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Os custos de produção brasileiros podem criar um piso de preços para o arábica? |
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CARLOS HENRIQUE JORGE BRANDO
Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP; pós-graduação à nível de doutorado em economia e negócios no Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA; sócio da P&A Marketing Internacional, empresa de consultoria e marketing na área de café
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CARLOS MACHADO JUNIORRIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 25/11/2013
srs.
boa tarde. o preco minimo do cafe é o seguinte: preco do adubo / 5 . nao dura mais que um ano nessa condicao. tambem nao dura mais que um ano com: preco do adubo / 2,5 entao gente esquece em querer acertar o preco de fundo do poco ... vao bora trabalhar que isso a gente sabe fazer o resto é so especulacao e falatorio. |
RENATO H. FERNANDESTEIXEIRA DE FREITAS - BAHIA - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B) EM 18/11/2013
Caro Carlos,
Concordo que o custo de produção do arábica brasileiro já esteja servindo de piso para a cotação internacional do café. No diagnóstico da cadeia produtiva do café da Bahia que realizei, em 2010, ficou muito clara a concentração da produção num número pequeno de produtores que detém acesso aos fatores determinantes da competitividade, quais sejam escala de produção, uso intensivo de mecanização, uso de irrigação, gestão eficiente da pós-colheita gerando produto de boa qualidade, acesso e utilização de ferramentas de trava de preços (o que é propiciado pelos demais fatores). Segundo dados do Censo Agropecuário 2006, menos de 1% dos produtores baianos, que possuem área maior ou igual a 100 ha, produzem cerca de 50% do café do estado. Não creio que tal nível de concentração seja regra para o país, mas não me resta a menor dúvida de que a produção de café no Brasil se concentra cada vez mais nos produtores mais competitivos (que detêm acesso aos fatores supra-citados) e que a média de custo de tais produtores, e mesmo a média ponderada de custo de produção do café do Brasil, ficam muito abaixo dos valores citados em seu artigo. Os principais concorrentes dos inúmeros produtores que estão enfrentando dificuldades financeiras nos atuais níveis de preço são os produtores brasileiros mais competitivos. São eles que fazem com que o sarrafo suba continuamente! Para eles, a atual conjuntura de mercado continua atraente, mesmo porque, graças às travas de preço (em setembro passado produtores baianos buscavam travar café da safra 2014/15 a R$ 400,00/sc) vendem pequena parcela de sua produção nos níveis mínimos de preço. Reafirmo que o grande desafio que se apresenta à cadeia produtiva do café do Brasil é disseminar o acesso aos fatores determinantes da competitividade. Gritar a crise a altos brados (e mesmo cometer absurdos como fechar estradas) só terá alguma efetividade se isso levar ao estabelecimento de uma nova governança da cadeia, capaz de enfrentar esse enorme desafio. Boa sorte a nós todos! E que tenhamos firmeza de propósito e serenidade para tal! |
JOSEPH CRESCENZIITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 18/11/2013
O custo de produção é sempre uma força para controlar excessos na produção de qualquer commodity.
E é a força mais danosa. Alcançado níveis de preço que inibem a sustentabilidade, esta força econômica age como uma ceifa no joelho do produtor. As ações governamentais tem sempre focado em prover mais recursos, e ainda subsidiados, aos produtores - estimulando a superoferta. Não é a primeira vez que o governo financiou, portanto criou, a crise da cafeicultura. O resultado está em foco hoje. O governo pode sim ajudar. As políticas de apoio ao produtor devem ser preestabelecidos no longo prazo. Uma política desenvolvido para restringir a oferta de recursos quando os preços de mercado estão acima do custo de produção, é o primeiro passo. Preço alto, profissional tem recurso próprio. Uma política de manutenção de estoques reguladoras com preços de PUT no nível de custo de produção, ou até um pouco abaixo, não um preço que garante lucro ao produtor. O mercado internacional deve entender que os estoques reguladoras serão sempre da safra em curso(temos a capacidade para "Rolar Estoques"), e que o preço de venda será sempre com preço mínimo baseado na média das exportações das últimas 3 safras. |
JOSÉ ARMANDO NOGUEIRABONITO - BAHIA - PRODUÇÃO DE CAFÉ EM 13/11/2013
Talvez o peso emocional, do qual não podemos nos livrar, crie uma resistência difícil de ser vencida para criticar ou elogiar o artigo. Ele até parece cheio de lógica de mercado. Mas a realidade de se vender um produto sabidamente de qualidade, despolpado, bebida mole por 250 reais é de deixar qualquer cristão enraivecido. O que precisamos é reinventar a política de café. E ela passa longe de governos. Se produzimos, criamos um fundo como o Funcafé, quem deve administrar isso senão os produtores? No entanto, tudo isso fica na mão dos chupins, que nada fazem a não ser criar dificuldades para vender facilidades, como costumam se apresentar, sobretudo, nas eleições, como salvadores da pátria. Mudando de pato pra ganso sem sair do assunto. Por que a indústria do cinema prosperou nos últimos 100 anos nos EUA. Por que sempre esteve na mão da iniciativa privada. Por que produzimos em quantidade e qualidade o melhor café do mundo e temos de cair de quatro para as bolsas do mercado e os tubarões de governos? Porque tudo está nas mãos de quem pensa em política 24 horas por dia, e não põem o pé na roça, na lama, na chuva, nos custos dos fretes, estradas, mão de obra exigente e despreparada, insumos com preços galácticos. Ora temos que passar a comandar esse circo sob pena de termos que baixar o pano antes da próxima sessão!
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AUGUSTO COMUNIENBELO HORIZONTE - MINAS GERAIS EM 13/11/2013
Vamos ajeitar o eixo da Lua. Bonito e complexo artigo.Vamos plantar mais café com custo próximo a zero para suprir as necessidades do estrangeiro.. Coitadinhos, afinal lá não dá café,e se desse, nos custaria no minimo 500 dolares a saca de 50 kg. Abraços a todos.
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