"Depois de duas sessões consecutivas de baixa, o dólar fechou o dia em alta em relação ao real, combinando realização de lucros com cautela. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou não ter conhecimento sobre discussões, no governo, de medidas para conter os ingressos de capital especulativo", informou analista da Mellão Martini. "De qualquer forma, o mercado não gosta da possibilidade de que qualquer tipo de barreira seja criada para conter a entrada de dinheiro estrangeiro. Assim, além de retrair os exportadores, a notícia afeta as decisões das tesourarias dos bancos, que passaram a comprar dólares hoje. Esses comentários pressionaram para cima as cotações do dólar", conclui. No fechamento, o dólar comercial teve alta de 0,43% e fechou cotado a R$ 1,6570.
Em Nova York, os contratos para vencimento em maio tiveram alta de 2,49% ou 320 pontos, e a posição ficou em US$ 131,75 cents/lb ou R$ 288,79/sc. A posição setembro, seguindo o mesmo bom humor, teve alta de 315 pontos, fechada a US$ 135,00 cents/lb ou R$ 295,91/sc.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
"O dólar comercial terminou em alta face ao real nesta segunda-feira, apesar do otimismo no mercado interno, alimentado pelo grau de investimento recém alcançado pelo País, que continuou a atrair recursos externos", publicou o Infomoney.
A valorização refletiu ajustes depois de a moeda acumular quedas seguidas na semana passada. Ainda assim, os principais fatores de influência para a queda do câmbio ainda estão presentes, segundo analistas.
Sobre a questão, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que é preciso "esperar chegar o dinheiro primeiro" para se avaliar se vai haver uma enxurrada de dólares com o grau de investimento. "Não falamos no governo sobre isso", disse o ministro.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo também fechou em alta, com variação positiva de US$ 2,60 para maio e julho, fechando a US$ 156,60/sc e US$ 159,00/sc, respectivamente. Para setembro/08, temos US$ 162,15 ou R$ 268,68 por saca.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
Em Guaxupé, sul de Minas, a saca do Arábica tipo 6 bebida dura para melhor foi negociada a R$251,00, R$8,00 a mais que no dia anterior. Em Araguari, Triângulo Mineiro, e Patrocínio, no Alto Paranaíba, a safra nova caiu aos R$ 250,00, enquanto a praça de Franca manteve seus R$ 260,00/sc. Em Caratinga, na Zona da Mata, a safra nova desvalorizou R$ 5,00 e fechou a R$ 245,00/sc. O indicador Cepea/Esalq ficou em alta, com variação de R$ 6,50, a R$ 253,74/sc.
As sacas do Arábica, tipo 6, bebida dura; Arábica, tipo 6, bebida riada; e Arábica, tipo 6, bebida rio também foram negociadas R$8,00 mais caras em Guaxupé, a R$246, R$236 e R$ 232/sc, respectivamente.
O Conilon tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13, vendido em São Gabriel da Palha/ES, manteve o preço da saca estável, a R$ 203,00. O índice Cepea/Esalq subiu R$ 1,33, fechado a R$ 209,83/sc.
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Julio Frare, equipe CaféPoint