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Melles: "Brasil precisa é tomar vergonha sobre a política de café"

WAGNER PIMENTEL

EM 30/06/2010

4 MIN DE LEITURA

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Melles: “Brasil precisa é tomar vergonha sobre a política de café”

“Medo do setor financeiro tira mais de 500 pontos do valor do café nas Bolsas. Mais um motivo para o Governo tratar a cafeicultura como prioridade e usar recursos para manter o valor do café brasileiro”

Em entrevista ao programa “Mercado & Cia”, do Canal Rural, o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado Carlos Melles, respondeu ao jornalista João Batista sobre mercado e política de café.

- João Batista: Com esse mercado de café oscilando dessa maneira, o que produtor tem que fazer, deputado?
- Carlos Melles: Quem observa café ao longo desses 50 anos como nós observamos, pode dizer que a cada dez anos o café sofre uma alta como esta que vimos de três mil pontos. Mas ela tem consequências e gera várias interpretações. A melhor delas e a mais correta é que isso foge totalmente dos fundamentos de mercado. O mercado mostra que o Brasil tem estoque zero, a safra não será tão grande como se previa, é entre 50 e 55 milhões de sacas, com rendimento mais baixo, os estoques internacionais chegam ao final desse ano com em torno de 10 a 12 milhões de sacas, no ano que vem isso é zerado e a safra brasileira é mais baixa. Ou seja, o café já deveria ter ultrapassado o patamar dos R$ 300 há muito tempo, porque há dez anos ele não tem preço, ficado entre R$ 210 e R$ 250. O que o Brasil precisa é tomar vergonha sobre a política de café. Se tomasse vergonha ele veria quantos milhões está jogando fora do produtor brasileiro por não ter uma política sensata de café.
Primeiro tem os fundos que especulam e brincam em função da escassez que existe. Um mercado que vai lá em cima e volta, demonstra a falta de política do café. Hoje o Brasil senta nas duas pontas da mesa para negociar: como maior produtor do mundo de longe e como principal consumidor do mundo em ascensão. O produtor deve buscar crédito e o governo deve organizar crédito para financiar café, pelo menos no preço mínimo, que a gente ordene essa safra porque é a única safra que temos a gente de vender acima de R$ 300.

- João Batista: Nós devemos, então, estimular o produtor a buscar recursos do Funcafé, apesar desses recursos estarem balizados a um preço de R$ 267?
- Carlos Melles: Sem dúvida. Está se propondo um monte de coisa de garantir de queda de preço. O ministro Wagner Rossi tem feito um trabalho ousado, colocando a ‘cara para bater’ como diz o jargão; ele quer salvar essa safra, está até colocando um prêmio de queda de preço do café. Era melhor se ele tivesse colocado um Pepro, um prêmio entre R$ 20 e R$ 30, quando o café chegasse a R$ 300, e não financiar até R$ 270 e se cair garantir prêmio de queda. O governo está fixando muito o café a R$ 270.

- João Batista: Enfim...
- Carlos Melles: Enfim, se o governo tiver um pouco de boa vontade de disponibilizar esses mecanismos de prêmio logo, colocar o dinheiro na mão do produtor para a colheita e para a comercialização, que não chegou até hoje; e possibilitar garantias realmente de que se o preço subir, o produtor ganha e ter prazo para não vender o café ao preço de garantia, que é de R$ 261, eu vejo um mercado em ascensão.

- João Batista: Nós que estivemos no SOS Café, vimos o mergulho que o café deu por todo o endividamento e por todas as dificuldades. Agora, o mercado percebeu que não tinha café e deu essa subida e é preciso segurar isso.
- Carlos Melles: Exatamente. E quanto mais ele comprar café barato, na entrada da safra e depois de 70 ou 90 dias, derruba o preço de novo.

- João Batista: E sua avaliação sobre o Código Florestal, esse rolo com emendas surgindo para todos os lados, para onde vai isso?
- Carlos Melles: Nós devíamos agradecer muito o deputado Aldo Rebelo.Quando ele dedica o relatório aos agricultores é porque se hoje existe um país mais preservado em termos de meio ambiente e matas é em função ao agricultor brasileiro, mas acho precipitado votar, não deveríamos estar com esse afobamento para votar.

- João Batista: Mas não existe a questão dos ambientalistas e de que o Lula não quer colocar a mão nesse vespeiro, então não seria melhor votar agora?
- Carlos Melles: A determinação é de votar para garantir marcos regulatórios, pois o código de 1965 foi deformado, então eu voto agora, fazendo nova conformação e formatação, depois vem os decretos, quando obviamente, acontece um entendimento do Executivo de forma mais clara. A votação é fundamental porque existem multas e pendências e dar tempo aos estados e municípios se estruturarem, com responsabilidade de gestão ambiental.

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