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Exportações do agronegócio brasileiro aos árabes podem crescer 50% em 10 anos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/10/2012

4 MIN DE LEITURA

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As exportações do agronegócio brasileiro ao Oriente Médio podem avançar 50% nos próximos 10 anos. A projeção foi feita pelo vice-presidente de Relações Institucionais do grupo Marfrig e ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, João Sampaio, durante o seminário "Perspectivas das relações econômicas entre o Brasil e os países árabes - 60 anos da Câmara de Comércio Árabe Brasileira", realizado nesta quarta-feira (17), na capital paulista, pela Câmara Árabe e pelo jornal Valor Econômico.

"No ano 2000 nós exportávamos menos de US$ 1 bilhão em produtos do agronegócio aos países árabes, em 2011 vendemos [o equivalente a] US$ 9 bilhões, um salto de quase 10 vezes", afirmou Sampaio no painel "O Brasil como celeiro alimentar e energético do mundo". "O Brasil tem uma capacidade enorme para atender a demanda mundial de alimentos. Temos oportunidades para ampliar as relações com o mundo árabe, seja como exportadores ou como parceiros na produção", acrescentou.

A avaliação de Sampaio, e de todos os participantes do evento, é que existem muitos negócios ainda a serem explorados entre o Brasil e as nações do Oriente Médio e Norte da África, apesar do crescimento significativo do comércio e dos investimentos bilaterais nos últimos anos. Vale lembrar que o comércio bilateral chegou a US$ 25 bilhões no ano passado.

"Alegra-nos muito verificar o interesse do Brasil pelo mundo árabe e hoje isso está institucionalizado, o que é muito importante para os negócios", destacou o presidente da Câmara Árabe, Salim Taufic Schahin. "Sem essa política seria muito mais difícil", ressaltou, referindo-se ao esforço de aproximação realizado a partir do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seguido por sua sucessora, Dilma Rousseff.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, declarou que a comemoração dos 60 anos da Câmara Árabe "é uma ótima oportunidade para avaliar" as relações com o Oriente Médio e Norte da África. "O mundo árabe se insere de maneira estratégica no comércio exterior brasileiro", afirmou.

Isso porque, segundo a secretária, com a economia internacional em crise torna-se cada vez mais importante para o Brasil diversificar seus parceiros comerciais, uma vez que os negócios com os tradicionais estão em queda. Ela destacou que há muito espaço para os exportadores brasileiros ganharem mercado no mundo árabe pois as vendas para lá são bastante concentradas em produtos como açúcar, carnes e minério.

"Há um universo de produtos em que o Brasil é competitivo, mas que ainda não representa muito nas exportações para os países árabes", afirmou. Para o governo, há margem para aumentar as vendas de alimentos e bebidas, material de construção, serviços, equipamentos de defesa, produtos médicos e hospitalares e outros. "Temos uma agenda de promoção comercial bastante importante na região", acrescentou ela, referindo-se à participação de empresas brasileiras em feiras e missões comerciais no Oriente Médio e Norte da África.

Muitas destas ações são feitas em parceria com a Câmara Árabe. Schahin ressaltou que o apoio da entidade abre opções que seriam pouco acessíveis para a maioria das empresas, principalmente do ponto de vista da cultura comercial. Os árabes têm uma maneira diferente de negociar, que privilegia muito o relacionamento pessoal.

Nesse sentido, os palestrantes chamaram a atenção para a necessidade das empresas manterem presença constante na região para não perder mercado. "Uma das chaves [da realização de negócios no mundo árabe] é a continuidade", observou o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Itamaraty, Rubens Gama, durante o painel "Como estimular o crescimento dos fluxos de comércio e investimentos entre o Brasil e os países árabes".
Marketing
Na mesma linha, o ex-ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, declarou que as empresas brasileiras precisam investir no fortalecimento de suas marcas na região. "Não somos bons de marketing. Faz 350 anos que o País lidera as exportações de café, mas qual marca brasileira de café se vende lá?", exemplificou.

O diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, acrescentou que o comércio é uma via de mão dupla. "Nós queremos exportar, mas também devemos importar, devemos investir nestes países assim como queremos atrair investimentos de lá", afirmou. O Oriente Médio e o Norte da África vendem principalmente petróleo, derivados e fertilizantes ao Brasil, mas existem outras áreas com oportunidades de negócios, como as de alimentos locais, a exemplo do azeite de oliva e das tâmaras, têxteis e plásticos.

Investimentos

Alaby citou vários dados sobre comércio e investimentos na região, mas dois chamaram especialmente a atenção: do ponto de vista comercial os países árabes são, em média, bastante liberais, e, no que diz respeito aos investimentos, a maioria possui políticas de proteção ao investimento estrangeiro. "Faz pelo menos 20 anos que não vemos sequer um caso de nacionalização de capital estrangeiro no mundo árabe", destacou.

Na seara dos investimentos, o presidente do conselho de administração da Copersucar, Luiz Roberto Pogetti, afirmou que, no caso do açúcar, a instalação na região significa ter uma base próxima dos mercados que mais crescem no mundo, o próprio Oriente Médio e a Ásia, e economia em gastos com logística. "É por isso que as grandes refinarias de açúcar do mundo estão instaladas nos países árabes", ressaltou. Ele disse, por exemplo, que a Copersucar vende açúcar bruto para refino em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e tem capacidade para armazenar 350 mil toneladas no emirado.

Para reforçar, o chefe do Departamento de Internacionalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Leonardo Botelho, disse que o banco está à disposição de governos, instituições financeiras e empresas para discutir financiamentos no Brasil e no mundo árabe, sejam novos projetos, aquisições, joint-ventures, além das exportações.

Ele acrescentou que o BNDES pretende estimular o aumento da participação de instituições privadas no mercado brasileiro de crédito de longo prazo. "Esse é um desafio enorme e vamos precisar de parcerias com investidores internacionais", declarou.

As informações são da Anba, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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