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Senadores buscam soluções para cafeicultores prejudicados por geadas e queda de preço

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/12/2013

3 MIN DE LEITURA

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Preocupados com a redução da participação do café brasileiro no mercado mundial, as seguidas quedas do preço do produto e os prejuízos causados nas lavouras pelas geadas de julho e agosto, os senadores da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) discutiram nesta quinta-feira (5), com autoridades do setor, medidas para ajudar os cafeicultores a superarem a má fase.

Como medida emergencial, foi apontada a necessidade de aumentar os recursos para o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF), acionado sempre que o preço de mercado fica abaixo do preço mínimo do produto, definido pelos órgãos governamentais. Também foi discutida a ampliação das medidas de recuperação de lavouras e de investimentos em armazéns, para que os produtores tenham a possibilidade de esperar pela melhoria dos preços.

Ao lado dessas medidas, o governo federal dá início a um programa de incentivos para a diversificação da produção, para que os produtores possam contar com a renda de outras culturas nos momentos de crise na cafeicultura.

“Nós estamos trabalhando para lançar em 2014 o Plano de Reconversão da Atividade, com investimentos [em outras atividades] para que, quando houver uma crise, haja uma porta de saída com dignidade. Não estamos trabalhando para reduzir a produção de café ou para tirar as pessoas do campo, mas para criar uma nova alternativa de renda no meio rural”, afirmou o Diretor do Departamento do Café da Secretaria de Produção do Ministério de Agricultura, Janio Zeferino da Silva.

Ele desaconselhou o aumento das áreas de produção de café neste momento e apontou medidas necessárias, já adotadas pelo governo, como a correção do preço mínimo do produto e a renegociação de dívida dos produtores.

Disputa por mercado

O presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, explicou que os problemas atuais resultam da queda nas vendas aos Estados Unidos e a países europeus, que reduziram seus estoques em consequência da crise na economia mundial. Também o crescimento da produção de café nos países asiáticos tem contribuído para reprimir o mercado para o produto brasileiro.

“O Vietnã produz 39 sacos por hectare e não tem nenhuma legislação trabalhista. Lá trabalham crianças de sete anos, de 10 anos, trabalham senhoras, sem registro, sem nenhum respeito ao meio ambiente”, disse, ressaltando que a produtividade média no Brasil está em torno de 21 sacos por hectare e que o país tem rígida legislação trabalhista e ambiental.

Como resultado, há hoje excesso de oferta no mercado interno, o que levou a uma queda de 35% no preço recebido pelo cafeicultor brasileiro, conforme informou o senador Acir Gurgacz (PDT-RO). “A saca de sessenta quilos de café Arábica está sendo vendida a R$ 235 e a do café Robusta ou Conilon, a R$ 165. É o menor preço nos últimos cinco anos”, disse.

Além disso, as lavouras de café da Região Sul, em especial no Paraná, foram muito danificadas pelas geadas nos meses de inverno, como conta o senador Sérgio Souza (PMDB-PR). “Desde 1975 não fazia tanto frio no Paraná e as geadas não dizimavam tantas lavouras. Acreditamos que perto de 90% dos cafezais do Paraná foram dizimados pelas geadas desse ano”.

Papel social

Sérgio Souza observou que a cafeicultura é uma atividade de relevância não apenas econômica, mas também social, pelo número de empregos que gera. Também o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) e a senadora Ana Amélia (PP-RS) ressaltaram a importância da cultura para a agricultura familiar e o desenvolvimento do país.

Ao concordar com os parlamentares, o diretor de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do estado do Paraná, Francisco Carlos Simioni, informou que 15 mil famílias vivem da produção de café no estado. Ele observou que o seguro oferecido aos agricultores que perderam suas lavouras, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), é formatado para culturas anuais, como milho e soja, não sendo adequado às especificidades da cafeicultura.

“Proagro garante a atividade por um ano, só que o café é uma cultura bianual. A geada deste ano vai afetar a produção de 2014 e 2015. Então, é preciso que a legislação do Proagro seja alterada”, opinou.

Apesar dos problemas, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lembrou que o consumo de café vem crescendo em todo o mundo.

“A impressão que tenho é que mais e mais pessoas no mundo tomam café, mesmo em países onde não se tomava tanto café, como na China e no Japão. E há cada vez mais estabelecimentos que se especializam em café”, disse.

As informações são da Agência Senado, adaptadas pelo CafePoint.

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JOSEPH CRESCENZI

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/12/2013

Os efeitos da super produção serão mais danosos que as geadas.

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