A inovação está no sistema de aquecimento mais veloz - em 25 segundos está pronta para tirar um cafezinho - que ao mesmo tempo usa menos energia. Sua bomba de água é menor, sem perder a potência de 19 bars, o que permitiu um design mais compacto e urbano. "A máquina segue as exigências de mobilidade por ser mais leve e ter uma alça para carregar." É bom ressaltar, contudo, que as partes da Pixie não são recicláveis, apesar de usar menos material na sua confecção.
"Em muitos países, inclusive no Brasil, assumimos a reciclagem das cápsulas que estão sendo recolhidas nas lojas." A questão se torna essencial uma vez que a empresa cresceu 20% em 2010 e ampliou sua fábrica de cápsula em Avenches. "Ao mesmo tempo aumentamos nossa participação de café obtido pelo programa Nespresso AAA Sustainable Quality, de 50% em 2009 para 60% no ano passado."
Não deixa de ser interessante o fato de a companhia só agora fazer um lançamento "praticamente consecutivo" nas suas 215 lojas em mais de 50 países. "Até 2006, quando a Nespresso começou seu processo de globalização e abriu inclusive seu escritório no Brasil, a cabeça da empresa era europeia. Naquele ano a matriz ainda imaginava que poderia ter uma vitrine de verão em todos os mercados, como se não houvesse diferenças. Agora é diferente."
A Nespresso tem dez lojas no Brasil e vai ampliar sua rede. "Temos de achar os pontos que nos interessam. Mas não quero fazer isso sem apoio logístico, para não comprometer a qualidade do serviço." Isso porque, diz Nilsson, o mercado brasileiro ainda tem muito a crescer no setor de "café monodose". "Neste momento a concorrência é boa para ajudar a desenvolver o setor. A guerra vai começar daqui a cinco anos e aí a experiência que oferecemos vai nos colocar numa posição especial."
A Pixie, que chega ao país em 15 de abril, vai custar R$ 790 e tem uma linha de acessórios desenvolvida pelo escritório de design francês 5.5. Os copos ganharam a forma e a cor das cápsulas. E a bolsa, com alça a tiracolo, permite levar a máquina para passear como se fosse um bichinho de estimação.
A matéria é de Angela Klinke, para o jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe CaféPoint.