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"Importar é a última e trabalhosa solução, no entanto inevitável", afirma Abics

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 29/11/2016

3 MIN DE LEITURA

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Por Thais Fernandes

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) declarou que “hoje é praticamente impossível comprar lotes de maior volume de café conilon”. Em seu Relatório do Café Solúvel de Novembro de 2016, divulgado nesta terça-feira (29/11), a Abics tocou no ponto que vem tirando o sono de produtores capixabas da variedade.

Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora
Produção de café conilon foi fortemente afetada pela seca que assola regiões produtoras desde 2014 // Foto: Guilherme Gomes/ Café Editora


Para a indústria de café solúvel brasileira, o momento é delicado. Para a produção de solúvel, os industriais usam uma blend composto por até 80% de café conilon. Nos últimos meses a cotação do grão bateu recordes praticamente diariamente, em resposta a escassez causada pela intensa seca que atingiu os estados do Espírito Santo, maior produtor do País, e da Bahia.

O desabastecimento, segundo a Abics, é o que motiva o pedido de abertura ao drawback – regime de importação é isenta de impostos, mas que exige que que o processo seja unicamente para fabricação e posterior exportação do produto.

“Para a indústria de café solúvel brasileira, importar é a última e trabalhosa solução, no entanto inevitável diante do inusitado quadro de desabastecimento”, pontua o Relatório. Ainda em agosto, a Abics havia se manifestado sobre a escassez de conilon, que ameaçava crescimento das exportações de café solúvel, tese reforçada neste último texto. Entre as metas estabelecidas pela Associação em 2015, estava aumentar as exportações em 50% nos próximos 10 anos.

Foto: Thais Fernandes/ Café Editora
Escassez do grão no mercado interno foi causada pela intensa seca que atingiu os estados do Espírito Santo, maior produtor do País, e da Bahia

Agora, a Abics passa por um desafio tão grande quanto o aumento de exportações: convencer o setor produtivo a aceitar a abertura ao mercado externo. “A importação de café conilon em regime de drawback passa por um grande acordo com os produtores e demais segmentos da cadeia. Um pacto de caráter pontual, que permita compras em quantidades mensais prefixadas, por períodos determinados, e suspensas em épocas de colheita. Não deve afetar a expectativa de preços aos produtores, mas sim permitir a remuneração necessária de seus estoques remanescentes e possibilitar a preservação da sua capacidade produtiva. A Abics entende que essa ferramenta deve proporcionar o fluxo de cafés em volume suficiente que a permita se manter ativa e competitiva junto aos clientes internacionais”.

“Pactuada de forma inteligente, a importação, de ameaça, torna-se oportunidade para produtores e indústria. Em breve, a produção capixaba voltará ao normal e, tendo o Brasil seu potencial preservado, é garantia de que todos serão ganhadores”, conclui o Relatório. Veja, abaixo, tabela produzida pela Abics:

Tabela: Abics


O setor produtivo
No último dia 21, o conselho diretor do Conselho Nacional do Café (CNC) se reuniu para dar sequência ao debate referente à questão do abastecimento de café no Brasil. De acordo com o Conselho, o deputado federal Evair de Melo, integrante da Frente Parlamentar do Café, apresentou o resultado de um levantamento que realizou em cooperativas e armazéns das principais regiões produtoras do Espírito Santo. O estudo apontaria que há café suficiente para suprir as necessidades das indústrias de solúvel e torrefação.

“Frente a essas informações, o setor buscará um posicionamento consensual e definitivo a respeito da matéria o mais breve possível, provavelmente na próxima semana, para apresentá-lo ao Governo, junto a quem pretende estudar propostas que permitam que os produtores, principalmente do Espírito Santo, que vivenciam duas quebras de safra consecutivas e têm expectativas baixas para 2017 em função da estiagem que assolou o Estado, e o sistema industrial encontrem um caminho que permita a melhor saída para todos”, afirmou o presidente do CNC, Silas Brasileiro, que assina o Balanço Semanal da entidade.

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CARLOS ALBERTO DE CARVALHO COSTA

MUQUI - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/12/2016

O Drawback do conilon acabaria com toda a esperança do já combalido produtor capixaba severamente castigados com secas consecutivas, com a importação de café conilon os preços automaticamente cairão e não teríamos nem como pagar o custeio das próximas safras, causando assim um círculo vicioso descendente nunca visto antes por essas bandas
SAULO ANTONIO MELO SIQUEIRA

CÁSSIA - MINAS GERAIS

EM 01/12/2016

Com todo o respeito: você acredita no USDA? Eu também acredito em elefantes voadores.
EDIVAN F. MORGAN

VILA VALÉRIO - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 30/11/2016

Não vejo problema algum! O USDA acabou de divulgar que a produção de conilon vai ser 10,5 milhões de sacas, ou seja, se a demanda interna for 10,4 milhões (projeção A), vai sobrar café! Além do mais, os consultores da Archer Consulting divulgaram que os estoques internacionais estão levemente superiores em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações brasileiras foram bastante relevantes e a conclusão é que ninguém precisa se preocupar, já que os produtores de café ficarão eternamente fornecendo mercadoria para todos a preços não remuneradores, por puro altruísmo.

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