Nas contas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) a venda de máquinas de café expresso tem avançado entre 15% e 20% ao ano. O movimento cresce, alavancado pelo aumento do consumo, que passou de 3,11 quilos per capita em 1995 para 5,58 quilos em 2006.

"Em 2006, a demanda geral pelo grão cresceu 5,1%, mas quando observamos o consumo fora do lar o resultado fica bem melhor, crescimento de 15%. E ao falar "fora do lar" estamos tratando especialmente de café expresso", observou o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.

"As pessoas estão exigindo tomar um café cada vez melhor. Hoje, em qualquer empresa, cabeleireiro ou escritório de advocacia, em toda parte há uma máquina de expresso. No meu caso, o aumento das vendas chega a quase 30% ao ano", comemorou o dono da Café & Caffè, Antonello Monardo.

A grande fatia do negócio ainda está nas máquinas profissionais para cafeterias. Especialistas estimam que, a cada ano, haja um aumento de 20% dessas lojas. "No nosso negócio, que é exclusivamente de máquinas profissionais, o crescimento é de 20% ao ano. Não temos do que nos queixar", admitiu o diretor comercial da Italian Coffe, Rodrigo Cordeiro.

Mas segundo o gerente de vendas da loja brasiliense Café e Complementos, Charles Santos, a maior procura pelas máquinas de expresso pelo consumidor residencial é nítida. "Estamos há nove anos nesse mercado, mas as vendas estão ficando melhores. Chegamos a vender entre dez e 15 máquinas por mês. Claro que boa parte do público que deseja uma tem poder aquisitivo mais alto, mas a procura é boa e a gente vem facilitando a forma de pagamento. Hoje podemos vender em até 24 parcelas", contou em reportagem de Luís Osvaldo Grossmann, do Correio Brasiliense.