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O natural, o CD e os cafés do Brasil

POR ENSEI NETO

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/07/2007

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Tradicionalmente, o Brasil sempre se caracterizou por produzir o café segundo secagem pelo método natural, isto é, mantendo a casca e gerando o famoso "café em côco", que se tornou sinônimo de café seco.

Isto se deve em parte porque em nosso país as principais regiões produtoras estão razoavelmente distantes da linha do Equador, mais próximas do Trópico de Capricórnio e, portanto, viabiliza o plantio a pleno sol. O cinturão do café brasileiro se estende do paralelo 14° sul ao Trópico de Capricórnio, que está a 23° sul.

A partir da segunda metade do século XIX, o nosso país se firmou como um agressivo produtor de café, destacando-se pelas grandes propriedades, que gerou o "Baronato do Café". Nos outros países, tanto os africanos quanto os localizados na América Central, as áreas cafeeiras estão muito próximas à linha do Equador.

Apesar da inclinação da Terra em relação ao seu eixo Norte-Sul, que estabelece os ciclos das 4 estações ao longo do ano, a insolação na faixa equatorial é sensivelmente mais intensa do que se próximo aos trópicos. Essa inclinação, no entanto, parece um pequeno, porém maravilhoso, truque da Natureza, pois cria um período em que os dias têm maior duração em relação à noite, "o verão", enquanto que no inverno essa relação se inverte. Ambos são entremeados por períodos transitórios, quando há um equilíbrio entre o tempo de luz e o de escuridão, que são a primavera e o outono.

Esse efeito se intensifica quando nos afastamos da linha do Equador. Por exemplo, já nos círculos polares é possível ver o fantástico fenômeno do "sol da meia-noite" no solstício do verão, que corresponde ao dia mais longo do ano e, literalmente, o sol não se põe. Por outro lado, na faixa próxima ao Equador a duração do dia é praticamente a mesma durante o ano todo.

Ao se combinar um fotoperíodo particularmente regular ao longo do ano com um regime de chuvas bem distribuído, comum nas áreas das florestas equatoriais, o resultado é uma profusão de floradas de café. Por não existir propriamente um período frio, como o inverno, os cafeeiros das regiões equatoriais têm o seu crescimento estimulado constantemente pela boa insolação e as constantes chuvas. É por isso que nos países produtores da América Central, na Colômbia e nos países do leste africano o efeito de múltiplas floradas ao longo do ano é comum, obrigando os cafeicultores à prática da colheita seletiva.

Como a umidade do ar se mantém alta, inclusive com muita chuva, formas alternativas para a secagem do café tiveram de ser desenvolvidas para se evitar as fermentações indesejáveis, chegando-se no processamento via úmida antes da secagem dos grãos colhidos.

A lógica envolvida no processo com descascamento é a de que se eliminando a casca, evita-se a fermentação alcoólico-acética, que faz com que os açúcares se transformem sucessivamente em álcool e ácido acético, este como base do vinagre. Também, com os grãos cobertos apenas pelo pergaminho, a área necessária para a secagem diminui, economizando-se "pateos", como os centro-americanos denominam os terreiros.

A degomagem feita em tanques com água geralmente tem o pH por volta de 4,50, e, num processo que dura entre 18 e 24 horas, faz com que os açúcares da polpa, que também contém pectina, se modifiquem através da fermentação lática, que é a predominante. A acidez da bebida do café resultante desse processo se deve ao incremento do ácido lático, que se sobrepõe ao ácido cítrico tradicionalmente encontrado.

A escolha do processamento por via natural no Brasil se deu por diversas questões, mas, provavelmente, a mais importante foi porque este facilitava o foco de alta escala nas grandes fazendas. O Brasil sempre vendeu imagem de grandes propriedades, grandes estruturas nas fazendas e extensas lavouras.

Nas regiões de montanha, como as Matas de Minas, que tem Manhuaçu como seu pólo, devido à alta umidade presente mesmo no período de inverno, coincidente com o da colheita, fez com que a região fosse conhecida pelos cafés com bebida rio e bebida riada decorrentes do aparecimento de grãos com fermentação fenólica.


