A Starbucks, maior cadeia mundial de cafés, presente em Portugal há pouco mais de um mês, anunciou, através de Howard Schultz, CEO da empresa, o abandono da meta de abrir 40 mil novas unidades, depois dos resultados do último trimestre terem afundado mais de 96%.

Os lucros caíram para 5,4 milhões de dólares (4,2 milhões de euros) no quarto trimestre fiscal, quando comparados com os 158,5 milhões obtidos em igual período do ano passado e que ficou aquém do estimado pelos analistas consultados pela Bloomberg.

As vendas nas unidades abertas há mais de 13 meses recuaram 8% nos EUA, quebra que não surpreendeu os analistas que já antecipavam uma redução. Depois destes números, que levaram os títulos da Starbucks a perder valor na Bolsa, Howard Schultz revelou que a empresa abandonou a meta de abrir 40 mil novas lojas. "Não é tempo para objetivos ambiciosos", afirmou.

As vendas em lojas inauguradas há pelo menos 13 meses, mensuração-chave do desempenho varejista, caíram 8% nos Estados Unidos, mais do que a Starbucks esperava, à medida que os consumidores, que pagam preços mais altos pela gasolina e pelos alimentos, reduziram o consumo de café premium.

A rede de cafés anunciou também que irá inaugurar 700 novas lojas fora dos EUA em 2009, abaixo das 900 que havia estimado anteriormente. As vendas por loja no exterior quase não apresentaram variação no quarto trimestre, principalmente devido à debilidade na Grã-Bretanha, de acordo com a Starbucks.

A companhia informou em 1° de julho que fecharia 600 cafés não lucrativos em importantes cidades dos EUA , 70% dos quais com menos de três anos de funcionamento. A Starbucks demitiu 13 mil funcionários, o maior corte de sua história. Também fechou três quartos de seus 84 estabelecimentos na Austrália, recuando em um mercado onde ingressou há oito anos. As informações são da Bloomberg.