Nos Estados Unidos, o maior mercado consumidor de café, a Colômbia segue sendo o país produtor de café mais reconhecido, o que confirma não somente seus atributos de qualidade, mas também, o trabalho acertado da Federação Nacional de Cafeicultores (FNC) na promoção e defesa dessa origem.

Segundo o estudo nacional de tendências de consumo de café 2014 da Associação de Café dos Estados Unidos (NCA), 85% da população reconhece a Colômbia como produtor de café, deixando muito atrás outros países como Brasil (67%), Costa Rica (59%), Quênia (33%) e Vietnã (16%). Uma área de oportunidade nesse importante mercado para o Café da Colômbia é que esse reconhecimento se mantenha e, inclusive, aumente diante do crescente reconhecimento de países como Costa Rica, Quênia e Vietnã, que agora não é significativo e somente no caso do Quênia marca uma tendência, como reconhece o estudo.

A Colômbia segue liderando a percepção de qualidade ligada à origem, pois 96% considera que é um café de sabor bom ou muito bom. Outro bom indicador é que o café colombiano é mais reconhecido pelas pessoas que o tomam regularmente, pois enquanto 89% de quem tomou café no dia anterior o reconhecem como origem, apenas 75% de quem não tomou café fez isso. Quanto maior a faixa etária, maior o reconhecimento do Café da Colômbia: 89% em maiores de 60 anos, 88% para adultos entre 40 e 59 anos, 82% para jovens adultos de 25 a 39 anos e 77% em jovens de 18 a 24 anos.

O café tem um papel muito importante na vida dos americanos, pois 61% o consome regularmente, muito acima da água de torneira (54%), engarrafada (46%), chá (44%), refrigerantes (41%) e sucos (33%), em um mercado cada vez mais fragmentado. Assim, o nível de consumo nos Estados Unidos está em um dos pontos históricos mais altos. Os níveis de consumo alcançados nos últimos três anos não se viam há quase 40 anos. Os grupos etários que mais consomem café são os adultos (40-59 anos) e adultos mais velhos (mais de 60 anos), com 63% e 65%, respectivamente.

Ainda que os jovens de 18 a 24 anos, faixa etária que forma a chamada geração Millennials – mais educada, melhor conectada tecnologicamente e que valoriza muito a identidade – sigam sendo o grupo que menos consome café (51%), o consumo nesse grupo cresceu mais rapidamente entre 2013 e 2014 (10%) que no resto das faixas etárias. A média de consumo dos jovens entre 18 e 24 anos passou de 2,3 xícaras por dia para 3,3.

Quanto mais jovens são os consumidores, mais tendem a preferir as bebidas à base de expresso (cappuccino, expresso, moca, latte, macchiato e americano) e bebidas de café gourmet (tradicionais com grãos tipo premium, à base de expresso, geladas e prontas para consumir) sobre os cafés tradicionais, de forma que esse segmento de jovens representa uma área de oportunidade importante para o Café da Colômbia, reconhecido pela qualidade premium de seus grãos.
Quanto às ocasiões de consumo, as pessoas de 60 anos ou mais preferem consumir café em casa, as de 18 a 39 anos são mais propensas a consumir café fora de casa e as de 25 a 40 anos são mais propensas a consumi-lo no trabalho.

A reportagem é dohttps://www.dinero.com./ Tradução por Juliana Santin