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Avanços na qualidade dos cafés das Matas de Minas

TÉCNICAS DE PRODUÇÃO

EM 08/12/2015

3 MIN DE LEITURA

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Por José Luis Rufino, engenheiro agrônomo, consultor do Sebrae (MG) e superintendente do Centro de Excelência do Café das Matas de Minas

A imprensa brasileira especializada na cobertura dos acontecimentos vinculados à cafeicultura, recentemente, deu ampla divulgação ao fato dos dois vencedores do 12º Concurso de Qualidade dos Cafés da Minas Gerais desenvolverem suas atividades cafeeiras na Região Matas de Minas. A cafeicultura regional, de alma lavada e enxaguada no sucesso dos dois cafeicultores vitoriosos, comemorou muito o acontecimento.

Não era para menos! Afinal, uma região que até há pouco tempo não se destacava na produção de cafés de ótima qualidade, de repente, é alçada ao primeiro lugar do pódio na produção de cafés naturais e de cafés cereja descascado no estado maior produtor de café do Brasil. As comemorações são decorrência natural do sucesso conquistado pelos cafeicultores João da Silva Neto, do município de Araponga, e Clayton Monteiro, do município de Alto Caparaó.

Foto: Alexia Santhi/ Agência Ophelia/ Café Editora
Clayton Barrossa Monteiro, de Alto Caparaó ao lado do pai Aides Gomes Monteiro, produtores do município do Alto Caparaó

Obviamente que, além do reconhecido mérito pessoal dos cafeicultores citados, existe um trabalho institucional anônimo que apoia o sucesso alcançado. Contrariando essa afirmativa, pode-se alegar que estes são fatos isolados e não representam o que vem acontecendo nas Matas de Minas. Alguém pode argumentar, por exemplo, que são dois cafeicultores extremamente cuidadosos com a sua produção que, sediados em regiões favoráveis à produção de café, elaboraram os lotes de café que foram vencedores. Portanto, suas conquistas são decorrência de méritos pessoais e não representam a revolução de qualidade que vem se processando nas Matas de Minas.

No entanto, estas conquistas são a ponta de um iceberg enorme. Elas são a parte mais visível dos avanços que estão acontecendo na qualidade dos cafés das Matas de Minas. Isso nos leva a chamar atenção para outras informações menos divulgadas do concurso, ou seja, para a parte submersa do iceberg. Inicialmente, destacamos que, das 1300 amostras inscritas no 12º Concurso, 554 tinham como origem as Matas de Minas, 592 o Sul de Minas, 126 do Cerrado e 28 da Chapada de Minas. E o que é mais importante: das 117 amostras finalistas, 59 foram das Matas de Minas, de 16 municípios diferentes. Ou seja, a região que responde por cerca de 25% da produção mineira, inscreveu 43% do total de amostras e teve 50% das amostras finalistas. Isso indica que existem muitos outros cafeicultores elaborando cafés de ótima qualidade em uma ampla abrangência geográfica.

Portanto, fica comprovado que as conquistas dos primeiros lugares não são fatos isolados. Não aconteceram por mero acaso. Elas fazem parte do avanço conseguido na melhoria de qualidade dos cafés em toda Região das Matas de Minas. Por trás desses resultados coletivos encontra-se um empenho institucional da maior relevância. O Conselho das Entidades do Café da Matas de Minas (entidade formada por cooperativas de produção de café, cooperativas de crédito, sindicatos de produtores e de trabalhadores rurais, associação de cafés especiais e das mulheres do café sediadas na Região) tem sido o catalisador para as atividades conjuntas das instituições de apoio aos trabalhos de capacitação, treinamento, assistência técnica e gerencial e de pesquisa situados na região. Em torno do Conselho, o Sebrae Minas, a Emater, o Senar, a Epamig e a Universidade Federal de Viçosa, dentre outros, vêm exercitando um trabalho integrado de grandes proporções e impacto na produção e na qualidade do café regional. Nos últimos anos estas instituições têm feito exercícios para realizarem trabalhos conjuntos e com objetivos comuns e sincronizados focando a melhoria da qualidade do café na Região.

A atual visibilidade e valorização da marca “Região das Matas de Minas” mostra que os esforços conjuntos estão gerando resultados relevantes, e mais, que a estratégia das instituições, com base na unicidade de objetivo, é o caminho certo. Tá bom, mas pode melhorar. 

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JOSÉ LUIS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 05/07/2017

Caro Jaime Mendes de Souza,



Obrigado pela gentileza de ler e comentar o artigo em pauta. Suas observações são pertinentes e muito parecidas com as efetuadas pelo Sr. José Eleutério Alves Neto, em 08/12/2015. Portanto, peço-lhe que consulte, nesta página, a resposta dada a ele no dia seguinte. Ressalto, no entanto, que a reposta mostra que não somos, em excesso, uma "fonte desinformada" sobre a cafeicultura das Matas de Minas, apenas apresentamos um ponto de vista diverso do seu entendimento. Enfatizo também, o seu reconhecimento de que "A região está se destacando a cada ano". É gratificante ver que os trabalhos em busca de aprimorar a qualidade do café efetuados pelo Conselho das Entidades das Matas de Minas, pelas instituições que atuam na região e, principalmente pelo cafeicultor, já são reconhecidos.

