Atualmente os fundos de investimento detêm praticamente 15% do mercado mundial de café, com cerca de 56 mil contratos comprados. Este volume equivale a 16,4 milhões de sacas e pode significar grande alta ou baixa nos preços da commodity. Eles estão migrando de ativos financeiros para os ativos reais, inclusive o café.

"Os bancos estão baixando cada vez mais os juros por causa da crise financeira dos Estados Unidos, e com isso esses fundos irão entrar no mercado de commodities", avalia Sérgio Carvalhaes, sócio do Escritório Carvalhaes. "Talvez esse interesse dos fundos vá levar o café a um novo patamar de preço mundial". Ele explica que, à medida que os juros caem no mercado internacional e o mundo está extremamente líquido em dinheiro, esses investidores começam a desviar atenção para mercadorias.

No entanto, Carvalhaes ressalta o fato de esses grupos serem muito grandes, maiores que o próprio mercado de café, o que pode causar grandes oscilações nos preços. Segundo o analista de café da Safras & Mercado, Gil Barabach, a participação de fundos vem crescendo e deve continuar. Segundo notícia do DCI, para ele o momento é interessante para o produtor diluir o risco, firmando posições e travando o preço em alta.