 122 milhões de sacas.

Cultivares de café

O melhoramento genético do café no País se deu a partir de 1933, quando o Instituto Agronômico de Campinas pesquisou e selecionou cultivares mais produtivas e resistentes às pragas e doenças. Os primeiros cafezais brasileiros são originários da espécie, Coffea arabica, da variedade conhecida por Typica (Típica). Em 1859, foi introduzida a cultivar Bourbon Vermelho, da Ilha de Reunião (África), considerada de alta produtividade.

Outras variedades foram incluídas como a Sumatra, em 1896. Atualmente, a cafeicultura brasileira é constituída, basicamente, por linhagens das cultivares Mundo Novo e Catuaí. Já a espécie Coffea canephora, da variedade Conilon (Kouillou), originária do oeste da África, chegou ao Espírito Santo, em 1912. A maioria do café produzido comercialmente pertence à variedade Conilon, cultivares como a Emcapa 8111, Emcapa 8141 - Robustão Capixaba, por exemplo. Atualmente, o País produz cerca de 70% do café tipo arábica e 30% do robusta.

O Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café) reúne, a partir de 1997, as dez mais importantes instituições de pesquisa cafeeira: a Empresa Bahiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro/Rio), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV), e outras instituições públicas e privadas, promovem o desenvolvimento científico e tecnológico do café brasileiro. Em 1999, a Embrapa criou o Serviço de Apoio ao Programa Café (SAPC), a Embrapa Café.

Classificação do café

Atentos à qualidade do café, os setores ligados à atividade cafeeira elaboraram normas de classificação em 1917. A Classificação Oficial Brasileira (COB), de 1949, se baseia nos defeitos das características e qualidade de bebida. Também determina o tamanho dos grãos, pois permite uma torração mais uniforme.

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