Posso tentar prestar novos esclarecimentos, se assim você entender desejável.

Atenciosamente,
JAIME MENDES DE SOUZA

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 03/07/2017

O café das Matas de Minas já é reconhecido em cafés especiais há mais de 20 anos.  Produtores premiados pela Illy  e vários concursos de ponta já demonstraram o potencial da região. Essa história de que até pouco tempo atrás as Matas de Minas não produzia os melhores cafés vem de fontes desinformadas. A região está se destacando a cada ano.  
JOSÉ LUIS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 17/12/2015

Caro Jackson,



Obrigado pela participação.

Como você sabe mais do que eu, a Chapada de Minas também é um celeiro de ótimos cafés. Durante a Semana Internacional do Café, os degustadores elogiaram muito a qualidade sensorial dos cafés dessa Região.

É possível que a visibilidade dessas qualidades pelo mercado possa ser ainda maior . A Chapada tem se mobilizado para isso. Desejo sucesso nessa empreitada. Vamos em frente!

Um abraço aos amigos tão queridos da nossa Capelinha e adjacências.
JACKSON SOUZA DA SILVA

CAPELINHA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 15/12/2015

Parabens Sr. Rufino pelo belo trabalho feito nas Matas de Minas ai tem cafe fino mesmo , regiao da chapadas de minas cadeia do cafe todos mandam abraços pra vc , obrigado por nos ajuda nessa regiao .
JOSÉ LUIS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 11/12/2015

Caro Paulo Correa,



Se o cafeicultor é com certeza o principal protagonista da evolução da qualidade dos cafés das Matas de Minas, há que se valorizar o papel das instituições que participaram como coadjuvantes importantes nesse processo. A Emater está entre as primeiras e principais colaboradoras. Para não ser redundante na história, vou destacar o Certifica Minas Café que tem cumprido um papel fundamental nos avanços até agora. Outras instituições estão se juntando a Emater nesse processo: Sebrae, Senar, Epamig e UFV. Todas continuando a trabalhar em conjunto - com ações sincronizadas e objetivos comuns - com o Conselho das Entidades dos Cafés das Matas de Minas, certamente, teremos resultados extremamente importantes no futuro próximo.

Estou saindo da cerimônia de encerramento do 11º Concurso de Cafés de Qualidade da Região de Viçosa, nela, ouvi o Gabriel Singulano, outro artífice da qualidade dos cafés regionais, dizer que se fosse premiar o esmero dos cafeicultores, teria que dar centenas de prêmios. É isso aí, concordo com ele.
JOSÉ LUIS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 11/12/2015

Caro Bernardino,



Você é um dos entusiastas com o trabalho de valorização da qualidade dos cafés das Matas de Minas. Lembro-me do seu empenho para realização dos primeiros concursos de qualidade na região. A dedicação de vários técnicos e a persistência do esforço explicam os resultados de hoje. A base foi construída e os resultados aparecem com o decorrer do tempo. O que no início era uma exceção, como no caso lembrado por você, começa a se tornar fato mais generalizado.  Sim, é necessário lembrar das contribuições iniciais.

Aproveito para lembrar de dois nomes que também participaram do trabalho inicial de incentivo a obtenção de cafés de qualidade na Região. O Prof. da UFV Juarez de Sousa e Silva que fez inúmeras palestra, cursos e dias-de-campo, em verdadeira pregação dos métodos corretos de pós-colheita do Café. Em segundo lugar, ainda na década de 1980, lembro do José Leonardo Silva Araújo, agrônomo do MAPA e ex-IBC, pregando a necessidade de lavar o café e separá-lo para obtenção de um café de melhor qualidade.

Existem muito outros nomes importantes que podem ser citados, fico nos dois por enquanto.

Um abraço.
PAULO ROBERTO VIEIRA CORRÊA

MANHUMIRIM - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/12/2015

Prezado amigo José Rufino,



Oportuna seu comentário sobre a evolução da qualidade dos nossos cafés e o trabalho do Conselho das Entidades. Há muito, produtores de nossa região, vem-se destacando em muitos concursos. Cabe-nos ressaltar, modestamente, o nosso trabalho (EMATER MG, através da Unidade regional de Manhuaçu e da Unidade regional de Muriaé), que realizaram o primeiro Concurso de Qualidade de Café da Agricultura Familiar há 14 anos, com o objetivo de demonstrar a qualidade de nosso café. Fomos pioneiros na realização de um concurso de qualidade de café. Depois de dois anos, a Unidade Regional da Emater de Viçosa, iniciou seu concurso No início, não podemos deixar de mencionar o apoio que recebido pelo Evair, nos dando suporte para realização das provas das amostras. Por 4 anos, realizamos este concurso. Demos uma parada estratégica, para reformular nosso concurso até que, em 2009. através de um concurso interno, com apoio do CEC Matas de Minas, coletando amostras de todos municípios integrantes da Unidade Regional da EMATER MG de Manhuaçu, onde amostras  de Alto Caparaó e Sericita se destacaram como as melhores. Municípios, até então, não haviam  destacados nos 4 anos iniciais. A partir de 2010, retornamos nosso concurso regional, mas desta vez vez, encaminhando as amostras para o concurso estadual, onde ranqueamos os melhores cafés, para premiações dos finalistas. Sempre temos finalistas em mais de cinco municípios diferentes (este ano, de dez municípios), o que demonstra o nosso potencial.

