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Firmeza do dólar americano e reversão de ativos

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 01/02/2010

3 MIN DE LEITURA

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Comentário semanal - 25 a 29 de janeiro de 2010

Janeiro decepcionou os altistas, que esperavam uma continuação na valorização das bolsas de ações e commodities ao redor do mundo.

Os resultados melhores do que esperado de várias empresas no último trimestre do ano de 2009, assim como o crescimento do PIB americano de 5.7% para o mesmo período, foram ofuscados pela perspectiva de reduções dos pacotes de estímulos das duas principais economias do planeta.

Os investidores que estavam contando com a manutenção dos estímulos vindo de China e Estados Unidos, retraíram o apetite de compra de ativos de risco quando o primeiro declarou uma limitação de empréstimos em função de preocupações com bolhas especulativas e inflação no seu mercado, e nesta semana com a sinalização de diminuição de compras de títulos imobiliários por parte do governo americano, que vinha desafogando o mercado financeiro.

A manutenção de juros baixos americanos, também perdeu unanimidade no comitê do FOMC (equivalente ao COPOM brasileiro), outro indicador de que podemos estar mais próximos (6 meses?) de uma mudança na política monetária.

Somando-se às incertezas, os mercados entraram em tom de proteção com a instabilidade das contas e dos títulos de dívida da Grécia, e que respinga nos países pertencentes à zona do Euro.

O dólar americano neste cenário ganhou força, se valorizando frente à diversas moedas, e ainda mais forte contra o Real Brasileiro.

A diminuição da exposição em ativos de risco fez com que os principais índices de commodities caíssem quase 7% no primeiro mês de 2010, depois da maior valorização em quatro décadas que vimos no ano de 2009, ano em que os investidores aplicaram o recorde de 92 bilhões de dólares em commodities.

À exceção do açúcar, que subiu 10.95%, e do suco de laranja, com alta de 9.76%, todas as principais commodities desmoronaram em Janeiro.

O café perdeu 2.86%, com os fundos diminuindo suas posições comprada. As vendas serviram para "alimentar" uma boa parte da atrasada necessidade de fixação dos torradores.

Para os produtores brasileiros o efeito da baixa foi compensado pela desvalorização do real de 8.63% no mês - sendo 4% apenas apenas nos últimos cinco dias. Com isso o preço da saca em reais ficou praticamente nos mesmo patamares que estavam, ao redor de R$ 285.00 reais.

Os diferenciais, que normalmente encarecem quando a bolsa de Nova Iorque cai, ficaram praticamente inalterados, e para algumas origens chegaram a até enfraquecer um pouco com uma leve retração da demanda por torradores no físico.

O robusta não acompanhou a queda do arábica, com a bolsa londrina perdendo US$ 2.16 por saca, enquanto a americana caiu US$ 10.45 por saca. Contribui para isso a arbitragem já estar extremamente larga (ou barata), e o anúncio de um potencial plano de retenção do governo vietnamita para 3.3 milhões de sacas de café.

Enquanto isso os participantes do mercado continuam seus estudos sobre o potencial da safra brasileira para 10/11 e a expectativa de superávit mundial. Os números para a safra brasileira têm sido arduamente discutidos, com os mais pessimistas acreditando em uma produção de 47 milhões de sacas, e os mais otimistas esperando 60 milhões - enorme diferença de 13 milhões de sacas.

A dúvida paira também sobre a qualidade da safra, já que regiões como o Sul de Minas tiveram mais de 3 floradas. Para algumas áreas fomos informados que a maturação tem se igualado dado o volume e a sequência das chuvas, fato que eventualmente pode corrigir um potencial problema de qualidade.

Os baixistas dizem que mesmo que a qualidade seja afetada, haverá café bom o suficiente, até porquê a produção do arábica no Brasil deve ser no mínimo 7 milhões de sacas maior do que o ano passado. Os altistas torcem o nariz, e ainda creêm que não será café suficiente, dado o quadro de escassez mundial de cafés de qualidade.

O curto prazo ficou prejudicado para quem estava positivo para Nova Iorque, já que o dólar provocou uma enxurrada de vendas. Os fundos segundo o último relatório do CFTC, venderam quase 4 mil lotes ate terça-feira dia 26, mas se contabilizarmos a movimentação de quarta a sexta eles devem ter vendido ao menos outros 6 mil lotes.

Se a moeda brasileira passar de 1.90, e/ou o Euro for para baixo de 1.38, Nova Iorque testará os 130.00 e depois os 128.30.

Tenham uma boa semana e muito bons negócios.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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