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Cafés da Sara Lee se tornarão 30% mais sustentáveis

PAULO HENRIQUE LEME

EM 07/11/2008

1 MIN DE LEITURA

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O conglomerado americano Sara Lee aumentará seu comprometimento com o café sustentável à medida que a companhia comprará 26,5 mil toneladas de grãos certificados em 2009. Isso é aproximadamente 30% mais do que em 2008 e um aumento de 10 vezes desde que a companhia formalizou seu compromisso de obter café sustentável há cinco anos. A Sara Lee é a terceira maior torrefadora mundial de café e vende seus blends sob as marcas Egberts, Senseo, Merrild, Maison du Café e Marcilla.

As iniciativas da empresas de comprar café sustentável visam criar um setor de café predominantemente sustentável. Desde 2004, todos os blends de café da Sara Lee têm se tornado cada vez mais sustentáveis à medida que os volumes de café com certificado UTZ comprados pela empresa aumentaram de 2,5 mil toneladas em 2004 para 26,5 mil toneladas que deverão ser compradas em 2009.

Além da parceria com a UTZ CERTIFIED, a Sara Lee é um membro fundador do Código Comum para a Comunidade de Café (4C), uma iniciativa que inclui múltiplas partes na qual produtores, comerciantes, indústrias e sociedade civil trabalham juntas por mais sustentabilidade em todo o setor de café. A Sara Lee também estabeleceu sua própria fundação, a Douwe Egberts Foundation, que trabalha com a Solidaridad e outras parceiras para melhorar as condições de vida dos pequenos cafeicultores nos principais países de origem de seus grãos.

A representante de serviços ao cliente da Sara Lee, Stefanie Miltenburg, disse que a empresa pretende, um dia, comprar apenas café sustentável. A reportagem é do Prnewswire.com.

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SERGIO VENUTO

RESENDE - RIO DE JANEIRO

EM 07/11/2008

Mais uma vez precisamos criar discussões sobre alguns temas importantes para que, junto ao consumidor final, fique claro o que são produtos orgânicos, finos, especiais, certificados, sustentáveis, etc.

Há uma tendência à banalização de certos termos que podem comprometer todo um setor que trabalha de forma séria. Falar de sustentabilidade com certificação UTZ (que poucos consumidores ainda conhecem) e com 4C (que está mais para sugestão de processos que certificações e auditorias mais sérias), é algo que pode causar certa perda de credibilidade no mercado.

Sustentabilidade sem margens de lucro adequadas ao custo de produção que um pequeno agricultor possui, está mais próximo de um equívoco demagógico que resultado eficiente.

Bem, acesso à tecnologia, parceria eficiente (e não só como ferramenta de marketing para mostrar que o grande comprador está apoiando o pequeno produtor), preços justos de compra, qualidade final do produto, são alguns exemplos claros do que representa a sustentabilidade.

O mesmo cuidado temos que ter com as estatísticas, com os números apresentados. Apresentar os valores e percentuais absolutos e relativos é sempre importante. Crescer X% ou investir Y% a mais do que no ano anterior, pode parecer muito, mas com base em que valor absoluto que a empresa possui? Sobre qual base de faturamento?
Vale a discussão.

Atenciosamente,
Sérgio Venuto

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