Infelizmente, não há acordo: grãos em estágio passa que ficam em ambiente de alta umidade, se re-hidratam e o ataque bacteriano se faz impiedoso. O sabor fenólico surge sem retoques. E isso pode ocorrer em qualquer região, como na extremamente seca região do oeste da Bahia. Lá, devido à obrigatoriedade da irrigação, sendo que o sistema por pivô central é a predominante, é normal o aparecimento de xícaras riadas caso não sejam observados cuidados especiais na operação.

Conforme comentei em artigo anterior, o surgimento de equipamentos para o descascamento de cerejas, que deu origem ao nosso "CD", provocou um impressionante impacto na qualidade dos Cafés do Brasil. Regiões de montanha, que com seu clima úmido no período da colheita raramente ofertavam cafés com boa qualidade, simplesmente tornaram-se celeiro de exóticas bebidas que hoje cativam o mundo consumidor.

O fato de se manter a mucilagem ou ter sua retirada por sistema mecânico, faz com que as alterações de bebida como ocorrem num "Full Washed" (com degomagem ou demucilagem em tanque de fermentação) não aconteçam, fazendo, então, predominar o intenso sabor adocicado dos frutos perfeitamente maduros.

Dessa forma, o processo de "CD" é muito interessante por ressaltar algumas notas de sabor absolutamente exóticas, como já vem sendo observados em cafés produzidos, por exemplo, na hoje famosa Serra da Mantiqueira, além das regiões da Serra do Caparaó e Poços de Caldas.

Obviamente, o emprego de varietais de grande potencial de qualidade de bebida, como as diversas linhagens amarelas, desde que perfeitamente adequadas a cada micro-clima, torna ainda mais evidente a nova geração de exóticos cafés brasileiros.

Mas, será que o natural perdeu o seu lugar ao sol?

Na realidade não.

Por incrível que pareça, a produção de um excelente natural envolve maior domínio de técnica de secagem do que o CD, pois cada grão cereja é um pequeno universo!

Sim, comparo a um "pequeno universo" porque cada grão comporta-se como um "sistema fechado", ou seja, as diversas reações bioquímicas podem ocorrer de forma independente, desde que grandes interações externas não se verifiquem. Por exemplo, amontoar grãos cerejas por um longo período é o caminho mais fácil para perder a qualidade. A combinação de solução açucarada (polpa ou mucilagem), calor e falta de oxigênio (devido à amontoa) dá início à fermentação alcoólico-acética.

A casca do café ao proporcionar esse sistema fechado conduz a uma seca mais lenta do que se o grão estivesse apenas com o pergaminho, fazendo com que a concentração de aromas do grupo que é denominado "caramelização do açúcar" se intensifique. É esta a razão da bebida encorpada que grãos naturais bem preparados proporcionam.

Ao contrário do que muitos pregam, um café produzido em condições geográficas específicas mantém sua alta acidez mesmo se for processado por via natural. Não é o processo de secagem que define a intensidade da acidez cítrica de um dado café, mas a combinação dos fatores geográficos.

Geneticamente, as plantas possuem o mesmo potencial para produção de grãos de alta qualidade, porém, estes acabam se expressando diferentemente em função dos elementos como solo e clima.

Portanto, naturais bem preparados produzem bebidas, como tenho acompanhado, com grande doçura, fundo com notas achocolatadas e de caramelo em impressionante equilíbrio com elevada acidez cítrica. E não é nenhuma surpresa.


Regiões com clima mais seco durante o inverno brasileiro, como a Alta Mogiana e o Cerrado Mineiro, são particularmente indicadas para a produção desses fantásticos naturais. Obviamente, há que se ter maior compreensão do processo e também do ponto de maturação, devendo-se evitar a mistura com grãos imaturos, que provocarão indesejável adstringência.

Nessas origens, por exemplo, o processamento de "CD" é uma opção do produtor, seja para otimizar o uso das instalações de recepção e secagem de café, seja por objetivo comercial. Nas regiões montanhosas, o "CD" é uma necessidade, devido aos problemas climáticos que surgem no período de colheita.

