Com a melhora do quadro nos mercados especulativos mundiais, cotações do café nas bolsas tiveram recuperação nessa terça-feira. A LIFFE chegou a atingir 1500 dólares por tonelada, mas recuou para fechar com alta de 2,19%. Na NYBOT, cujo movimento arrefeceu um pouco, sendo negociados 20.603 contratos, o ganho foi de 1,35%, para Maio/07. E, na BM&F, que negociou apenas 1.636, o mesmo vencimento fechou em alta de 1,05%.

As altas de hoje foram compostas na sua maioria de recompras, visto que, com a crise mundial dos últimos dias, as cotações estavam demasiadamente deprimidas, oferecendo boas oportunidades de ganho. No entanto, mesmo com as bolsas de valores ao redor do mundo fechando em forte alta, ainda pode ser prematuro afirmar que os efeitos da crise chinesa tenham passado e que os fundamentos do mercado de café venham a se exprimir, trazendo as cotações para os níveis esperados por boa parte dos cafeicultores, mesmo porque, a colheita brasileira, especialmente de conilon, já se avizinha.

Os preços também apresentaram recuperação para algumas praças e tipo de café, no mercado físico brasileiro, mas ainda prepondera a retração por parte dos produtores.

No leilão de CPR-Física do BB, que pelo seu horário de realização, entre 12:00 e 13:00, ainda foi influenciado pela forte queda das bolsas na segunda-feira, os dois lotes (400 sacas) de café padrão BM&F arrematados tinham preço de oferta de R$ 275,00, entrega em setembro, e foram comprados por R$ 276,25. Além desse, mais um pequeno lote de 50 sacas café tipo 6 bebida dura para melhor, também com entrega em setembro, saiu a R$ 255,10. No total do leilão, estavam em oferta 33.150 sacas, distribuídas em 91 lotes.