Reportagem de Karina Granados para o site Laprensagrafica.com. informou que o Conselho Salvadorenho de Café (CSC) e o Ministério da Agricultura (MAG) iniciaram um programa para aumentar o consumo interno de café em El Salvador.

Para desenvolver este plano, contrataram Carlos Brando, um especialista em desenvolvimento de estratégias deste tipo para que, através de uma série de capacitações, oficinas de trabalho e visitas a locais onde se comercializa o grão sejam elaboradas delineamentos para uma estratégia.

Atualmente no país, dos quase 1,45 milhão de sacas de 60 quilos produzidas em cada colheita, somente se consomem 191,66 mil sacas, ou seja, 12%.

De acordo com Brando, uma causa para o consumo de café no país ser tão baixo é porque, internamente, não se tem destinado a distribuição dos cafés de melhor qualidade e altura restrita e o consumo do produto ainda é relacionado com danos à saúde, que cuja ocorrência já foi descartada.

Ele ressaltou que um país deve consumir internamente, no mínimo, entre 25% e 30%, para chegar a um consumo ideal de 40% da produção. "Isso gera empregos, agrega valor e pagamento de mais impostos, o que produz desenvolvimento econômico para o cafeicultor".

A meta deste ano para El Salvador é aumentar em 10% o consumo interno de café.

Segundo o presidente da fundação salvadorenha PROCAFE, Mario Acosta, com esta medida se buscará conhecer a experiência brasileira de consumo interno que, depois de cinco anos de aplicação de uma estratégia semelhante, equivale a 50% da produção de cada colheita.

Brando disse que, depois das visitas aos estabelecimentos e antes da elaboração da proposta final, se estudará se é necessário desenvolver uma pesquisa com os consumidores devido à importância de se saber porque uma pessoa consome ou não café.

Dentro do esquema de desenvolvimento também estaria a elaboração de um selo de qualidade mediante ao qual os consumidores poderão identificar e ter garantia do tipo de café que vão consumir.

No entanto, Brando ressaltou que os resultados não devem vir a curto prazo. "Creio que é factível chegar a resultados muito interessantes em um período de dois a três anos. Os grandes resultados em cinco anos. Não creio que seja impossível dobrar o consumo neste período".