Finalmente, uma observação: o tal do "bóia" necessariamente não é um "natural".

Lembre-se que o café é um fruto e sua bebida será de alta qualidade se for colhido após atingir sua plena maturação, que deve ser preservada ao máximo durante a secagem. Os grãos "bóias" da fase inicial da colheita, que nos lavadores tomam caminho diferente dos cerejas, são normalmente aqueles que não atingiram o ponto de maturação completo ou, como acontece em grãos de ramos com seca de ponteiro, há um "salto" de fase do verdoengo para o passa, não passando pela fase madura. Esses grãos, denominados de "imaturos" ou com a chamada "seca forçada", conferem sabor amargo de base adstringente.

O café "natural" é aquele que uma vez cereja foi colhido e seco corretamente. Portanto, um correto "natural" é um "bóia", mas nem todo "bóia" é "natural".

Simples.

Mas com resultados exuberantes na xícara!

ENSEI NETO

Especialista em Cafés Especiais.
Consultor em Qualidade e Marketing, Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Produtos & Novos Mercados.
Juiz Certificado SCAA e Q Grader Licenciado.

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ADRIANO GILSON ROCHA DE CARVALHO.

PATROCÍNIO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/01/2008

Caro Ensei,

Primeiramente parabéns pelo artigo.

Um questionamento é quando em um dos parágrafos você diz que "com os grãos cobertos apenas pelo pergaminho, a área para secagem diminui", em algumas propriedades aqui do cerrado estamos tendo problema com a falta de terreiro pelo fato de termos que iniciar a seca do CD praticamente grão a grão, demando uma área maior de terreiro.

Grande abraço!

<b>Prezado Adriano,</b>

O ponto crítico durante o início do processo da secagem é justamente a retirada de água livre. É esta água que fica entre os grãos e que, caso eles fiquem amontoados, somados a resíduos de açúcares e outros nutrientes para os microorganismos, permite que fermentações se iniciem.

Quando você tem o grão cereja com a casca, há uma outra quantidade de água livre combinada com nutrientes que é a mucilagem. Por isso é que o cuidado com grãos secos pelo processo natural demandam maior cuidado.

Por outro lado, o descascado e desmucilado mecanicamente possui apenas água devido ao "banho" que o grão sofre nesse processo. Portanto, sua secagem é mais rápida.

Grande abraço
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 26/08/2007

Caro Ensei, ainda não foi possível trazê-lo até Divinolândia-SP. Estamos em plena organização da nossa primeira festa do café e do segundo concurso de bebida de naturais (28 e 29 de setembro de 2007).

Tenho certeza de que temos muito a fazer, creio que seus conhecimentos serão de extrema importância para nós. Aproveito também, para convidar a todos os companheiros do café a participarem do nosso evento. Espero que em breve Divinolândia possa figurar como uma das melhores regiões de café de bebida de naturais.
DONATO A. P. MACHADO DE OLIVEIRA

ELÓI MENDES - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 15/08/2007

Parabéns pelo artigo. Trabalho na região do sul de Minas onde as propriedades são bastante divididas e pequenas e a maioria não tem acesso a aquisição de um despolpador. E este artigo mostra que, com um pouco mais de dedicação, se atinge o objetivo.

<b>Prezado Donato,</b>

Agradeço pela sua carta.

Apesar da fina tecnologia que se tem hoje à disposição, o produtor que procurar compreender todos os sinais e lições que a Natureza passa diuturnamente, certamente terá sucesso.

Grande Abraço

Ensei Neto
SERGIO VENUTO MAGALHAES

RIO DE JANEIRO

EM 13/08/2007

Oi Ensei,

Ficamos felizes por participar de mais uma importante rede de informações: seu site (www.coffeetraveler.net), o peabirus e agora o CaféPoint. Infelizmente, nós do setor cacau-chocolate ainda não estamos tão bem estruturados mas já temos com quem aprender. Não perderemos a oportunidade e levarei todo este conhecimento ao pessoal da Associação do Cacau Fino (www.apcfe.com).