Do Concurso regional, surgiram também os concursos municipais, como de Santa Margarida, Manhuaçu, Alto Caparaó, Luisburgo e até mesmo, concurso comunitário, como da comunidade de Boa Vista em Manhuaçu.

Sem dúvida, demos um grande passo e, com o fortalecimento do Conselho das Entidades, com certeza, iremos melhorar ainda mais. Bom para Matas de Minas, bom para Minas Gerais.
JOSÉ LUIS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 10/12/2015

Caro Altamir,



Obrigado por participar.

É interessante observar como um grande número de cafeicultores das Matas de Minas vem se esforçando para produzir café de melhor qualidade. Mais cuidado com o manejo da lavoura, a colheita e a pós-colheita estão sendo adotados e as adaptações possíveis na infraestrutura estão sendo implementadas. Nos eventos técnicos o assunto "qualidade" é sempre lembrado. A visibilidade é decorrência natural.

O 20º Simpósio de Cafeicultura das Matas de Minas, em março, deverá também voltar a esse tema. Vamos conferir, né.

Um abraço.
BERNARDINO CANGUSSU GUIMARÃES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/12/2015

As Matas se destacaram pela primeira vez com a Dona Ceci, vencendo o Concurso da Illy Café. Foi titulo da matéria no jornal Estado de Minas `` O patinho feio que virou Cisne``, foram 20 anos de trabalho em qualidade, com muitos parceiros. O Concurso Regional de Café da Agricultura Familiar em Manhuaçu, Viçosa e Muriaé,  introduziu a Agricultura familiar neste mundo da qualidade, e muitos produtores foram os grandes protagonistas. Sem duvida, um exemplo os irmãos Dutra, exemplo de simplicidade , desprendimento e obsessão por fazer bem feito.

E Viva as Matas de Minas.
JOSÉ LUIS RUFINO

VIÇOSA - MINAS GERAIS

EM 09/12/2015

Caro José Eleutério,



Obrigado pelas lembranças e pela correção. Acrescento que, há cerca de 20 dias, assisti a uma palestra do Agrônomo Sérgio D'Alessandro em que ele listava uma série de premiações de cafés das Matas de Minas nos concursos da ILLY, principalmente na última década. Para mim, o "até pouco tempo" tinha uma dimensão um pouco maior do que isso. Vale ressaltar também que as premiações "até pouco tempo" eram fatos um tanto isolados restritos a municípios com determinadas condições de relevo e clima.

O que eu gostaria de chamar atenção é para o fato de termos, atualmente, um grande contingente de cafeicultores, em diferentes municípios da Região, produzindo cafés de qualidade. Não é mais fato isolado, É uma transformação cultural na qual o cafeicultor sente-se realizado ao produzir um café de ótima qualidade nas Matas de Minas.

De qualquer forma, sua contribuição foi muito importante. Corrigindo, possivelmente, o texto ficaria melhor assim escrito: "não obstante os sucessos pontuais obtidos com os cafés das Matas de Minas em concursos dos últimos 15 anos, chamou atenção o fato dos dois primeiros lugares do 12º concurso serem das Matas de Minas".

Obrigado!

Um abraço.
ALTAMIR DURÃES GARCIA

MANHUAÇU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 09/12/2015

SOU PRODUTOR AQUI DAS MATAS TAMBÉM. REALMENTE É VISÍVEL A ESTRUTURAÇÃO DAS PROPRIEDADES, PEQUENAS E MÉDIAS, PARA TENTAR OBTER UM CAFÉ DE MELHOR QUALIDADE. O ESFORÇO ESTÁ COMEÇANDO APARECER COM MAIS FORÇA.
JOSÉ ELEUTÉRIO ALVES NETO

SINOP - MATO GROSSO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 08/12/2015

José Luis Rufino

Creio que a introdução de seu artigo

"" Afinal, uma região que até há pouco tempo não se destacava na produção de cafés de ótima qualidade, de repente, é alçada ao primeiro lugar do pódio na produção de cafés naturais e de cafés cereja descascado no estado maior produtor de café do Brasil.""



Está divergindo do que vem acontecendo na região desde os primeiros concursos da Illy e BSCA. Há mais de 15 anos a região das Matas de Minas vem sendo destacada nas avaliações através dos concursos que haviam.

Manhuaçu, Araponga, e demais municípios das vizinhanças sendo inclusive matéria da revista globo rural com a ganhadora do CUP OF EXCELLENCE em 2000 com 1º, 6º e 8º lugares naquele ano.



https://www.bsca.jp/auction.html



Os Dutra e outros produtores da mesma região todos os anos vendem seus cafés para a ILLY a um preço justo, pela qualidade que varias vezes foram premiadas.

Um Abraço

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