ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

A hora e a vez dos cafés especiais no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/09/2011

3 MIN DE LEITURA

0
0
A percepção das redes de cafeteria, bem como a de representantes da cadeia produtiva e especialistas no setor do café é uma só: a segunda bebida mais tomada no mundo passa por um momento de qualificação no consumo e tende a níveis superiores de apreciação no Brasil. O movimento da rede norte-americana Starbucks, que pretende investir maciçamente no País, reforça o otimismo de uma concorrência confiante no próprio crescimento.

"Café é a bebida da década", defende Natan Herszkowicz, o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), segundo a qual o consumo do produto cresce a um ritmo de 4% ao ano. "Os jovens o procuram cada vez mais. Esse mercado tem muito a crescer", afirma."

A Abic estima que há 3.500 cafeterias no Brasil, por meio das quais escoa-se parte dos 19,1 milhões de sacas consumidas pela população (em 2010), o equivalente a cerca de 80 litros do produto final por cidadão. A meta é chegar a 21 milhões de sacas em 2012. Para este ano, Herszkowicz espera faturamento de R$ 7 bilhões na ponta da indústria.

Essa expectativa - que representa aumento expressivo sobre a movimentação financeira do ano passado (R$ 6 bilhões) - deve-se a dois motivos: valorização do café, com grãos de maior qualidade, e alta no consumo, puxada pelas classes A, B e C.

"A qualidade do café oferecido ao consumidor brasileiro melhorou muito nos últimos dez anos. Até 2000, não havia nenhuma marca gourmet disponível nos supermercados", conta Herszkowicz. Atualmente, a Abic classifica 97 marcas dessa forma. "Houve a formação de uma nova geração de profissionais: os baristas. A impressão que se tem é a de que estamos no início".

Gourmet -"O café gourmet vai chegar às massas porque é um luxo barato", afirma o empresário Marco Suplicy, cuja rede de coffee shops, a Suplicy Cafés Especiais, é definida por ele como um "ponto de encontro muito barato, apesar de ser caro". Nas seis unidades da companhia, que pretende crescer 50% neste ano, o tíquete médio gira em torno de R$ 12.

Para Suplicy, as cafeterias no Brasil se encontram num momento muito parecido com as dos Estados Unidos nos anos 80, "quando a Starbucks se tornava icônica porque popularizava o conceito". Segundo o executivo, um terço do consumo de café nos EUA acontece em cafeterias. Quanto a nós, "estamos na estaca zero. Há fagulhas, mas a chama ainda não acendeu".

"Os cafés especiais decolaram", afirma Edgard Bressani, o superintendente da Octavio Café, loja única que extrai o produto final da própria matéria prima - uma plantação com quatro milhões de pés de café -, sendo um projeto ousado de barismo. "Estamos num cenário de aumento no consumo e devemos ultrapassar no ano que vem o volume total que é consumido nos EUA", acrescenta.

Suplicy considera coffee shops somente aqueles estabelecimentos em que mais da metade do lucro advém da xícara. "Esse mercado ainda está se iniciando no Brasil", afirma, comparando o País à Austrália, que não é "nem o maior consumidor, nem o maior exportador e nem o maior produtor", mas tem 20 mil lojas do tipo.

Dados atuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o café é o alimento mais consumido pelos brasileiros. "Somos os maiores produtores e os maiores consumidores [per capita], mas a forma de se tomar café aqui é diferente", diz Suplicy. Para ele, em São Paulo, por exemplo, o hábito é apressado, "no balcão e de pé", algo contrário à proposta das cafeterias gourmet.

Starbucks -Uma semana atrás, o presidente da Starbucks, Howard Schult, disse em entrevista à revista alemã Der Spiegel que a companhia dispõe de US$ 2 bilhões para investir na América Latina, com foco no Brasil. A notícia foi bem recebida pelo setor em território nacional.

"Um investimento como esse nos ajuda, atraindo público para as cafeterias", diz Eduardo Pires, o gerente de expansão da franqueadora Vanilla Caffé, que tem 20 unidades, lucro anual de R$ 12 milhões e um plano de expansão que inclui a abertura de 15 lojas, num novo formato, em 2012.

Pelo menos sete lojas da rede Frans Café se sobrepõem às da Starbucks, segundo o sócio-diretor da companhia brasileira, José Henrique Ribeiro. "O público deles é diferente do nosso. Mas onde a Starbucks está conosco é uma prova de que há mercado para todo mundo", diz o executivo, "a concorrência é muito saudável".

Bressani, da Octavio Café, acredita que a Starbucks não compete com as cafeterias brasileiras. "Eles vêm com força total, e se multiplicam. As pessoas que provam o café da rede depois procuram um coffee shop mais refinado", afirma. Para Herszkowicz, da Abic, "os concorrentes brasileiros nada ficam a dever em qualidade à Starbucks, que vai estimular a formação de mais casas de café excelentes no Brasil".

As informações são da DCI, resumidas e adaptadas pela Equipe CaféPoint.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures