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Conheça mais sobre o trabalho da Bravo Café, com Diogo Ribeiro da Luz.
Especial Marcas de Café de Qualidade - Diogo Ribeiro da Luz, da Bravo Café from AgriPoint Portais on Vimeo.
Destaques:
"Estamos entrando em uma nova transição. Quando começamos, há 10 anos, estávamos convencidos que vivíamos uma transição que era o mundo começando a olhar e pensar em café de qualidade."
"Agora, acho que estamos fase de depuração. Entrou muita gente, muitos encontraram seu espaço e a grande maioria percebeu que fazer café de qualidade é um nicho tão pequeno que não é o que querem."
"Posso ser excelente como produtor de café e não ser bom como torrefador ou comerciante do meu café. São atividades totalmente diferentes."
"Quando colocamos uma marca no café, a venda começa a ficar difícil. Temos que promover a venda."
"Sempre produzimos café de qualidade, para exportação. Acreditávamos naquela máxima que diziam que brasileiro não sabia tomar café e que café de qualidade tinha que ir pra exportação. Até que resolvemos entre expandir, plantando mais área ou verticalizar, e escolhemos por verticalizar. Começamos a torrar o café para buscar esse público de qualidade que achávamos que estava começando a aparecer."
"Procuramos fazer o café da mais alta qualidade com os melhores recursos possíveis, mas dentro de um custo aceitável."
"Café de qualidade é aquele que a gente tira da matéria prima o maior número possível de defeitos, e procuramos agregar os grãos mais parecidos possível. Um café de qualidade não tem que necessariamente ter grãos graúdos, mas sim um café de grãos muito parecidos. Para completar, é preciso torrar esses grãos muito iguais de uma maneira homogênea."
"Percebemos que uma das grandes dificuldades é manter padrão na xícara, então resolvemos começar treinando nossos clientes. Começamos desenvolvendo e fazendo cursos."
"Percebemos também que o atendimento da máquina tinha que ser feito pela mesma pessoa para ter padrão. Os fornecedores das maquinas davam diferentes treinamentos, o que dava diferença no café. Então começamos a importar máquinas e colocar aos nossos clientes."
"Por que importar máquina? A grande ciência da maquina é a parte hidráulica, as medidas. Então passamos a desenvolver essas máquinas aqui no Brasil, melhorando o custo e tendo controle de qualidade."
"Para terminar, passamos a ter o açúcar, o adoçante, a xícara e o mexedor, dando um serviço completo ao nosso cliente. Isso ajuda manter o padrão de qualidade, sem deixar o custo ir para estratosfera."
"Temos apenas o Bravo Café em apresentações diferentes: em grão, em pó e em sachê. Nossa proposta é fazer o melhor café possível dentro do melhor custo possível."
"Não existe o melhor A e o melhor B, então trabalhamos sempre com o mesmo café, plantado, colhido, seco e torrado por nós. Não compramos cafés, exceto em algumas edições comemorativas."
"Acho que o consumidor está pedindo a sustentabilidade na embalagem menos do que parece. Vejo que os nossos clientes não têm pedido tanto. Temos feito porque vemos que isso trás benefícios pra produção."
"Procuramos fazer padrão, padrão e padrão. Nossa embalagem é sempre a mesma. Nossa força não é a comunicação do produto. Nossa força cresce muito mais na indicação, na referência."
"Nosso esforço é manter o padrão muito homogêneo. Uma das coisas que temos de diferente é que o nosso café é o único do Brasil que tem a embalagem 100% lacrada. Fazemos atmosfera modificada. Do café recém torrado extraímos o oxigênio do ar e embalamos com nitrogênio, isso ajuda a manter o padrão. Nossa maior força de marketing é padrão."
"Já discutimos bastante o ramo de cafeterias, mas acho que a sim é mudar totalmente a atividade. Nesse caso acabaríamos virando concorrente de nossos clientes. Passamos então a atender restaurantes e supermercados. Trabalhamos com venda online, mas ainda não é o nosso forte."
"A maior dificuldade é convencer o dono do restaurante que ele tem que se preocupar menos em discutir a compra e mais em trabalhar a venda dele. Quase sempre o cliente vai olhar o cardápio e deixar o mais caro de lado, mas quando termina a refeição as pessoas pedem o café sem pensar no preço. Ele poderia lucrar com isso e muitas vezes o dono fica preocupado com o preço do café."
"Com um café bom, o restaurante vai vender mais café, aumentar o faturamento e principalmente deixar o cliente satisfeito dizendo que o ultimo sabor foi bom."
Dica aos produtores:
"Pensar muito bem se eles acham que têm vocação para o comércio, para venda picada."
"Um produtor de tomate que monta uma banca no Ceasa vai se lembrar de histórias de outros que ficaram milionários com uma banca. Os casos de insucesso ninguém conta. Isso é questão de vocação. Quase sempre os que tiveram sucesso acabaram deixando a atividade agrícola, virando comerciantes."
"Vender marca é muito difícil."
"Outro caminho para melhorar a produção de qualidade é melhorar a fazenda."
"Estamos olhando para o mercado de dose para ver como é que vai crescer e quais serão nosso próximos passos."