Cada vez mais, fico impressionado com os detalhes ricos das informações que são passadas em seu artigo e em trabalhos de outros pesquisadores. Trabalhar com café - junto ao consumidor final - está cada vez mais prazeroso em função dos argumentos que temos para usar nas conversas diárias.

Essas informações que vocês escrevem devem ser cada vez mais repassadas a todos os envolvidos na cadeia produtiva do café, principalmente aos baristas e aos donos de cafeterias para que eles sejam os "catequizadores" dos consumidores finais - razão de tudo isso.

Gostaria de uma indicação de site ou literatura que possamos aprender mais sobre o CD, o natural e o lavado, inclusive a exibição de vídeos.

Abraços e que nossos produtores de café sigam este caminho da qualidade total.

Sérgio Venuto
Pé Chocolate
sergio@pechocolate.com
FABIO DORIA SCATOLIN

CURITIBA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 01/08/2007

Parabéns pelo excelente artigo. Tenho visto muita gente falar sobre o CD sem o conhecimento e a profundidade do seu artigo.

Novamente parabéns. Tenho uma propriedade em Ribeirão Claro, PR, com altitude de 800 metros e latitude próxima a 23 graus com muita neblina na colheita. Excelente para o enchimento dos grãos, mas ruim para a secagem. Por anos estava tentando fazer qualidade com a variedade bourbom vermelho, mas com muita dificuldade.

Minha realidade se modificou quando adquiri um despolpador e construi terreiros suspensos. Não só ganhei o primeiro lugar no estado em 2006 mas as bebidas melhoram sensivelmente.

Os CDs quando na secagem nos terreiros suspensos apresentam aroma de chocolate branco com uma doçura e acidez muito diferenciadas dos bourbons naturais. Os cafés de origem Sachimor tem apresentado resultados muito bons em termos de perfil sensorial. Com relação aos "naturais" mesmo alguns bóias quando colhidos sem muito atraso têm produzido excelentes naturais.
PEDRO PAULO DE FARIA RONCA

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/07/2007

Caro Ensei,

Parabéns pelo artigo. Temos visto falar muito sobre o CD, e o Natural parece que perde espaço, mas você mostrou que não é por aí!

Ficam duas dúvidas:

Será que existe demanda crescente ou descrescente por cafés ´Naturais´ no Brasil e no Mundo?

Temos visto muito empresas como Illy preferirem o CD. Mas será que eles preferem o CD por ter melhor padrão ou por ser CD mesmo? Será que se fizermos naturais de excelente qualidade não teremos demanda para isso?

A dificuldade de fazer o ´Natural´ de qualidade é conseguir um bom ponto de maturação. O descascador é no fundo um separador de verdes. Como conseguir um bom natural sem separar o verde do cereja?

Agradeço a atenção e mais uma vez parabéns pelo artigo.

Abraços,

Pedro Paulo de Faria Ronca
Via Verde Consultoria em Sistemas Tropicais

<b>Olá Pedro,</b>

Há uma certa confusão no mercado sobre o CD e sua demanda. Na realidade, trata-se de um processo de pós-colheita e secagem e que deve ser empregado, principalmente, em função das condições climáticas de uma dada origem.

O mercado tem demanda para cafés de alta qualidade sim, que independe do seu processo de pós-colheita. O que determina valor para o café é o seu perfil sensorial. Excelentes ´Naturais´ foram negociados a valores elevados em função do seu perfil sensorial correto a um determinado comprador. Esta é a lógica.

A diferença básica em relação ao ´Natural´ é o fato de que você descasca através de uma ação mecânica, permitindo, assim, retirar os verdes, mas não os imaturos. Portanto, apenas uma fração é eliminada, melhorando mesmo assim, o resultado final.

Sua assertiva está correta: o descascador é um separador de verdes como princípio de método de preparo.

O verde no ´Natural´ não é tão difícil de separar nos processo de rebenefício, tanto na eletrônica (seleção por cor) quanto na densimétrica. É mais questão de competência do operador das máquinas de rebenefício.

O problema de separação de imaturos é o mesmo nos dois processos.

