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Colômbia: jovens cafeicultores tornam-se empresários

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 01/10/2007

3 MIN DE LEITURA

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A Federação de Cafeicultores da Colômbia pôs em marcha no município de Salgar um novo programa que permitirá conseguir uma mudança de gerações na cafeicultura, melhorar e modernizar a produção e abrir as portas a um novo modelo de redistribuição de terras no país, segundo informou a própria Federação em seu site na internet.

O primeiro projeto produtivo instalado envolveu um grupo de 44 jovens cafeicultores que se associaram para fazer uma empresa rural.

"Trata-se do mais revolucionário programa que já foi adotado no país para buscar que agricultores de baixos recursos e sem terra se convertam em sócios de empresas de café rentáveis e inovadoras", disse o gerente geral da Federação, Gabriel Silva.

Ele disse que este programa, chamado Modelos Inovadores-Jovens Agricultores, busca, em primeira instância, experimentar modelos que dêem oportunidades às novas gerações de cafeicultores colombianos, como recomendaram os estudos para a modernização e a sobrevivência da indústria. A idade média dos produtores de café colombianos está hoje em 53 anos e a meta é baixá-la para 40 nos próximos anos.

Porém, não se busca somente contar com cafeicultores jovens, mas sim, acelerar a transferência de tecnologia, promover mudanças nos sistemas de produção e incentivar o trabalho rural em equipe. O programa busca frear o êxodo de agricultores jovens para as cidades, com uma inovadora oferta que os converte em cafeicultores proprietários de terra, com seguro social, apoio institucional permanente e com perspectivas de se capitalizar ao futuro com aumentos na produtividade, melhor qualidade do café e redução de custos.

O esquema é relativamente simples. A equipe que lidera o projeto busca uma boa fazenda de café que esteja à venda, a avalia, a negocia ao melhor preço possível, consegue os recursos no sistema financeiro, a compra e, depois, a entrega a grupos de jovens cafeicultores para que trabalhem na fazenda e a paguem por cotas em um prazo máximo de doze anos.

A primeira fazenda, El Silencio, tem 243 hectares, foi comprada com um crédito obtido com o Grupo Bolívar (Bancafé) e nos doze anos de prazo de crédito se completarão 220 hectares plantados com café e o restante serão para outros produtos agropecuários e para as casas dos jovens.

O programa montou uma empresa incubadora com o fim de prestar o apoio empresarial e financeiro ao processo. Trata-se da Acceso Café Ltda., companhia criada pela Federação e outras entidades para que promova as iniciativas empresariais, avalie as fazendas, consiga os recursos para comprá-las e administre o sistema de garantias, que é o que dará confiança ao setor financeiro.

Por outro lado, os jovens selecionados em cada convocatória regional terão que criar uma Unidade Cafeeira Empresarial (UCAE) e decidir o tipo de sociedade que farão, além de discutir e aprovar um regulamento de trabalho, com suas obrigações e direitos, para que o projeto se desenvolva sem problemas.

Silva explicou que para evitar as dificuldades que possam apresentar, o programa de produção, custos e rendimentos será administrado pela incubadora Acceso Café, que garantirá aos jovens um salário mínimo mensal com os pagamentos legais e garantias e os aportes de seguro social (saúde, pensões e riscos profissionais).

Para dar garantia aos jovens cafeicultores, a Federação começou a criar Unidades Especiais de Acompanhamento (UEA), através dos Comitês de Departamentos de Cafeicultores, que serão formadas por agrônomos, técnicos agropecuários, administradores de empresas, economistas e até sociólogos, para que se resolvam qualquer problema.

Para pôr em marcha este programa, a Federação negociou um crédito de US$ 6 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa espera chegar a mais de 1000 jovens e suas famílias até 2010. No entanto, se houver a aceitação que se espera e a aprovação no sistema financeiro, o número de jovens poderia ser muito superior.

Para atingir esta meta, além dos US$ 6 milhões do BID, nos próximos três anos o programa deverá conseguir com o sistema financeiro e o mercado de capitais o equivalente a US$ 20 milhões para a compra de fazendas e capital de trabalho.

Só podem se inscrever no programa cafeicultores que tenham entre 18 e 35 anos, que sejam da região da fazenda que se pensa adjudicar, que tenham estado durante os últimos três anos na atividade cafeeira e que possam demonstrar que não têm terra.

"Se este revolucionário programa conseguir o apoio do setor financeiro e do mercado de capitais, em poucos anos poderá se converter em um modelo para ser repetido em todo o setor agropecuário da América Latina", disse Silva.

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FÁBIO LÚCIO MARTINS NETO

VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/10/2007

Excelente iniciativa da Federação Colombiana. A juventude precisa estar ativa e ser estimulada a participar dos processos no âmbito da cafeicultura. Aqui na região de Vitória da Conquista, em algumas localidades não se vêem os jovens, pois estão trabalhando nas cidades, como mecânicos, ajudantes, lavando carros, etc. Os pais já não suportam mais o trabalho pesado e as lavouras vão sendo abandonadas.

Em outras localidades, a cafeicultura é vista pelos jovens como uma maneira de melhorarem de vida. De qualquer forma, precisamos dar mais atenção aos futuros cafeicultores, trazê-los para os nossos fóruns de discussão, chamando a participar das nossas atividades no campo, ouvindo seus anseios e expectativas, e, mais importante, mostrar a eles que é possível fazer da cafeicultura uma profissão digna e lucrativa.

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