O processo de secagem é mais rápido no CD, além de ocupar menor espaço com os grãos de café. No entanto, há que se pensar no uso da água, sua reciclagem, além de como usar a casca para compostagem, por exemplo. Cada caso tem problemas e soluções diferentes e que devem ser pesadas antes de sua utilização.

Grande abraço,

Ensei Neto
DIOGO DIAS TEIXEIRA DE MACEDO

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA - SÃO PAULO

EM 23/07/2007

Caro Ensei,

Excelente seu artigo, a clareza com que tratou um tema tão difícil de ser compreendido foi espetacular. E fechou com chave de ouro quando resumiu "um correto natural" é um "bóia", mas nem todo "bóia" é "natural"", isso foi maravilhoso.

Gostaria de dizer também que muitos dos café da serra da mantiqueira, em especial de "Poços de Caldas", na verdade são produzidos em São Sebastião da Grama - SP, porém, nós produtores da região, moramos em Poços de Caldas e ao perguntarem de onde são, dizemos erradamente que somos de Poços de Caldas.

São Sebastião da Grama tem se destacado muito em todos os concursos de qualidade, em especial o Vale da Grama, região de São Paulo com ares de sul de Minas.

Mas obrigado pelo artigo, você foi muito feliz com ele.

Atenciosamente,

<b>Olá Diogo,</b>

Agradeço por ler e opinar sobre o artigo que escrevi no CaféPoint. É sempre gratificante quando há essa interação.

Sua região é de meu conhecimento desde 97 e sempre me encantou. Em 99 tentamos desenvolver um projeto especial com o café do São Sebastião da Grama, que seguiu até o final de 2000, com bourbon seco natural em terreiro suspenso.

É local privilegiado pela Natureza. Aproveitem sabiamente.

Grande abraço.

Ensei Neto
FÁBIO GONÇALVES DOS ANJOS

LERROVILLE - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 11/07/2007

Caro Ensei Uejo Neto,

Como pequeno produtor de café de uma comunidade cafeeira de Londrina (Lerroville), passei há 2 anos a fazer CD por vários motivos. Um deles é que o período de secagem diminui drásticamente, diminuindo a probabilidade de "contaminações" e por propiciar um "outro tipo de café".

Para os produtores de regiões que tenham problemas de chuva durante a colheita o CD é uma alternativa bastante animadora. Utilizo para essa atividade uma máquina para fazer semente, pois minha produção é pequena, e é suficiente para despolpar cerca de 10 sc por dia.












BRUNO SOUZA

EM 09/07/2007

Compadre Neto,

Parabéns pela clareza de seu artigo, que deveria ser lido por todo produtor de café, interessado em produzir qualidade. O fato de que ultimamente o bóia passou a ser o nosso Natural tem feito os torradores de cafés especiais mudarem a composição de seus blends, substituindo o nosso Natural (bóia) pelo nosso CD, garantindo xícaras limpas mas perdendo corpo e chocolate.

Devemos respeitar a vocação de cada região produtora. As regiões do cerrado e mogiana tem todos os pré-requisitos climáticos para produzir excepcionais lotes de Natural, porém estão optando por produzir um CD limpo e doce, mas que não compete com as características exóticas de sabor dos lotes de CD das regiões da Mantiqueira e Matas de Minas, onde conforme exposto acima o CD é uma necessidade e não uma opção.

SERGIO PARREIRAS PEREIRA

CAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 07/07/2007

Parabéns ao Sr.Ensei Uejo Neto,

Gostei muito do artigo. Apresenta o café e sua qualidade como resultado da interação entre as diversas áreas do conhecimento como engenharia de alimentos, geociências, manejo, colheita, pós-colheita, climatologia, nutrição mineral e genética.

Para se obter um café de qualidade realmente diferenciada deve-se atentar para todos estes fatores, e para comercializá-lo de forma satisfatória, deve-se conhecer o mercado e quem são os potenciais consumidores destes cafés.

Saudações Cafeeiras,

Sérgio Parreiras Pereira
Centro de Café ´Alcides Carvalho´
Instituto Agronômico - IAC

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